sexta-feira, 30 de junho de 2017

Iogurte



A produção mundial e o consumo de iogurtes cresceram muito durante o último quarto do século passado com a industrialização dos iogurtes aromatizados com frutas. A adição de frutas aumenta de maneira eficaz a aceitação do produto, pois nem todos os consumidores preferem o iogurte na sua forma natural.

Os iogurtes são muito utilizados para consumo no café da manhã, em lanches, ou como complementação de refeições rápidas. Servem também como ingredientes de várias preparações frias ou quentes; o uso mais comum é em temperos de saladas ou em molhos e sopas.

Iogurte é leite fermentado, natural ou artificialmente. Uma cultura de fermentos lácteos (Lactobacilus bulgaricus e Streptococcus thermophilus) é adicionada ao leite, a uma temperatura de aproximadamente 45°C, mantendo-se o leite em incubação. Além de leite e fermentos, são empregados na fabricação de iogurtes ingredientes que caracterizam o sabor de cada variedade do produto: açúcar, mel, frutas ou cereais.

O iogurte é fonte de proteínas, cálcio, fósforo, potássio, algumas embalagens citam como complementos vitaminas e minerais tais como do complexo B (B6 e B12, riboflavina, ácido fólico e niacina), vitamina A e zinco. Quando na forma integral, são também ricos em gorduras, em particular em gorduras não saudáveis (gorduras saturadas). Versões sem gordura ou com menos gordura (desnatadas ou semidesnatadas) podem ser mais adequadas para os adultos.

As proteínas são necessárias na construção, reparação e renovação dos tecidos do corpo. Participam da produção de anticorpos, hormônios e enzimas.

O cálcio é um mineral fundamental na formação e manutenção dos ossos, dentes, unhas além de participar das contrações musculares.

A vitamina A restaura e constrói novos tecidos fundamentais na saúde da visão e da pele, auxilia na acne e queda de cabelo.

As vitaminas do complexo B participam do metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos, têm papel importante na produção de energia, oxidação das células, produção de neurotransmissores e funções neurológicas normais.

Alguns tipos de bactérias podem ser adicionados em alimentos que consumimos, podendo proporcionar (quando em quantidades adequadas) um maior benefício ao indivíduo. Esses alimentos acrescidos de organismos que podem ajudar o ser humano são conhecidos como alimentos probióticos. Os probióticos têm efeito em casos de diarreia, conseguindo normalizar o trato gastrointestinal, além de efeitos anti-inflamatórios, controle e normalização de constipação, e efeito contra agentes mutagênicos, auxiliando na prevenção de alguns tipos de câncer e resistência a infecções por patógenos. O efeito dos probióticos não é cumulativo, ou seja, não aumenta com um maior consumo de alimentos probióticos. Desta forma, conseguem normalizar a função intestinal.

Benefícios de Comer Iogurte

O iogurte é um produto amplamente recomendado pelas suas características sensoriais, probióticas e nutricionais, pois, além de ser elaborado com leite contendo alto teor de sólidos, cultura láctica e açúcar, pode ainda, ser enriquecido com leite em pó, proteínas, vitaminas e minerais, e ser produzido com baixo teor ou isento de gordura.



Certas características são benéficas para indivíduos com intolerância à lactose e tendências à hiperglicemia pós-prandial. São citados em estudos também efeitos anticolesterolêmicos, anticarcinogênicos, inibitórios de agentes patógenos, como também para a regulação do hábito intestinal, entre outros.

Tipos de Iogurtes

Iogurtes Diets: iogurtes que em sua composição apresentam restrição total de açúcares ou de outros componentes. Elaborados para atender públicos que apresentem alguma restrição nutricional;

Iogurtes Lights: iogurtes que em sua composição possuem 25% de redução em algum de seus componentes, contribuindo para uma menor representatividade em seu valor calórico total. Preparado para o consumidor que tem por objetivo fazer uma redução energética em sua alimentação, como por exemplo, diminuição na ingestão de gordura e prevenção de problemas cardíacos;

Iogurtes Gregos: iogurte que possui até o dobro de calorias e três vezes mais gordura que o iogurte tradicional. As principais diferenças em relação ao tradicional são a consistência mais firme e menor acidez. Deve-se tomar cuidado porque, em comparação com o tradicional, ele possui uma quantidade maior de açúcar e gordura saturada. Este novo iogurte pode, entretanto, funcionar para matar a vontade de comer doce. Ele é fonte de cálcio e proteína.

O iogurte deve ser conservado sob refrigeração e depois de aberto, consumido em até 24 horas.

Receita de Iogurte Caseiro

Ingredientes:

● 2 litros de leite semidesnatado (se preferir pode ser o leite sem lactose ou desnatado);
● 1 potinho (170g) de iogurte integral ou desnatado com a consistência firme (também pode ser o iogurte natural sem lactose na mesma proporção).

Modo de Preparo:

Coloque o leite em uma panela e leve ao fogo. Desligue assim que ferver. Se formar uma película, descarte-a. Deixe esfriar até o ponto que você consiga colocar o dedo no leite e ele se mantenha bem quente, mas sem queimar seu dedo. Dica: coloque o dedo e conte 10 segundos, se aguentar todo o tempo sem queimar o dedo é esse o ponto. Em seguida adicione o pote de iogurte no leite e misture. Feche a panela e envolva-a com algumas toalhas, para mantê-la aquecida. Deixe fechado por cerca de 8 a 10 horas em temperatura ambiente. Se estiver muito calor, ele pode ficar pronto antes, ou seja, quando ele atingir a consistência, está pronto. Leve a geladeira e sirva por até 7 dias.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Como preparar o seu iogurte caseiro. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudavel.com.br Acessado em: 29/06/2017.

Novidade no mercado, iogurte grego tem mais gordura que o tradicional. Disponível em: www.folha.uol.com.br Acessado em: 23/02/2013.

Philippi, ST. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. São Paulo: Manole, 2003. p. 107.

Souza, FC. Iogurte. Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 28/06/2017.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Frutosemia



A Intolerância Hereditária à Frutose (IHF), ou frutosemia, trata-se de uma desordem genética, caracterizada pelo erro inato do metabolismo da frutose, em decorrência da deficiência da enzima aldolase B. É apresentada bioquimicamente pelo acúmulo de frutose e frutose-1-fosfato nos tecidos e fluidos biológicos dos pacientes afetados.

A frutose é um importante carboidrato da dieta encontrado principalmente em frutas e vegetais. Além de ser encontrada sob forma isolada na natureza, também é fruto da digestão do dissacarídeo sacarose. Os vegetais podem conter de 1% a 2% de seu peso na forma de frutose livre e mais 3% de frutose sob a forma de sacarose. O mel fornece a maior concentração de frutose, sendo considerado um adoçante natural. A frutose pode ainda ser produzida a partir do sorbitol, que está presente em várias plantas, em particular na família das Rosáceas (maçãs, peras, cerejas, ameixas e damascos). Outras fontes de sorbitol são doces, balas de menta, goma de mascar, alimentos e sucos dietéticos.

Os portadores da IHF não apresentam sintomas até ingerirem alimentos que contenham frutose, sacarose e sorbitol. As manifestações clínicas incluem dor abdominal, vômitos, diarreia, febre, hipoglicemia acompanhada de sudorese, tremores, palidez, acidose metabólica, insuficiência renal crônica, icterícia, doença hepática, hepatoesplenomegalia e convulsões.

O quadro pode evoluir para apatia, crises convulsivas e até coma, caso o diagnóstico seja tardio. O diagnóstico de IHF é feito principalmente pela quantificação de frutose e frutose-1-fosfato no soro e na urina de pacientes afetados por esta doença.

A orientação do paciente com IHF deve focar na exclusão de alimentos e preparações culinárias que contenham frutose, sacarose ou sorbitol em sua composição. Além disso, deve-se orientar o paciente a sempre observar na rotulagem dos produtos se há, na composição, algumas dessas substâncias.
 


As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Frutosemia. Manual de orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de São Paulo, 2015.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Retenção de Líquidos



Se de um dia para o outro você ganhou dois quilos e não sabe o porquê, não consegue mais abotoar seu jeans favorito, seu anel não entra em seu dedo ou seus pés estão espremidos em seu sapato... Você pode estar retendo líquidos.

Retenção de líquidos, como o próprio nome já diz, é uma condição em que o corpo tende a reter água nos tecidos, provocando inchaço no corpo ou em parte dele. Os pés, pernas, mãos e a área abdominal são as áreas mais afetadas. A tensão pré-menstrual é a principal causa de retenção em mulheres, mas tanto em homens quanto em mulheres as causas podem ser variadas. Quanto à origem alimentar, excesso de sal na dieta e a baixa ingestão de líquidos são fatores que podem induzir seu organismo a reter água. Inatividade física e tempo quente também contribuem para a retenção. Outras causas mais graves podem estar associadas com problemas renais, cardíacos ou hepáticos ou doenças da tireoide. Dessa maneira, se o inchaço for persistente por um longo período, recomenda-se a procura médica.

Recomendações Alimentares:

Consuma diuréticos naturais. Frutas e vegetais frescos são ricos em nutrientes e possuem alto teor de água. Quando você aumenta a quantidade de fluidos em sua dieta, naturalmente ocorre a estimulação dos rins para liberar o excesso de água. Melancia, melão, abacaxi e frutas cítricas são ótimas frutas diuréticas, assim como o suco de cranberry. Dentre os vegetais, destacam-se os de folhas verdes, pepino, tomate, pimentão, cenoura e cebola. 



Consuma alimentos ricos em potássio. Potássio é um importante mineral que combate a retenção de fluidos por manter o balanço apropriado de sódio. Quando sentir-se inchado, consuma banana, beterraba, damasco, tomate, melão ou abacate.

Reduza o consumo de alimentos ricos em sódio. Sódio naturalmente retém água no organismo. Evite o consumo de alimentos ricos em sódio, como: embutidos (presunto, mortadela, linguiça e salame), sopas desidratadas, catchup, temperos prontos, alimentos conservados pelo sal (bacalhau, carne seca, charque, etc), vegetais enlatados (como ervilha, milho e seleta de legumes), azeitonas, molhos de tomate industrializados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, queijos salgados como mussarela, provolone, prato e parmesão, dentre outros alimentos. Muita atenção também no preparo dos alimentos, seja cauteloso quanto à quantidade de sal adicionada no tempero. Ao invés de sal, procure utilizar ervas frescas, azeite de oliva e limão.

Aumente a ingestão de água. Paradoxalmente, quanto mais água você beber, menos água irá reter. Beba no mínimo 2 litros ou 8 copos de água em intervalos regulares durante o dia.

Consuma alimentos ricos em vitamina B. Várias vitaminas do tipo B são conhecidas por encorajar a liberação de fluidos pelo organismo. Fontes de vitamina B6 são carne de frango, fígado de vaca, peixes como atum (sem ser enlatado, pois contém alto teor de sódio), arenque e salmão,  nozes e cereais integrais. A vitamina B5 também é uma forte aliada, sendo encontrada em leites, iogurtes, carnes de frango ou bovina, brócolis, etc, assim como a vitamina B1, encontrada em carnes, aveia e outros cereais integrais.

Consuma chás caseiros. Chás das folhas de capim-cidreira, carqueja, cavalinha e chapéu-de-couro, além de fornecerem compostos antioxidantes, possuem ação diurética.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Christie, S; Walker, AF; Lewith, GT. Flavonoids – A new direction for the treatment of fluid retention? Phytotherapy Research, v. 15, p. 467-475, 2001.

Mello, NA. Você está se sentindo inchado? Saiba como a dieta pode ajudá-lo! Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 24/06/2017.

Metheny, NM. Fluid and Electrolyte Balance. Nursing Considerations. 15th ed. Sudbury: Jones & Bartlett Learning. 2012.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Milho



O milho (Zea mays), também chamado abati, auati e avati, conhecido em Portugal no século XVIII por milho grande, milho graúdo, milhão e milho grosso é um conhecido cereal, cultivado em grande parte do mundo. O milho é extensivamente utilizado como alimento humano ou para ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Todas as evidências científicas levam a crer que seja uma planta de origem mexicana, já que a sua domesticação começou há cerca de 7500 a 12000 anos na área central do México. É um dos alimentos mais nutritivos que existem, contendo quase todos os aminoácidos conhecidos, sendo exceções a lisina e o triptofano. 
      
Tem um alto potencial produtivo e é bastante responsivo à tecnologia. O seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. Produção mundial foi 817 milhões de toneladas em 2009-mais que arroz (678 milhões de toneladas) e trigo (682 milhões de toneladas), com 332 milhões de toneladas produzidas anualmente somente nos Estados Unidos. O milho é cultivado em diversas regiões do mundo. O maior produtor mundial são os Estados Unidos. No Brasil, que também é um grande produtor e exportador, o Paraná é o maior estado produtor, com cerca de 27% da produção nacional, seguido de Mato Grosso e Minas Gerais. Atualmente, somente cerca de cinco por cento da produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e à ausência de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais, bem como aos hábitos alimentares da população brasileira, que privilegia outros grãos.    

O milho puro ou como ingrediente de outros produtos, é uma importante fonte energética para o homem. Ao contrário do trigo e o arroz, que são refinados durante seus processos de industrialização, o milho conserva sua casca, que é rica em fibras, fundamental para a eliminação das toxinas do organismo humano. Além das fibras, o grão de milho é constituído de carboidratos, proteínas e vitaminas do complexo B. Possui bom potencial calórico, sendo constituído de grandes quantidades de açúcares e gorduras. O milho contém vários sais minerais como ferro, fósforo, potássio e zinco. No entanto, é rico em ácido fítico, que dificulta a absorção destes mesmos. O uso primário do milho nos Estados Unidos e no Canadá é na alimentação para animais. O Brasil tem situação parecida: 65 por cento do milho é utilizado na alimentação animal e onze por cento é consumido pela indústria, para diversos fins. Seu uso industrial não se restringe à indústria alimentícia. É largamente utilizado na produção de elementos espessantes e colantes (para diversos fins) e na produção de óleos.

Recentemente, Europa e Estados Unidos têm incentivado seu uso para produção de etanol. O etanol é utilizado como aditivo na gasolina, para aumentar a octanagem. O uso do milho para produção de biocombustíveis tem encarecido seu uso para alimentação.

Milho branco

Uma das variedades mais difundidas no Brasil é o milho branco. Tem, como principais finalidades, a produção de canjica, grãos e silagem. A planta tem altura próxima de 2,20 metros, sendo que a espiga nasce a 1,10 metros do solo. A espiga é grande, cilíndrica e apresenta alta compensação. O sabugo é fino, os grãos são brancos, profundos, pesados e de textura média. O colmo tem alta resistência física e boa sanidade. Podem ser colhidas até duas safras de milho branco por ano. Em algumas épocas e regiões do Brasil, a cotação da saca de milho branco pode ser até 50% superior à do milho tradicional. O auge da demanda ocorre no período imediatamente anterior à quaresma, pois a canjica é um prato típico destas festividades. Embora ainda minoritário, o milho branco tem ganhado espaço no mercado nos últimos anos, e a área plantada tem refletido o aumento na demanda. Um dos motivos é que o mercado reconhece que ainda não existem variedades transgênicas de milho branco, o que automaticamente aumenta seu valor de mercado em nichos específicos.

Milho transgênico

A variedade de milho genéticamente modificado mais conhecida é desenvolvida pela Monsanto, e é conhecida como RR GA21 (tolerante ao herbicida glifosato). Ela é utilizada extensivamente nos Estados Unidos. Outras empresas atuantes no ramo incluem a Syngenta, a BASF, a Bayer e a DuPont. Em 1999, a Novartis foi a primeira empresa a receber autorização do governo brasileiro para realizar testes no país com o milho transgênico BT, resistente a insetos.

Segundo os produtores de sementes, o milho transgênico traz um aumento médio de oito por cento na produtividade. Nos Estados Unidos, mais de setenta por cento do milho semeado é transgênico. A produção de variedades transgênicas na Argentina e no Brasil é crescente, embora nem sempre a prática do cultivo dessas variedades seja legal. 


PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO MILHO

 

 

1. Antioxidante

Todas as variedades de milho fornecem fitonutrientes antioxidantes que trazem diferentes benefícios do milho à saúde. A combinação exata dos fitonutrientes, no entanto, depende da variedade. O milho de grãos amarelos é mais rico em luteína e zeaxantina. O milho azul tem concentrações únicas de antocianinas e o milho roxo fornece quantidades incomuns do ácido protocatecuico. Antioxidantes são substâncias que podem proteger as células do nosso corpo de danos causados por radicais livres que podem ocorrer como consequência normal de alguns processos metabólicos, ou ainda a partir da exposição a certos produtos químicos, tabagismo, poluição e radiação. Consumir alimentos ricos em antioxidantes serve para garantir a saúde do coração e pode também ajudar a reduzir o risco de infecções e algumas formas de câncer.

2. Contêm proteínas

Uma porção de um copo de milho fornece 5 gramas de proteína, o que representa cerca de 10% da dose diária recomendada por nutricionistas. As proteínas obtidas a partir do consumo do milho contêm praticamente todos os aminoácidos essenciais à nossa saúde diária, com exceção apenas à lisina, o que pode ser resolvido adicionando feijão, ovos, aves ou carne magra à refeição.

3. Rico em fibras
 
O milho contém uma boa quantidade de fibras, sendo a maior parte do tipo insolúvel. Em cerca de 100 gramas da adorada pipoca de cinema há cerca de 20 gramas de fibra. Este montante é cerca de metade da ingestão diária adequada para homens e mulheres. Pesquisas estabeleceram a ingestão recomendada de fibras baseando-se no total necessário para proteger a saúde do coração. Em um copo de milho cozido há cerca de 4 gramas de fibras, o que é cerca de 15% do total que devemos ingerir diariamente. 

4. Contém ácido fólico

O nosso corpo depende de ácido fólico para metabolizar DNA (Ácido Desoxirribonucleico) e proteínas. Este ácido é uma vitamina do complexo B e precisa estar presente no nosso organismo, especialmente nas mulheres em idade fértil porque previne eventuais defeitos de nascença no feto que podem ocorrer nas primeiras semanas após a concepção. Ela também ajuda a proteger o coração uma vez que converte um aminoácido chamado homocisteína cujos níveis elevados podem danificar os vasos sanguíneos. Além disso, ele é vital para outros processos metabólicos como a produção de neurotransmissores cerebrais. Um copo de milho cozido contém 34 microgramas de ácido fólico, nove por cento da dose diária recomendada por especialistas.

5. Boa quantidade de calorias
 
O milho é uma fonte rica em calorias e por isso é a base da alimentação de muitas populações e tem papel vital para a sobrevivência de dezenas de países de base agrícola. Cada 100 gramas milho cozido contém 90 calorias, um dos valores mais elevados entre os cereais. Seu alto teor calórico garante a saciedade, mas pode ser um vilão para o ganho de peso rápido quando ingerido em excesso. 

6. Contêm muitas vitaminas e minerais

O milho é fonte de muitas vitaminas e minerais, o que lhe garante propriedades nutricionais únicas. A quantidade destes nutrientes varia de acordo com o tipo de grão. O milho de pipoca tende a ter quantidades maiores de minerais, enquanto o milho verde tende a ser mais rico em vitaminas.


MINERAIS EM DESTAQUE NO MILHO DE PIPOCA


Cobre: ​​Um antioxidante cuja ingestão inadequada pode ter efeitos negativos na saúde do coração;

Fósforo: Encontrado em quantidades aceitáveis tanto na pipoca quanto no milho verde. Ele desempenha um papel importante no crescimento e manutenção dos tecidos do corpo;

Magnésio: A carência de magnésio no organismo pode aumentar o risco de muitas doenças crônicas como doenças do coração;

Manganês: Um mineral essencial encontrado em quantidades elevadas em grãos integrais, frutas e legumes;

Zinco: Elemento essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico;


VITAMINAS PRESENTES NO MILHO VERDE

 

Ácido pantotênico: Também chamado de vitamina B5, ele pode ser encontrada em certa medida, em quase todos os alimentos e sua deficiência é, portanto, rara;

Ácido Fólico: Também conhecido como vitamina B9, é um nutriente essencial, especialmente importante durante a gravidez;

Niacina: Também chamada de vitamina B3, é mais bem absorvida a partir do milho quando este é cozido junto com uma substância alcalina como a cal hidratada. A niacina pode prevenir e tratar o colesterol alto;

Potássio: um nutriente essencial importante para o controle da pressão arterial e que pode melhorar a saúde do coração;

Vitamina B6: Também conhecida como piridoxina. Ela favorece a respiração celular e ajuda no metabolismo das proteínas.

INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS DO MILHO

Porção
100g
Energia
90 calorias
Carboidratos
19g
Açúcar
3,2g
Proteínas
3,2g
Gorduras
1,2g
Fibras
2,7g

 

 

BENEFÍCIOS DO MILHO PARA A SAÚDE E BOA FORMA


O consumo de milho pode ajudar no controle do diabetes

Acredita-se que o aumento da ingestão de frutas e vegetais orgânicos, como o milho, pode ser associado à redução do diabetes na última década, uma doença epidêmica no mundo todo. Estudos têm mostrado que um dos benefícios do milho é o auxílio no tratamento de diabetes em pacientes não dependentes da insulina, sendo que também é eficaz contra a hipertensão devido à presença dos fitoquímicos fenólicos que contém fitoquímicos podem regular a absorção e a libertação de insulina no corpo, o que pode reduzir a possibilidade de picos de açúcar no sangue e evitar gota em pacientes diabéticos, ajudando-os a manter um estilo de vida mais normal. No entanto, é preciso estar atento à quantidade a ser consumida.

Milho pode ajudar na prevenção de doenças do trato digestivo

Consumir milho cozido ou pipoca satisfaz por causa do teor de fibras alimentares presentes nos grãos. Os benefícios do milho provenientes das fibras para o sistema digestivo são muito bem documentados. Pesquisas recentes mostram que as fibras presentes no milho ajudam na proliferação de bactérias benéficas ao nosso intestino grosso. Tais bactérias processam os ácidos graxos de cadeia curta, responsáveis por fornecer energia para as nossas células intestinais e, assim, ajudam a reduzir o risco de doenças, incluindo o risco de desenvolver câncer de cólon. 



O cereal oferece proteção aos olhos 

A ingestão de antioxidantes, principalmente carotenoides como a luteína e a zeaxantina, pode promover benefícios do milho consideráveis ​​para a saúde dos olhos. Estes carotenoides estão mais presentes na variedade amarela do milho e são conhecidos como pigmentos maculares. Eles estão presentes na superfície interna da retina, a parte do olho sensível à luz. Sua função é proteger a retina contra danos oxidativos causados ​​pela luz. Pesquisas mostram que garantir altos níveis de carotenoides no sangue pode reduzir o risco tanto da degeneração macular como da ocorrência de catarata.

Podemos citar como exemplo um estudo feito com 356 pessoas entre jovens e idosos onde houve uma redução de 43% no risco de degeneração macular entre aqueles com maior ingestão de carotenoides, especialmente luteína e zeaxantina, em relação aos demais indivíduos.     
 
Quando consumido com moderação, o milho pode ajudar no controle do peso. O milho possui diversas propriedades que dão suporte ao controle de peso, mas também tem uma desvantagem em potencial. Uma vantagem é que cerca de 70% do milho é constituído de água e isto ajuda a controlar o peso porque a água acrescenta volume sem adicionar calorias ao alimento. Mais um dos benefícios do milho é proveniente do volume de proteínas e fibras do grão. Ambos nutrientes que ajudam a manter a saciedade durante um período mais longo de tempo. A desvantagem, no entanto, é alta concentração de carboidratos que causa o aumento do açúcar no sangue. Uma porção de um copo de milho tem 31 gramas de carboidratos, ou quase um quarto da ingestão recomendada para um dia inteiro.

Os benefícios do milho como cosmético

O amido de milho é utilizado na fabricação de muitos produtos cosméticos e também serve para ser aplicado topicamente para aliviar diferentes tipos de irritação da pele e erupções cutâneas. Produtos de milho são indicados para substituir produtos petrolíferos cancerígenos que são os principais componentes de muitas preparações cosméticas. Muitos dos tradicionais cremes para a pele contêm vaselina como base, um material que muitas vezes pode bloquear os poros da pele e piorar determinadas condições.

A vitamina A traz benefícios do milho para a pele e sistema imunológico

O milho é uma fonte rica de betacaroteno, que forma a vitamina A no nosso organismo. Esta vitamina é essencial e serve para a manutenção de uma boa visão, de uma pele saudável, da saúde das membranas mucosas e para o bom funcionamento do sistema imunológico. A Vitamina A pode ser tóxica se suplementada em excesso, por isso o ideal é consumi-la na forma de betacaroteno. A quantidade de betacaroteno ingerida que não é convertida em vitamina A, atua como um antioxidante muito forte, como todos os carotenoides, e pode combater doenças como o câncer e males do coração.

Cuidado com o xarope de milho presente nos alimentos industrializados!


Tanto o xarope de glicose, geralmente feito a partir de amido de milho, quanto o xarope de milho propriamente dito são adoçantes líquidos usados em alimentos industrializados em geral, como bolachas, sorvetes, refrigerantes, temperos prontos para salada, entre muitos outros. Nutricionalmente falando, ambos variam dependendo do fabricante, mas são fontes concentradas de calorias com muito pouco valor nutricional. Uma porção de uma colher de sopa de xarope de glicose à base de milho tem 70 calorias, 17 gramas de carboidratos e 6 miligramas de sódio. A mesma porção de xarope de milho light tem 62 calorias, 17 gramas de carboidratos e 14 miligramas de sódio.                                                   

Os xaropes são amplamente usados, principalmente em sobremesas congeladas, porque sua consistência ajuda a evitar a cristalização. Eles também são usados em produtos de panificação para adoçar e manter úmidas e macias certas receitas.          

Para muitos especialistas, o xarope de milho, ou corn syrup, é um dos grandes vilões da obesidade mundial, uma vez que cada vez mais consumimos produtos industrializados cujas receitas estão cheias deste produto.                               

É importante verificar a sua presença nos alimentos, já que ele é usado como um substituto do açúcar, mas pode ter um efeito tão negativo ou até pior que este no organismo.  
     
Em síntese, o milho consumido com moderação ao natural ou em preparações como, pamonha, polenta, curau, cremes pode acrescentar mais valor nutricional no cardápio diário.

Texto elaborado por: Dra. Roseli Lomele Rossi - CRN 2084      
                                    
Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN - Associação Brasileira de Nutrição. 

Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. 

É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: "Saúde & Sabor com Equilíbrio" - Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.