O ato
de se alimentar está relacionado a valores sociais, culturais, afetivos e
sensoriais, hoje em dia a alimentação objetiva-se além de garantir as
necessidades do corpo. Na maioria das vezes, comer é um momento de prazer e
confraternização com nossos amigos e familiares. O alimento torna-se, assim,
muito mais do que uma fonte de nutrientes. Apreciamos as cores e gostamos de
sentir a textura e o sabor da comida.
Ao
longo do tempo ocorreram muitas mudanças na alimentação gerando um impacto na
saúde. Com a evolução da sociedade, muitos tipos de alimentos foram criados e,
para garantir maior aceitação da população, foram introduzidos novos
ingredientes para tornar os produtos cada vez mais atraentes e saborosos.
Dentre eles podemos citar o açúcar usado para adoçar; a gordura saturada e a
gordura trans para dar maior maciez, leveza e cremosidade; o sódio para
acentuar o sabor; os corantes para dar cor especial e os aromatizantes para
gerar aquele cheirinho irresistível.
No
entanto, vê-se que os novos produtos reduziram a qualidade nutricional dos
alimentos e alguns deles têm se tornado tão populares que passaram a ser cada
vez mais desejados, como os salgadinhos, refrigerantes, sorvetes, biscoitos e
muitos outros. Parte da população habituou-se a comer esses alimentos
desconsiderando que os excessos podem trazer problemas à saúde, como a
obesidade, a pressão alta, o diabetes e as doenças do coração.
● Açúcar:
é fonte de energia para o ser humano. Mas, quando consumido em grande
quantidade, pode causar aumento de peso.
● Gordura
saturada: é um tipo de gordura muito encontrada em alimentos de origem
animal. Comê-la excessivamente pode provocar o acúmulo de gordura nos vasos
sanguíneos e causar doenças do coração.
● Gordura
trans: é produzida pela transformação de óleos vegetais em gordura
vegetal hidrogenada. Está presente em produtos como biscoitos e chocolates.
Consumida, em excesso, pode causar problemas de saúde, principalmente ao
coração.
● Sódio:
faz parte do sal de cozinha e é acrescentado aos alimentos, pelas indústrias,
para dar um sabor mais salgado e aumentar o tempo de conservação, ou seja, a
validade do produto. Comer muito sódio pode causar hipertensão.
O Papel da Propaganda na
Alimentação
A
propaganda, principalmente na televisão, incentiva o consumo de alimentos que
nem sempre são essenciais ou fazem bem para a nossa saúde. Um grande problema é
que são anunciados muitos alimentos que têm, em excesso, a gordura saturada, a
gordura trans, o açúcar e o sódio. As pessoas acreditam em quase tudo o que
assistem na propaganda e isso acaba influenciando na hora da compra. Outro
hábito comum das indústrias é o uso de brindes e da imagem de que esses
alimentos nos fazem bem. Isso resulta em um conjunto de fatores que favorecem a
obesidade e o aparecimento de consequências ruins à saúde, principalmente das
crianças.
Observem
que tornou-se menos comum vermos propagandas que estimulem o consumo de
verduras, legumes, feijão, frutas e outros alimentos saborosos e ricos em
nutrientes. Para ajudar a proteger a saúde da população, a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) começou a discutir caminhos para a melhoria da
propaganda de alimentos. A ideia é que as propagandas não coloquem em risco a
saúde das pessoas, principalmente a das crianças.
Como manter uma alimentação
saudável?
É
necessário resgatarmos a nosso cultura alimentar, valorizando os alimentos
saudáveis da nossa região e resistindo aos apelos das propagandas. O alimento
deve ser uma fonte de prazer e saúde e não algo que possa comprometer o nosso
bem-estar por causa de abusos ou do consumo inadequado.
É
importante lembrar que uma alimentação saudável não precisa ser cara, pois pode
ser feita com alimentos naturais, produzidos na região em que vivemos; deve ser
colorida e composta por alimentos variados; precisa ter qualidade e ser
consumida na quantidade certa; deve ser segura para o consumo, ou seja, estar
livre de contaminação. Devemos ficar atentos e antes de comprar um alimentos, é
preciso olhar com muita atenção os rótulos dos produtos, o prazo de validade, a
lista de ingredientes, a informação sobre nutrientes, a aparência e verificar
se a embalagem está íntegra. São atitudes que favorecem a nossa saúde.
As informações contidas neste blog, não devem ser
substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde,
como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim,
utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Murilha,
BL. Cuidados no consumo de alimentos industrializados. Grupo de Estudos em
Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br
Acessado em: 07/05/2018.
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