sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Ovo de Codorna



Não é de hoje que o ovo perdeu o título de vilão dos alimentos, sendo incluído nas dietas cada dia mais. É considerado um alimento completo por conter proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais. E não é apenas o ovo de galinha que é considerado um bom alimento, o ovo de codorna também vem ganhado espaço no prato.

O ovo de codorna é considerado um alimento construtor por ter proteínas de alta qualidade, cada ovo de codorna pesa cerca de 10g, sendo 1,4g de proteína, é rico em vitamina A que ajuda na saúde dos olhos e na formação de tecidos, antioxidantes que previnem o envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares, Fósforo e Cálcio que são responsáveis pela formação dos dentes e ossos.

Ao compararmos suas propriedades nutricionais com a do ovo de galinha podemos observar que o consumo do ovo de codorna traz diversas vantagens, pois o de codorna possui 37% a mais de fósforo, 52% a mais d cálcio e 127% a mais de ferro em sua composição, porém contém o dobro de colesterol. 

Sua porção ideal é de 5 unidades, sendo que cada porção contem apenas 77 kcal.

E podem ser consumidos cozidos como aperitivo, em saladas, em pratos principais e molhos.

Receita Cestinhas de ovo de codorna 

Ingredientes:

10 unidades: Tomate caqui;
10 unidades: Ovo de codorna;
1 pitada de sal;
1 colher de sopa: Azeite de oliva;
½ colher de sopa: Orégano;
200 gramas: Rúcula.

Modo de preparo: 

Higienize os tomates e as folhas de rúcula. Reserve.

Cozinhe os ovos de codorna. Tire as cascas. Reserve.

Escolha os tomates de acordo com o tamanho dos ovos.

Corte uma tampa em cada tomate e retire as sementes com uma colher de café com cuidado (deixe o espaço para caber o ovo de codorna).

Coloque dentro de cada tomate o ovo. Corte uma pequena tampa em cada ovo.

Monte-os em uma travessa o tomate recheado coberta com folhas de rúcula.

Espalhe um fio de azeite, o orégano e a pitada de sal por cima do Tomate Recheado com Ovo de Codorna.  



Texto elaborado por: Dra. Caroline de Salve – CRN3. 28964

Nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo

Especialista em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição (IMEN)

Especialista em Nutrição e Pediatria pelo HCMUSP

Nutricionista Responsável pelo Colégio Piaget

Nutricionista Responsável por unidade Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos na Unidade Salutem de São Caetano do Sul. 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Aproveitamento Integral dos Alimentos



Cerca de 50% dos alimentos produzidos no Brasil são desperdiçados. Isso significa que um total de 70mil toneladas diárias, o que seria suficiente para alimentar 35 milhões de pessoas.

De acordo com o Ministério da Agricultura, até 2030, um terço dos alimentos comercializados em todos os países será do Brasil. Isso mostra o tamanho da abundância desses produtos no país. Mas, ter uma quantidade grande de alimentos não significa que podemos desperdiçá-los.

Uma maneira de evitar o desperdício seria a utilização de todas as partes dos alimentos. As partes não aproveitáveis dos alimentos poderiam ser utilizadas enfatizando o enriquecimento alimentar, diminuindo o desperdício e aumentando o valor nutricional das refeições, pois talos e folhas podem ser mais nutritivos do que parte nobre do vegetal como é o caso das folhas verdes da couve-flor que, mesmo sendo mais duras, contêm mais ferro que a couve manteiga e são mais nutritivas que a própria couve-flor.

Cascas, talos e folhas são boas fontes de fibras e lipídios, tendo-se como exemplos as sementes de abóbora; talos de brócolis, de couve, de espinafre; cascas de banana, de laranja, de limão, de rabanete e folha de brócolis.

Alimentos que podem ser aproveitados integralmente

Folhas: cenoura, beterraba, batata doce, nabo, couve-flor, abóbora, mostarda, hortelã e rabanete;

Cascas: batata inglesa, banana, tangerina, laranja, mamão, pepino, maçã, abacaxi, berinjela, beterraba, melão, maracujá, goiaba, manga e abóbora;

Talos: couve-flor, brócolis, beterraba;

Sementes: abóbora, melão, jaca. 



Seja um consumidor consciente

● Faça uma lista das coisas que você realmente precisa comprar antes de sair para o supermercado;

● Evite fazer estoques, pois alguns produtos podem vencer antes do consumo;

● Na hora da compra, leia sempre a data de validade na embalagem. Se estiver perto da data de vencimento, utilize-os logo após a compra ou procure outro produto com prazo maior;

● Experimente ir ao mercado mais vezes na semana. Assim você compra menos produtos;

● Cuidado com as promoções, pois elas nos estimulam a comprar em grande quantidade e os produtos acabam estragando;

● Quando for guardar frutas, verduras e legumes na geladeira, coloque-os em embalagens fechadas para evitar a proliferação de bactérias.

Dados e Fatos Sobre Alimentos

● Frutas, verduras e legumes: quando higienizados e secos corretamente, armazene-os na geladeira. Assim, eles duram até cinco dias;

● Comida pronta: após a refeição, guarde na geladeira as sobras em recipientes de vidro e fechados. Sua comida pronta pode durar, em média, três dias;

● Carnes: se não for consumir a carne logo depois da compra, o ideal é congelá-la crua, pois sua durabilidade é maior. Quando crua, descongele e prepare para o consumo em seguida;

● Leite longa vida: o tempo de durabilidade pode variar de acordo com o fornecedor, por isso procure a informação na embalagem. Em média, depois de aberto pode durar até três dias na geladeira;

● Laticínios em geral: iogurte, queijos e requeijão cremoso devem ser mantidos em temperaturas baixas. Fique atento a data de validade e a manchinhas verdes que podem aparecer no queijo.

Receita de Risoto de Casca de Abóbora

Ingredientes:

● Cascas de 2kg de abóbora ralada;
● 3 xícaras de arroz cozido;
● 1 cebola grande picada;
● 1 cheiro verde picado;
● 1 pimentão picado;
● Requeijão cremoso;
● 1 lata de creme de leite light;
● Azeite

Modo de Preparo: Em uma panela bem quente, coloque uma colher de sopa de azeite, depois a cebola picada. Refogue. Em seguida, misture a casca de abóbora ralada e deixe cozinhar de 15 a 20 minutos. Acrescente azeite, pimentão, creme de leite, requeijão e cheiro verde até virar um creme. Aos poucos, misture o arroz. Agora é só saborear!

Receita de Assado de Cascas de Chuchu

Ingredientes: 

● 4 xícaras de chá de cascas de chuchu, bem lavadas, picadas e cozidas;
● 2 colheres de sopa de queijo ralado;
● 1 xícara de chá de pão amanhecido molhado na água ou no leite;
● 1 cebola pequena;
● 1 colher de sopa de óleo;
● 2 ovos inteiros batidos;
● Sal a gosto

Modo de Preparo: Bater as cascas no liquidificador. Colocar a massa obtida em uma tigela e misturar o restante dos ingredientes. Untar um pirex ou uma forma com óleo ou margarina. Despejar a massa e levar para assar até que esteja dourada. Servir quente ou frio. Esta receita pode ser enriquecida, juntando à massa uma lata de sardinha desfiada.

Podem também ser utilizadas as cascas de outros ingredientes: cenoura, abóbora, rabanete, beterraba, nabo ou talos de agrião, couve, brócolis etc. Refogados ou cozidos.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Banco de Alimentos e Colheita Urbana: Aproveitamento Integral dos Alimentos. Rio de Janeiro: SESC/DN, 2003.

Diga não ao desperdício. Revista Meu Prato Saudável, 2014.

Storck, CR; Nunes, GL; Oliveira, BB; Basso, C. Folhas, talos, cascas e sementes de vegetais: composição nutricional, aproveitamento na alimentação e análise sensorial de preparações. Ciência Rural 2013, v.43, n.3, p: 537-543.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Maca Peruana



A Maca Peruana (Lepidium meyenii Walp) é um vegetal crucífero nativo da região andina do Peru. Pertencente à família Brassicaceae e cresce em altitudes entre 3700 e 4500 metros acima do nível do mar. A maca é tradicionalmente consumida fresca ou desidratada após ser cozida em água ou leite, transformada em sucos, coqueteis, bebidas alcoólicas ou em infusão.

A família Brassicaceae é uma das 16 famílias de plantas conhecidas por conter glucosinolatos, que dão origem a compostos que têm sido investigados por serem ricos em compostos bioativos incluindo propriedades fitotóxica, antifúngico, antibacteriano, e efeitos inseticidas.

Os peruanos vêm usando este alimento durante séculos graças às características nutricionais e medicinais nele encontrados. Além disso, considera-se que existe relação entre o aumento da fertilidade em seres humanos e animais, acreditando-se que a Maca apresenta propriedades afrodisíacas, aumentando o desejo sexual daqueles que consomem os derivados deste alimento.

De acordo com as crenças locais, dentre as propriedades medicinais, a Maca se mostra efetiva no tratamento de reumatismos e doenças respiratórias. De acordo com relatos de consumidores peruanos de Maca, acredita-se que este alimento tenha ação estimulante sobre a produção hormonal, influenciando no metabolismo e na capacidade de memorização, possuindo atividade antidepressiva e eficácia no combate à anemia, leucemia e até mesmo no tratamento de câncer.

Maca e função sexual

A testosterona incrementa o desejo sexual em ambos os sexos e favorece a ereção em homens. A diminuição da testosterona sérica se associa ao menor desejo sexual e a disfunção erétil. O tratamento com testosterona seria eficaz nesses casos, porem o medo aos efeitos adversos fazem com que seu uso não seja comum, e por isso há a busca por outras opções de tratamento.

A maca, particularmente os extratos lipídicos, melhora o perfil sexual em roedores. A maca gelatinizada (1,5 – 3,0g/dia) em homens normais melhora o desejo sexual a partir de 8 semanas de administração, tempo longo para um tratamento de melhora do desejo sexual. Em contrapartida, o uso do extrato de maca melhora o desejo sexual em homens esportistas em duas semanas de tratamento. Em um estudo duplo cego usando um extrato de maca seca (2,4g/dia) por doze semanas se observa um pequeno, mas significante, efeito da maca sobre a disfunção erétil leve.

Efeito da maca sobre memória, depressão e ansiedade

Em um estudo descobriram que o tratamento com extratos aquosos pós-fervido, e alcoólico de maca negra, reverteu o dano cognitivo induzido por escopolamina em ratos do sexo masculino. A escopolamina é um antagonista dos receptores muscarínicos que imita de forma aguda a doença de Alzheimer. Além disso, foi mostrado que o extrato de maca preta inibe a atividade de acetilcolinesterase, sem alterar os níveis de monoamina-oxidase.

Esses resultados foram confirmados usando camundongos fêmeas onde o extrato aquoso pós-fervido e extrato alcoólico de maca preta foram capazes de reverter os danos na aprendizagem e memória causada pela ovariectomia. Além disso, extratos de maca preta diminuíram os níveis de malondialdeídos e acetilcolinesterase sem modificar os níveis de monoamina oxidase.

A atividade neuroprotetora da maca também tem sido estudada usando modelos experimentais in vitro e in vivo. In vitro, o pré-tratamento com o extrato pentanico de maca melhora a viabilidade dos neurônios de gafanhotos, quando expostos a peróxido de hidrogênio (H2O2) em uma concentração dependente.

Maca como energizante

O extrato lipídico solúvel de maca amarela (100mg/Kg) administrado durante três semanas aumentou a resistência física medida pelo tempo que atinge a fadiga, em 41% do valor controle, no entanto com o extrato hidroalcoólico de maca negra o aumento da resistência física é maior que 500%.

Em dez jogadores de futebol profissional, que durante 60 dias receberam três cápsulas de extrato concentrado fresco de maca, com 500mg por dia, houve um aumento na média de 10,3% no consumo de oxigênio depois da administração. Embora os estudos em humanos mostrem um efeito positivo para o uso da maca, ainda necessitam mais estudos.

Maca e osteoporose

Em um estudo publicado em 2014 na Revista Peruana de Medicina Experimental y Salud Pública, foi analisado o níveis de IFN-y em ratas ovariectomizadas e os resultados encontrados foram que a maca vermelha pode aumentar os níveis de IFN-g em ratas ovariectomizadas, em dose-resposta, em modelo animal que se induziu os sintomas relacionados à pós-menopausa. Desta forma a maca vermelha pode ser considerada um tratamento alternativo para enfermidades relacionadas coma idade e a deficiência de estrógenos como a osteoporose.

Em outro estudo também em ratas ovariectomizadas, que foram tratadas com extratos etanólicos de maca, com doses orais de 0,096 e 0,24g de extrato/Kg de peso corporal durante 28 semanas, encontraram que altas concentrações de extrato etanólico de maca preveniam a perda da massa óssea. A maca vermelha e a negra, mas não a amarela, apresentaram efeitos sobre a osteoporose similar ao estradiol.

Como se pode perceber a maca possui vários benefícios, porém é necessário cautela na hora de realizar a prescrição, levando em conta o histórico do paciente, seus exames bioquímicos e avaliando-o como um indivíduo único com suas particularidades.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:

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