quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Lancheira Saudável



          Alimentação infantil deve suprir as necessidades nutricionais da criança para adequado crescimento e desenvolvimento e garantir qualidade de vida em curto, médio e longo prazo. A nutrição inadequada tem se tornado um grande determinante das doenças crônicas no ser humano, com isto evidências científicas tem mostrado que alterações na dieta têm fortes efeitos, positivos ou negativos, sobre a saúde e a prevenção de doenças do adulto, deve ser uma preocupação dos profissionais de saúde.

            O consumo de alimentos industrializados e ricos em gordura aumentou, em detrimento à ingestão de alimentos não processados, com isto diminui a desnutrição, aumentou a obesidade e apareceu a “fome oculta”, com deficiência de micronutrientes, pouco evidentes clinicamente, porém prejudiciais à saúde.

                 A abordagem nutricional da criança a partir do primeiro ano de vida requer conhecimento das características biopsicossociais que são comuns ao pré-escolar (1 a 6 anos) e ao escolar (de 7 anos até a puberdade).

            A formação dos hábitos alimentares inicia-se com a bagagem genética que interfere nas preferências alimentares, e que vai sofrendo diversas influências do meio ambiente: o tipo de aleitamento recebido nos primeiros seis meses de vida; a forma como os alimentos complementares foram incluídos no primeiro ano de vida; experiências positivas e negativas quanto à alimentação ao longo da infância; hábitos familiares e condição socioeconômica, entre outros.

                Na fase pré-escolar, a criança sente vontade de tocar, sentir as formas, sabores e texturas, cheirar, olhar, ou seja, explorar o alimento, portanto, a alimentação faz parte do processo educativo e é uma parte importante do desenvolvimento infantil inicial.

Lancheira

O lanche escolar é uma parte muito importante da alimentação das crianças, por isso os pais precisam ficar atentos ao que as crianças comem enquanto estão na escola. Geralmente, as cantinas não oferecem opções muito saudáveis e, com isso, é preciso se preparar para organizar o cardápio da lancheira.

Não poderá faltar no lanche da escola:

Um líquido: para repor as perdas nas atividades físicas: sucos, chás, água de coco engarrafados ou em embalagem tetra-pak, preferencialmente sem açúcar.

Uma fruta: práticas para consumir com casca ou cuja casca pode ser retirada com facilidade (maçã, banana, pera, morango, uva).

Um tipo de carboidrato: fornecer energia. Pães (integral, fôrma, sírio), bolachas sem recheios, bolos caseiros. Cuidado com a quantidade, pois é apenas parte do lanche.

Um tipo de proteína: proteínas lácteas: queijos, requeijões, iogurtes (somente se for possível manter em temperatura adequada).

Tipos de Lanches:

Energéticos:

- Pães de farinhas integrais (aveia, grãos, centeio, integral, preto), pão sírio, pão francês com gergelim.

- Bolos simples (de laranja, cenoura, maçã, fubá).

- Biscoitos doces ou salgados sem recheios.

- Barra de cereais.

- Geleia de frutas.

- Mel.

Construtores:

- Queijo branco, ricota, queijo cottage.

- Leite e achocolatados em embalagem longa vida que garantem a durabilidade.

- Iogurte.

Reguladores:

- Frutas frescas da época, inteiras com casca e higienizadas (banana, maçã, pera, tangerina, uva, morango, goiaba, pêssego, ameixa).

O que não deve entrar na lancheira

● Snacks e salgadinhos de pacote.

● Refrigerantes.

● Isotônicos.

● Balas.

● Bolos com recheios e cremes.

● Frituras.

● Bolacha recheada.

Além da escolha de alimentos saudáveis, é preciso também pensar na segurança alimentar, que inclui desde a seleção adequada dos alimentos, higiene dos utensílios utilizados até o armazenamento adequado do lanche.

Selecionar um alimento estragado ou higienizar a lancheira ou garrafa térmica de uma forma inadequada pode ser prejudicial à saúde da criança e causar transtornos como diarreia, febre e falta de apetite.
 
Dicas importantes:

● Escolha frutas com cascas íntegras, brilhantes e com aspecto de recém-colhidas. Furos e machucados nas frutas podem aumentar o risco de contaminação. As frutas da estação podem ser uma ótima alternativa por serem mais frescas e custarem menos.

● Fique de olho na validade. Se ela estiver vencida, o alimento pode conter microorganismos nocivos à saúde.

● Usar garrafas e lancheiras térmicas certificadas, para que possam efetivamente conservar os nutrientes e manter a temperatura do lanche. Principalmente, se tiver frios, leite e iogurte.

● Utilize saquinhos e embalagens próprios para alimentos na hora de separar a porção do lanche.

● Lave bem as mãos com água e sabão antes de preparar o lanche.

● Limpe a lancheira e a garrafinha antes e após o uso para tirar resíduos de alimentos. Especialistas indicam usar uma esponja macia com água e detergente neutro. Uma vez por semana, lave a lancheira e a garrafinha utilizando um pouco de água sanitária para higienizar.


As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Como lancheira pode influenciar na saúde da criança. Meu Pratinho Saudável. Disponível em: www.meupratinhosaudavel.com.br Acessado em: 20/01/2015.

Lanche Saudável – Manual de Orientação. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.


Vitolo, MR. Nutrição: da gestação à adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

10 Novos Passos Para Uma Alimentação Saudável



1) Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.

Em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, alimentos in natura ou minimamente processados são a base ideal para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. Variedade significa alimentos de todos os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes etc.


2) Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.

Utilizados com moderação em preparações culinárias com base em alimentos in natura ou minimamente processados, óleos, gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.

3) Limitar o consumo de alimentos processados.

Os ingredientes e métodos usados na fabricação de alimentos processados – como conservas de legumes, compota de frutas, pães e queijos – alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos dos quais derivam. Em pequenas quantidades, podem ser consumidos como ingredientes de preparações culinárias ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

4) Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.

Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote”, refrigerantes e “macarrão instantâneo” – são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. Suas formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente.

5) Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.

Procure fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade. Procure comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimento. Sempre que possível, coma em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola. A companhia nas refeições favorece o comer com regularidade e atenção, combina com ambientes apropriados e amplia o desfrute da alimentação. Compartilhe também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições.

6) Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.

Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Prefira legumes, verduras e frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência diretamente dos produtores.

7) Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las, principalmente com crianças e jovens, sem distinção de gênero. Se você não tem habilidades culinárias – e isso vale para homens e mulheres -, procure adquiri-las. Para isso, converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a Internet, eventualmente faça cursos e... comece a cozinhar!

8) Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.

Planeje as compras de alimentos, organize a despensa doméstica e defina com antecedência o cardápio da semana. Divida com os membros de sua família a responsabilidade por todas as atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições. Faça da preparação de refeições e do ato de comer momentos privilegiados de convivência e prazer. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.

9) Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.

No dia a dia, procure locais que servem refeições feitas na hora e a preço justo. Restaurantes de comida a quilo podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem comida caseira em escolas ou no local de trabalho. Evite redes de fast-food.

10) Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos, e não informar ou menos ainda, educar as pessoas. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais e estimule outras pessoas, particularmente crianças e jovens, a fazerem o mesmo.



As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.



Referência Bibliográfica:

Guia Alimentar Para a População Brasileira. Ministério da Saúde, 2014.