Anemia
Ferropriva é o tipo de anemia mais comum e pode ocorrer, independentemente, do
estado socioeconômico do indivíduo. Ela é causada pela deficiência de ferro
(mineral essencial). Normalmente, para esse tipo de anemia, a ingestão de
alimentos ricos em ferro está deficitária, ou seja, não atinge o mínimo
necessário para o desenvolvimento das funções em nosso organismo.
Os
sintomas mais frequentes da anemia ferropriva são: fadiga, palidez, prejuízo no
crescimento e no desempenho muscular, prejuízos no desenvolvimento neurológico
e desempenho escolar, além de distúrbios comportamentais, como a
irritabilidade, pouca atenção, falta de interesse ao seu redor.
O
paciente deve ingerir mais alimentos ricos em ferro, podendo o médico solicitar
também o uso de medicamento para auxiliar a corrigir os níveis desse mineral.
Os
alimentos constituem as principais fontes de ferro e podem oferecer dois tipos
diferentes desse nutriente: o ferro heme e o ferro não-heme.
Sabe-se
que para uma melhor absorção do ferro deve-se ingerir, nas principais refeições
(almoço e jantar), alimentos fontes de vitamina C que é um elemento facilitador
da absorção do ferro.
O
cálcio é o principal constituinte estrutural dos ossos e dentes e exerce papel
também na regulação de outras funções do organismo. Entretanto, não é
recomendado o consumo de produtos lácteos junto a essas refeições, pois, p
cálcio (mineral), encontrado nos laticínios, compete com o ferro e impede que
este seja absorvido de maneira adequada pelo organismo, ou seja, o efeito é
contrário, com relação ao da vitamina C.
Diagnóstico Laboratorial
O estado final da carência de ferro está associado
a um significativo decréscimo na concentração de hemoglobina. Portanto, a
dosagem da concentração de hemoglobina é o método indispensável para verificar
a prevalência de anemia em uma população.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, define-se
anemia, para crianças menores de 5 anos e gestantes, como níveis de hemoglobina
inferiores a 11g/dL. Para as crianças de 5 a 11 anos, o diagnóstico de anemia é
feito quando a hemoglobina é menor que 11,5g/dL; para adolescentes de 12 a 14
anos e para mulheres não-grávidas, abaixo de 12g/dL; e, finalmente, para
adultos do sexo masculino acima de 15 anos, abaixo de 13g/dL.
Tratamento
O tratamento imediato da anemia ferropriva é a
reposição dos estoques de ferro no organismo. Para isso, recomendam-se os sais
de ferro: sulfato ferroso, lactato ferroso, fumarato ferroso, sulfato de
glicina, glutamato, gliconato e succinato. A alimentação previne a deficiência
de ferro no organismo, mas sua ação na recuperação pode ser demorada. Os
problemas mais frequentes do tratamento medicamentoso são os efeitos colaterais
gastrintestinais: constipação intestinal, diarreia, náuseas e dor abdominal,
que são menos frequentes em crianças. Esses efeitos dependem da dose
administrada, e são mais comuns quando se ultrapassa 120mg de ferro elementar.
As modificações na alimentação são fundamentais
para que a suspensão do uso do medicamento não seja um motivo de reincidência
da doença. Em primeiro lugar, a mãe deve ser sensibilizada quanto à importância
da alimentação no processo de cura, já que o suplemento medicamentoso é um
paliativo eficaz, mas de curto prazo.
● A ingestão de carne: vermelha, aves ou peixes
(ferro tipo heme), deverá ser diária;
● O ferro do tipo não-heme é encontrado nas
verduras de folhas escuras (espinafre, brócolis, couve, salsa), nas leguminosas
(feijão, lentilha, grão de bico, ervilha) e nas frutas (uvas, maçãs, nozes, amêndoas,
castanhas);
● Existem também alguns alimentos fortificados com
ferro, como: farinha de trigo, milho e cereal matinal;
● Não fornecer sobremesas lácteas após as refeições
(competição cálcio x ferro);
● Ingerir frutas cítricas fontes de vitamina C:
laranja, maracujá, goiaba, morango, tangerina, preferencialmente após as
refeições como sobremesa ou suco.
● Evitar o consumo excessivo de fibras, café, chá
preto, chá mate na mesma refeição rica em ferro.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Anemia
Ferropriva. Manual de orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de
São Paulo, 2015.
Russo,
JFS. Anemia por deficiência de ferro. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais
– GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
Acessado em: 15/05/2018.
Vitolo,
MR. Nutrição: da Gestação à Adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2003.
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