Obesidade,
hipertensão e diabetes. Essas doenças, que estão cada vez mais presentes na
vida da população adulta, também têm afetado as crianças, e os cuidados devem
começar desde o nascimento do bebê. Nos seis primeiros meses de vida, o leite
materno fornece todos os nutrientes que a criança precisa, sem a necessidade de
alimentação complementar. Dos seis meses em diante é hora de agregar novos
alimentos ao cardápio infantil. A dica é abusar dos alimentos naturais,
como frutas, legumes, verduras, tubérculos e carnes, que devem ser introduzidos
de forma lenta e gradual. Guloseimas e produtos industrializados estão fora da
lista.
Mesmo
com a alimentação complementar, a amamentação em livre demanda deve ser mantida
até dois anos ou mais, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde
(OMS). A alimentação complementar oferecida de forma inadequada também pode
resultar em problemas como anemia, excesso de peso e desnutrição. Alimentos com
grandes quantidades de açúcar, gordura e corantes devem ser evitados, pois
podem prejudicar a qualidade da dieta, resultando no aumento do peso e na
ingestão deficiente de micronutrientes.
Evite
mel e embutidos: apesar de suas excelentes propriedades medicinais, o mel
também não deve ser consumido por crianças com menos de 1 ano. Se contaminado,
ele pode levar ao botulismo, assim como o palmito e o picles em conserva, além
de alimentos embutidos como salsichas, salames, presuntos e patês. Já o consumo
de sal em excesso está associado ao aparecimento de hipertensão arterial,
inclusive na infância, e consequente aumento no risco de doença cardiovascular,
quando adulta. Há diversas opções de temperos que podem ser utilizados, como
alho, cebola, ervas frescas, entre outros ingredientes.
Cuidando
dos pequenos corações: para proteger o coração dos pequenos, é fundamental
introduzir uma alimentação saudável desde cedo, começando com o aleitamento
materno de forma exclusiva até o sexto mês, sem oferecer chás, sucos, água ou
fórmulas artificiais.
A
partir do sexto mês deve-se introduzir a alimentação complementar, além de
manter o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. A partir dos
seis meses, atendendo ao desenvolvimento neuropsicomotor do lactente, é possível
iniciar a introdução de outros alimentos de forma gradual (com todos os
nutrientes) inteiros ou amassados, sob a forma de papas (alimentação de
transição), oferecida com a colher.
A
excessiva ingestão de sódio por lactentes está associada com o desenvolvimento
de hipertensão arterial. Vale ressaltar que a preferência por determinados
sabores (muito doce ou salgado, por exemplo) pode ser modificada pela exposição
precoce a esse tipo de alimento. O sal não deve ser adicionado às papas, sendo
suficiente o conteúdo de sódio intrínseco dos alimentos utilizados no preparo.
Abuse da
criatividade:
o período da
primeira infância é o momento em que o visual da alimentação é de suma
importância. Quanto mais estímulos uma atividade possui, seja cores, formas e
sabores, melhor para os pequenos. Os pratos bem
coloridos e divertidos são uma aposta incrível que pode
transformar a hora das refeições.
Ingredientes
saudáveis devem estar dentro dos pratos sempre. Por isso, o ideal é abusar da
criatividade. Evite misturar uma variedade grande de alimentos, para não gerar
confusão no paladar da criança. Seja para o lanche com frutas ou para as
refeições principais com legumes e cereais. Montar um prato colorido e criativo vai conquistar os
pequenos.
A
criança deve ser apresentada a uma grande diversidade de alimentos e
preparações, priorizando os de boa qualidade nutricional como frutas, legumes,
verduras e carnes magras. Neste momento não se deve oferecer alimentos
industrializados ou ultra processados, pois estes irão prejudicar a introdução
de alimentos saudáveis.
Dicas Nutricionais Para uma Alimentação Saudável (crianças
menores de 2 anos):
● Oferecer somente leite materno até os 6 meses,
sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos;
● A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e
gradual outros alimentos, mantendo-se o leite materno até os 2 anos de idade ou
mais;
● Após os 6 meses, dar alimentos complementares
(cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia
se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada;
● A alimentação complementar deverá ser oferecida
nos horários de refeição da família, em intervalos regulares, respeitando-se
sempre a vontade da criança;
● A alimentação complementar deve ser espessa desde
o início e oferecida com colher. Começar com consistência pastosa (papas/purês)
com alimentos amassados e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à
alimentação da família;
● Oferecer à criança diferentes alimentos todos os
dias. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida;
● Estimular o consumo diário de frutas, verduras e
legumes nas refeições;
● Evitar açúcar, café, enlatados, frituras,
refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de
vida. Usar sal com moderação;
● Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos
alimentos e garantir armazenamento e conservação adequados;
● Estimular a criança doente a se alimentar,
oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua
aceitação.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Souza, N. Nutricionista do Hcor orienta como
prevenir doenças cardiovasculares em crianças. Hospital do Coração. Disponível
em: www.hcor.com.br Acessado em: 21/03/2018.
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