quinta-feira, 3 de maio de 2018

Saúde do Intestino e Prevenção de Doenças


Evidências recentes mostram que as bactérias podem ser responsáveis por ativar vias inflamatórias, assim, estudos recentes apontam que nossa microbiota intestinal pode afetar o metabolismo e influenciar o desenvolvimento de doenças como obesidade, resistência à insulina e outras patologias crônicas. Desse modo, nossa alimentação pode ser responsável por induzir mudanças na microbiota intestinal, uma vez que estudos já mostram que dietas ricas em gordura aumentam a proliferação de bactérias levando a inflamação do intestino delgado e consequentemente aumentando o risco para doenças crônicas como a obesidade. 

Estudos recentes mostram que o desenvolvimento de doenças atópicas, obesidade e outras doenças na infância podem estar relacionados com a colonização do nosso intestino desde a fase pré natal. As evidências apontam para o aporte de vitamina D, esta vitamina pode ser importante no equilíbrio intestinal das crianças podendo evitar o aparecimento de alergias e reduzir o risco de obesidade por alterações na flora intestinal.

Nossa microbiota intestinal tem sido considerada como um regulador da homeostase energética e também de deposição de gordura, estudos revelam que doenças como a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado e constante inflamação) pode ser decorrente de alterações intestinais. Pesquisas recentes já afirmam os efeitos imunomodulatórios provocados pelos probióticos na melhora da saúde intestinal e consequentemente na redução dos riscos para esteatose, especialmente por indivíduos alcoolistas, que possuem maior risco. Os probióticos consistem nos próprios microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, conferindo benefícios à saúde do hospedeiro e equilibrando a quantidade de bactérias benéficas intestinais.

Para evidenciar a interação da saúde intestinal com a obesidade, estudos realizados em ratos demonstraram que indivíduos que não possuíam uma microbiota adequada tinham um aumento de 60% em sua massa gorda, alteração de glicose de jejum e aumento dos níveis de insulina. Dietas hipocalóricas podem ser perigosas, uma vez que levam a uma redução nas bactérias benéficas intestinais, especialmente de indivíduos magros. A ingestão de uma dieta rica em gordura pode afetar a função da barreira intestinal e favorecer a endotoxinemia. Esses eventos aumentam os processos oxidativos e pró-inflamatórios o que leva a um aumento do risco de resistência a insulina e diabetes. A administração de prebióticos pode ser uma solução, uma vez que estimularia o crescimento de espécies de Bifdobacterium e Lactobacillus no cólon, restabelecendo a homeostase intestinal.

Os prebióticos (fruto-oligosacarídeos e a inulina) são carboidratos não digeríveis, ou seja, fibras, que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimular a proliferação e a atividade de populações de bactérias benéficas no cólon. Os prebióticos podem ser encontrados em alimentos como cebola, alho, tomate, banana, aspargos, alcachofra, cevada, aveia e mel.
Sendo assim, o consumo de prebióticos e probióticos seria uma eficaz conduta para a manutenção de uma microbiota intestinal saudável, sendo essa essencial na prevenção de doenças intestinais e extra intestinais como a obesidade e outras doenças como a diabetes.

Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci

Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.

Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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