terça-feira, 31 de outubro de 2017

Tipos de Sal



O sal foi sujeito a taxas e controlado pelos poderosos. A palavra espanhola "pagar" vem do latim "salarium" ração de sal.

De conservante a tempero, o sal acompanha a humanidade desde quase sempre. Já foi motivo de guerras, e é a razão por chamarmos o pagamento mensal de salário. E, curiosamente, é o único mineral que comemos direto na forma em que é extraído da natureza.

O papel do sal é triplo: utilizado para temperar a comida é conservante de alimentos e auxilia ao corpo no equilíbrio de fluidos do corpo e de nervos e atividade muscular.
Apesar de necessitarmos do sal, é recomendado que ele seja consumido em pequenas quantidades.

Sal. Até pouco tempo, chegar nesse item da lista de compras causava alívio. Afinal, ao contrário de outros produtos, não havia muito o que pesquisar ou inspecionar nas gôndolas. Mas uma onda de sais coloridos vindos dos cantos mais exóticos do planeta, como montanhas do Himalaia, Chipre e Marrocos, deixou esse processo meio demorado. Além disso, despertou uma dúvida no consumidor: quais as diferenças entre eles? Qual é o mais saudável?

O que é de conhecimento geral é que temos que ter muito cuidado com o sódio, seu excesso é muito prejudicial para nosso organismo, porém sua falta também pode trazer alguns prejuízos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a recomendação de sódio para adultos por dia é menos de 2000 mg, o que equivale a 5 gramas de sal de cozinha (NaCl) e pelo menos 3510 mg de potássio.

EXISTEM 2 TIPO DE EXTRAÇÃO DE SAL
Sal-gema (sal de rocha)

Está presente na Terra e é encontrado em depósitos subterrâneos, como grão de sal impactados. Na Catalunha, a mais famosa é a de Cardona. A resistência inexplorado sal, mas agora está sendo visitada e é um verdadeiro museu de sal.

Sal do mar (sal marinho) 



TIPOS SAL
Sal refinado: Esse sal passa por um processo industrial de refinamento que perde-se vários minerais como enxofre, bromo, magnésio e cálcio, ou seja, é um sal pobre em nutrientes, além de acrescentarem inúmeros aditivos químicos que o mantêm branquinho e soltinho. É adicionado também ácido para ser refinado, prejudicando a acidez do sangue. Precisamos de uma alimentação alcalina para favorecer o funcionamento do organismo. 1 g de sal tem 400 mg de sódio.
Sal light: Esse possui menos sódio, porém cerca de 50 a 70% é substituído por cloreto de potássio, e a ingestão de potássio pode ficar acima do recomendado, devido a isso, ele salga bem menos e você acaba colocando uma quantidade bem maior, o que não adianta muito, por isso é preciso tomar muito cuidado com esse sal, principalmente quem tem problemas renais devido ao excesso de potássio. 1 g de sal tem 197 mg de sódio.
Sal Marinho: Esse sal contém mais nutrientes, esses não são eliminados como ocorre no sal refinado, que durante o processo perdem-se todos. Ele contém uma menor acidez, pois contém menos sódio que o sal refinado e o sódio acidifica o sangue e com isso usamos nutrientes do osso para alcalinizar o pH sanguíneo, podendo levar a osteoporose e outros desequilíbrios. 1 g de sal tem 390 mg de sódio.
Sal Rosa: Pode ser chamado também de sal do Himalaia, Italiano, Paquistão, e a diferença entre eles são somente os nutrientes que serão agregados de acordo com o lugar que foi retirando. Contém mais de 80 minerais tais como o magnésio, cálcio, potássio, cobre, manganês, ferro entre outros e tem uma  concentração de sódio um pouco menor. É livre de toxinas e poluentes, fica depositado em grandes profundidades. 1 g de sal tem 230 mg de sódio.

Sal líquido: de sabor suave é obtido pela diluição do sal refinado em água. 1g de sal tem 110 mg de sódio.
Sal negro: Oriundo da Índia, seus grãos são grossos e de cor cinza-rosada. Formado a partir de cloreto de sódio, cloreto de potássio, ferro e compostos de enxofre, apresenta sabor sulfuroso, forte e marcante. Geralmente, é vendido acompanhado de um moedor. Vai bem em molhos, saladas e massas. 1 g de sal tem 380 mg de sódio.
Sal do Hawai: Com coloração rosa avermelhada, por causa da presença de uma argila hawaiana chamada Alaea, é rica em dióxido de ferro. É usado em preparações com peixes, carnes vermelhas e, também, na finalização de pratos.  1 g de sal tem 390 mg de sódio.
Flor de sal: É uma forma mais pura de sal, é raro e difícil de obter, pois depende de onde o vento sopra. 1 g de sal tem 450mg de sódio.
Gersal: Recomendado para quem deseja diminuir a ingestão de sódio, pode ser preparado em casa. Para fazer este tempero, uma das receitas mais simples é misturar seis colheres (sopa) de gergelim com duas (café) de sal marinho e, em seguida, bater o conteúdo no liquidificador até ele ficar triturado. Além de ser uma mistura com pouco sódio, o gergelim ainda é ótima fonte de cálcio, vitaminas E, B1 e B2 e magnésio.

Sal Kosher: Bastante parecido com o sal grosso, não tem iodo e é extraído de minas ou do mar, sempre sob a verificação de um rabino. É ideal para preparar carnes, já que, por ser mais espesso, adere facilmente à superfície, removendo o sangue presente no alimento --já que na culinária kosher não se pode ingerir sangue, que é considerado impuro. Esse tipo de sal é encontrado, principalmente, em mercados kosher. Chefs de cozinha gostam de usá-lo, pois ele adere com maior facilidade à superfície das carnes, o que também facilita no manuseio do alimento. 



Sal Defumado: Têm grãos grandes, maiores que os do sal grosso, coloração levemente acinzentada e sabor um pouco adocicado. Existem vários tipos, no entanto, o mais famoso deles é o produzido na França --a partir de cristais de flor de sal--, defumado após a queima das madeiras de barris que abrigam vinhos de uva chardonnay. É utilizado na finalização de pratos.

A melhor opção é você fazer o seu sal em casa, principalmente para pessoas hipertensas um sal de ervas, assim você consome menos sódio com maior benefício das ervas.
Sal Grosso: Trata-se do produto bruto da cristalização da salmoura concentrada vinda da água do mar. Ao contrário do sal comum, ele só passa pelo processo de extração, ou seja, não é refinado. Por isso, seus grãos são grandes e disformes.

Ele pode ser moído ou utilizado em cristais mesmo (neste caso, é muito requisitado para temperar carnes para churrasco). Só é preciso tomar cuidado para não deixar a preparação muito salgada! Vale dizer que a composição química do sal grosso é a mesma do sal comum. Em 1g de sal grosso há 400mg de sódio.
Receita de sal de ervas
Ingredientes:
25g de sal do Himalaia
25g de alecrim seco (2 colheres de sopa cheias)
25g de orégano seco (2 colheres de sopa cheias)
25g de salsinha seca (2 colheres de sopa cheias)
25g de manjericão seco (2 colheres de sopa cheias)

Preparo: Bata tudo no liquidificador. Armazene em um pote de vidro higienizado e bem tampado.
Texto elaborado por: Dra. Roseli Lomele Rossi - CRN 2084 
     
Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN - Associação Brasileira de Nutrição. 

Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. 

É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: "Saúde & Sabor com Equilíbrio" - Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

domingo, 29 de outubro de 2017

Compulsão Alimentar



Exagerar na comida ou na bebida, de vez em quando, pode ser normal para algumas pessoas, principalmente nos finais de semana. Mas, sempre há alguém que exagera e acaba passando mal. Quando esse exagero começa a ser frequente, é preciso ficar atento.

A compulsão alimentar é considerada um transtorno alimentar que afeta de 2 a 4% da população em geral, 6% dos obesos e mais da metade dos obesos mórbidos, segundo a Associação Americana de Psiquiatria.

Em geral, a compulsão por alimentos está associada a sentimentos de ansiedade, estresse e depressão, que guardam uma estreita relação entre si. Estima-se que a ansiedade está presente em 90% dos casos de depressão. A ansiedade, muitas vezes, é gerada pelo estresse. Como consequência, 75% das pessoas com esse distúrbio químico nos mecanismos da saciedade ganham muito peso, pois consomem mais calorias do que precisam por dia, principalmente na forma de doces e gorduras. Isso afeta a autoestima e aumenta, ainda mais, o estresse.

O que é? 

A compulsão alimentar é um distúrbio em uma região do cérebro responsável pela fome e pela saciedade. Mesmo sem fome, a pessoa come mais do que precisa, demora a se sentir satisfeita e tem a necessidade de comer o tempo todo. A cada quatro pessoas com compulsão, três são obesas. Quem é compulsivo, costuma comer alimentos mais pesados, como doces e gorduras. Porém, ele também pode consumir qualquer coisa em grandes quantidades. É comum ouvir relatos de pacientes que fazem misturas não comuns de alimentos, como pão com leite condensado, biscoito de chocolate recheado com queijo branco, etc. Além disso, em geral as combinações não são nada saudáveis.

Como saber se tenho compulsão alimentar?

Uma pessoa com compulsão alimentar costuma dizer algumas frases para tentar se consolar ou se desculpar por estar comendo excessivamente.

“Sempre abro a geladeira, procurando algo para comer”

“Eu não consigo me controlar”

“Se eu comer escondido, ninguém vai ver”

“Estou com vergonha de mim, mas não consigo parar de comer”.

Além disso, alguns sintomas também são comuns em quem sofre com a compulsão. Se você identificar pelo menos três desses sintomas, duas vezes por semana por um período de seis meses, é melhor ficar atento:

● Comer mais rápido que as outras pessoas

● Comer até se sentir completamente cheio

● Comer, em grandes quantidades, mesmo sem fome, só para se distrair ou para passar o tempo

● Esconder-se para comer

● Sentir-se triste, deprimido quando acabar de comer

● Ficar angustiado por causa dos episódios de compulsão 



Como tratar?

O melhor tratamento para a compulsão alimentar é identificar o motivo. Isso pode ser feito por meio de terapia cognitiva comportamental ou outros tipos de terapia. A pessoa precisa direcionar da forma correta o sentimento que a leva a comer demais. Além disso, gerenciar o estresse é fundamental, pois quando submetido ao estresse, o organismo perde vários nutrientes, vitaminas e minerais.

Além da terapia e da identificação da causa da compulsão, é preciso fazer uma reeducação alimentar, aumentando a ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, etc. Fracionar as refeições, ou seja, realizar pelo menos cinco refeições por dia, também é fundamental para manter a fome saciada e o metabolismo em pleno funcionamento.

A prática de uma atividade física é essencial para melhorar o humor e aliviar o estresse, além de ser uma excelente maneira de manter o peso ou até eliminar o peso extra, causado pela compulsão. Portanto, comer para saciar a fome física e não a emocional é a melhor forma de viver mais e melhor!

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Tudo o que você precisa saber sobre a compulsão alimentar. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudavel.com.br Acessado em: 28/10/2017.