Evidências
recentes mostram que as bactérias podem ser responsáveis por ativar vias
inflamatórias, assim, estudos recentes apontam que nossa microbiota intestinal
pode afetar o metabolismo e influenciar o desenvolvimento de doenças como
obesidade, resistência à insulina e outras patologias crônicas. Desse modo,
nossa alimentação pode ser responsável por induzir mudanças na microbiota
intestinal, uma vez que estudos já mostram que dietas ricas em gordura aumentam
a proliferação de bactérias levando a inflamação do intestino delgado e
consequentemente aumentando o risco para doenças crônicas como a obesidade.
Estudos
recentes mostram que o desenvolvimento de doenças atópicas, obesidade e outras
doenças na infância podem estar relacionados com a colonização do nosso
intestino desde a fase pré natal. As evidências apontam para o aporte de
vitamina D, esta vitamina pode ser importante no equilíbrio intestinal das
crianças podendo evitar o aparecimento de alergias e reduzir o risco de
obesidade por alterações na flora intestinal.
Nossa
microbiota intestinal tem sido considerada como um regulador da homeostase
energética e também de deposição de gordura, estudos revelam que doenças como a
esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado e constante inflamação) pode
ser decorrente de alterações intestinais. Pesquisas recentes já afirmam os
efeitos imunomodulatórios provocados pelos probióticos na melhora da saúde
intestinal e consequentemente na redução dos riscos para esteatose,
especialmente por indivíduos alcoolistas, que possuem maior risco. Os
probióticos consistem nos próprios microrganismos vivos, administrados em
quantidades adequadas, conferindo benefícios à saúde do hospedeiro e
equilibrando a quantidade de bactérias benéficas intestinais.
Para
evidenciar a interação da saúde intestinal com a obesidade, estudos realizados
em ratos demonstraram que indivíduos que não possuíam uma microbiota adequada
tinham um aumento de 60% em sua massa gorda, alteração de glicose de jejum e
aumento dos níveis de insulina. Dietas hipocalóricas podem ser perigosas, uma
vez que levam a uma redução nas bactérias benéficas intestinais, especialmente
de indivíduos magros. A ingestão de uma dieta rica em gordura pode afetar a
função da barreira intestinal e favorecer a endotoxinemia. Esses eventos
aumentam os processos oxidativos e pró-inflamatórios o que leva a um aumento do
risco de resistência a insulina e diabetes. A administração de prebióticos pode
ser uma solução, uma vez que estimularia o crescimento de espécies de
Bifdobacterium e Lactobacillus no cólon, restabelecendo a homeostase
intestinal.
Os
prebióticos (fruto-oligosacarídeos e a inulina) são carboidratos
não digeríveis, ou seja, fibras, que afetam beneficamente o hospedeiro, por
estimular a proliferação e a atividade de populações de bactérias benéficas no
cólon. Os prebióticos podem ser encontrados em alimentos como cebola, alho,
tomate, banana, aspargos, alcachofra, cevada, aveia e mel.
Sendo
assim, o consumo de prebióticos e probióticos seria uma eficaz conduta para a
manutenção de uma microbiota intestinal saudável, sendo essa essencial na
prevenção de doenças intestinais e extra intestinais como a obesidade e outras
doenças como a diabetes.
Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci
Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás –
UFG.
Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte
ou com interesse em qualidade de vida.
Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci
Consultoria em Nutrição.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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