domingo, 29 de março de 2015

Páscoa Saudável



A Páscoa é uma festividade anual cristã que comemora a Ressurreição de Jesus após sua crucificação. “Páscoa” é uma palavra de origem hebraica, cujo significado é “Passagem” de Cristo, da morte para vida.

O peixe é um dos mais antigos símbolos da era cristã. As letras que formam a palavra “peixe”, em grego, são as iniciais de uma afirmação muito importante para os cristãos: “Jesus Cristo, Filho de Deus é o Nosso Senhor”.

Peixes

Baixo teor de gordura

Em geral, os peixes possuem menos gordura que a maioria das carnes bovinas e suínas. Os peixes de cor clara (bacalhau, pescada, badejo) apresentam menor quantidade de gordura que os de carne escura (atum, anchova, sardinha, salmão).

Origem
Alimento (em 100 g)
Gordura total g
Porco
Bacon frito
49
Lingüiça cozida
31
Carne de boi
Filé Mignon grelhado
20
Picanha
10
Frango
Sobrecoxa assada com pele
15
Peito frito sem pele
5
Peixe
Salmão rosa grelhado
4
Pescada grelhada
2
      Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Os peixes são ricos em ômega 3

O tipo de gordura predominante nos peixes é a poliinsaturada, diferente das carnes vermelhas que contêm uma alta proporção de gordura saturada. Tal gordura, quando consumida em grandes quantidades, pode ser prejudicial ao coração.

Dentre as gorduras poliinsaturadas presentes nos peixes, destaca-se o ômega 3.  Estudos comprovam efeitos benéficos à saúde, tais como: diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares acidente vascular cerebral (derrame), redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue.

Os peixes são ricos em proteínas de alta qualidade

Por serem ricos em aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo nosso organismo), os peixes possuem proteínas com valor nutritivo ligeiramente superior às das carnes vermelhas. Além disso, as proteínas dos peixes são de alta digestibilidade, o que favorece o processo de digestão.

Os peixes são ricos em vitaminas e minerais

Os peixes são ricos em vitaminas lipossolúveis como A, E e, principalmente, D. São ricos também em vitaminas hidrossolúveis, tais como niacina – importante nas reações químicas de liberação de energia - e ácido pantotênico – essencial no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras.

Além disso, os peixes contêm minerais importantes, tais como: cálcio, flúor e fósforo.

Fáceis de preparar

A vantagem dos peixes em relação às carnes de boi e porco é a facilidade de preparo. Os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em diversas preparações: ao molho, assado, ensopado, cozido, grelhado.

Por causa de todos os benefícios descritos, incluir ou aumentar o consumo de peixes é uma ótima atitude para a melhora da sua qualidade de vida!

Dicas para uma boa escolha

● Os olhos dos peixes devem estar transparentes, brilhantes e salientes;

● Escamas brilhantes, bem aderentes à pele;

● Ventre roliço, firme, não deixando impressão duradoura à pressão dos dedos;

● Guelras rosas ou vermelhas, úmidas e brilhantes.

Chocolate

Não substitua uma refeição por uma quantidade maior de chocolate. Não pense apenas em equilibrar calorias porque o seu organismo precisa de uma alimentação nutritiva. O excesso de açúcares e gorduras poderá se acumular em forma de gordura, mesmo dentro da quantidade calórica calculada para a refeição.

Quanto a escolha do chocolate: se não for pelo chocolate meio-amargo/amargo ou com 70% de cacau, que pelo menos seja um ao leite simples. Os recheios tendem a deixar o chocolate ainda mais calórico. Optar por versões mais simples e não as trufadas ou recheadas.

Evitar o consumo do chocolate branco, pois esse não possui cacau em sua composição, sendo feito com manteiga do cacau, açúcar e adicionada gorduras hidrogenadas, tornando-se uma das opções mais calóricas e que não traz benefícios ao organismo.

Os chocolates dietéticos são recomendados para quem tem diabetes, devido à exclusão do açúcar como ingrediente. Não são considerados opções mais saudáveis, pois para seu sabor permanecer equivalente ao normal é adicionado mais gordura. Dessa forma, a quantidade de calorias dos chocolates dietéticos pode ser igual ou superior ao chocolate normal.

Os chocolates ZERO geralmente não têm um nutriente específico na sua fórmula, podendo ser: açúcar, gordura ou lactose. É importante sempre verificar o rótulo. Esses chocolates são específicos para dietas especiais. Pacientes que apresentam intolerância a lactose, por exemplo, podem consumir um chocolate “zero lactose”.

O ideal é consumir por volta de no máximo 30 gramas por dia (equivalente a 3 a 4 quadradinhos da barra comum).

Dicas de Páscoa Light:

● Antes de comer os pratos à base de peixes e frutos do mar, coma muita salada crua e legumes cozidos. Esses alimentos apresentam baixa quantidade calórica e são ricos em fibras que conferem sensação de saciedade;

● À noite, procure consumir sanduíches, que podem variar com o que sobrou do almoço. Desfie peixes ou frutos do mar, misture com iogurte desnatado e faça um delicioso patê para colocar em sua salada ou cobrir pães;

● Procure não comer mais do que 50g de chocolate ao dia;

● Coloque chocolate picado no freezer e ao comê-lo tente chupá-lo como se fosse bala. Ajuda a saciar mais rápido;

● Sempre coma antes do chocolate pedaços de maçã ou pera. Essas frutas ajudam a diminuir a absorção da gordura pelo organismo (pectina);

● Procure, nessa semana, fazer atividades físicas com mais frequência. Isso acelera mais o metabolismo;

● Procure não comer chocolate todos os dias, pois esse hábito pode viciar o paladar e exigir mais e mais chocolate.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Marques, Mariane. Como manter o equilíbrio na alimentação durante a páscoa. Disponível em: www.nutritotal.com.br

Negami, C. Páscoa saudável. Disponível em: www.nutrociencia.com.br

Stürmer, JS. Reeducação Alimentar: Qualidade de vida, emagrecimento e manutenção da saúde. 1. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2001.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Vitamina B12 na Dieta Vegetariana



    A vitamina B12 é o único nutriente que o vegetariano talvez precise complementar, mesmo com uma alimentação bem planejada, pois a vitamina B12 só está presente em quantidade significativa nos alimentos de origem animal. Devemos lembrar que leite, queijos e ovos são de origem animal e contêm essa vitamina. Logo, quem consome esses alimentos regularmente talvez não precise de complementação.

Pessoas que precisam de suplementação

● Gestantes e lactantes (vegetarianas ou não);
● Crianças (vegetarianas ou não);
● Vegetarianos estritos (que não utilizam alimentos fortificados);
● Vegetarianos que utilizam ovos e laticínios com pouca frequência, pois talvez não obtenham a quantidade diária recomendada de vitamina B12.

Vegetarianos e Não Vegetarianos

      Estudos sugerem que cerca de 50% dos vegetarianos apresentam deficiência dessa vitamina. Essa deficiência não depende apenas da ingestão de B12, mas também de como a gastamos e de como conseguimos reciclá-la. Estudos mostram que a população não vegetariana mundial está bastante sujeita a essa deficiência, que atinge 40% da população da América Latina.

Quadro 1. Ingestão de referência de vitamina B12.

Idade
EAR (µg/dia)
RDA (µg/dia)
0-6 meses
-
0,4 AI
7-12 meses
-
0,5 AI
1-3 anos
0,7
0,9
4-8 anos
1,0
1,2
9-13 anos
1,5
1,8
> 14 anos
2,0
2,4
Gestantes
2,2
2,6
Lactantes
2,4
2,8
EAR: necessidade média estimada. / RDA: ingestão dietética recomendada. / AI: ingestão adequada.
Fonte: Cozzolino, 2005.

Deficiência de Vitamina B12








     Essa deficiência tende a se manifestar mais precocemente com sintomas neurológicos, como formigamento nas pernas, perda da percepção vibratória e redução da concentração. Em casos mais avançados pode haver torpor mental e até coma. Há pessoas que têm dores articulares e distúrbios de sono. Podem ocorrer sintomas psiquiátricos, como depressão e transtorno obsessivo compulsivo (TOC), dentre outras manifestações. Sintomas hematológicos, como anemia, tendem a se manifestar mais tardiamente.

Fontes não seguras de vitamina B12

      Algumas formas de vitamina B12 não são ativas no organismo humano, sendo chamadas de “análogos da B12” ou formas “corrinoides”.

Alimentos fermentados: como são bactérias que produzem vitamina B12, surgiu a hipótese de que alimentos fermentados seriam fontes da vitamina. No entanto, esses alimentos não apresentam quantidade significativa dessa vitamina ativa. Ou seja, não são fontes confiáveis de vitamina B12: missô, shoyu, tempeh, levedura de cerveja e pães fermentados biologicamente;

Algas: elas contêm apenas elementos análogos da vitamina B12. Portanto, não são fontes confiáveis de B12: nori, chlorella, wakame, hiziki, kombu, spirulina e as demais algas.

Uso de suplementos de B12
 

     Embora a B12 possa ser estocada no fígado e o estoque talvez leve mais de três anos para se exaurir, é difícil saber como está seu estoque agora. Assim, comece a utilizar a B12 tão logo saiba da sua necessidade para a manutenção da saúde: use diariamente um comprimido ou cápsula que contenham pelo menos 5mcg de vitamina B12. A maioria dos suplementos por via oral disponíveis no mercado contém 10mcg. Não há problema nenhum. Outra alternativa é utilizar a dose semanal de 2.000mcg. Porém, muitas pessoas precisam, para manutenção, de doses maiores do que as aqui sugeridas.

Suplemento ou alimentos?

     A vitamina B12, assim como o ferro, deve ser corrigida sempre de forma medicamentosa. Não se consegue isso apenas com a ingestão de alimentos, pois o teor desses nutrientes nos alimentos, sejam vegetais ou de origem animal, é muito menor do que a dose exigida para correção.

Aos Profissionais de Saúde: solicite a dosagem sérica de vitamina B12 para diagnóstico e acompanhamento da deficiência. Os valores de referência não servem para o diagnóstico. Os valores seguros para manter a B12 sérica ficam acima de 490PG/ML (enquanto a referência do método é de 210 a 940PG/ML.
 
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:

Cozzolino, SMF; Mafra, D. Vitamina B12 (Cobalamina). Biodisponibilidade de Nutrientes. 1 ed. São Paulo: Manole, 2005, p. 395-403.

Slywitch, E. Tudo o que você precisa saber sobre alimentação vegetariana. Sociedade Vegetariana Brasileira