terça-feira, 31 de março de 2020

6 Maneiras de Lidar Melhor Emocionalmente com a Comida


A NUTRIÇÃO tem uma forte conexão emocional, e essa relação deve ser saudável e nutricionalmente equilibrada entre corpo-mente.

1.COMA COMIDA “DE VERDADE” 

Sabe aquela comida que sua avó trazia à mesa? Pois bem, antigamente não tinha tantos alimentos processados, congelados, empacotados, desidratados. Quanto mais próximo do natural, melhor, pois não engana seu paladar e você fica na mesma vibração energética que uma comida natural te traz. 

2.PROCURE PREPARAR BOA PARTE DE SUA COMIDA

Praticar a “cozinhaterapia” é algo fantástico e inovador: exige tato, cuidados, atenção, dedicação. Lavar, picar, cozinhar, encare como uma terapia de estar mais consigo e com sua família, coloque familiares pra te ajudarem, unam forças boas pra ver a transformação dos alimentos à mesa. Decorem o prato e a mesa onde vão comer, reinventem cozinhar como uma rotina prazerosa e que sim, pode fazer parte de seu dia a dia. Organize-se. Comece escolhendo uma receita saudável, faça a lista dos ingredientes e programe a data já pra preparar. 

3.COMA EM AMBIENTE SAUDÁVEL
 
Crie um ambiente agradável pra você, seja na rua ou fora da casa. Arrume a mesa com toalhas que te agradem, respire fundo ou até escute uma música agradável enquanto come, converse com pessoas positivas e fale sobre coisas boas. Muito comum pessoas terem indigestão não pela comida estar pesada, mas pelo assunto ou o ambiente estar, o que deixará seu dia mais “pesado” também. Pense nisso antes de convidar alguém pra comer com você

4.QUE TAL FINGER FOODS?

Experimente deixar talheres de lado, use as mãos pra comer palitos de legumes, frutas, máximo palitinhos de madeira coloridos! Crie conexões visuais e físicas com sua comida, e aprecie cada mordida. Isso vai te encorajar novos sensos de experiência! Experimente! 

5. MASTIGUE MUITO BEM OS ALIMENTOS

Não apenas para a digestão, mas melhora o paladar, e no que tange comidas saudáveis, será melhor ainda, concorda? 

6. Compartilhe sua comida!
 
Sempre que possível, não coma sozinho. Comida saudável deve ser acompanhada com amor e com senso de comunidade. Compartilhe, convide as pessoas que você ama para comer com você: faz bem à alma e à digestão.


Texto elaborado por: Priscila Di Ciero

Nutricionista formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA). Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório particular na zona sul de São Paulo (SP).

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

domingo, 29 de março de 2020

Desejo de Grávida é Verdade ou Mito?


Gestantes sem problemas de saúde não possuem grandes restrições alimentares. Entretanto, por conta das mudanças da gravidez, especialmente no início dela, a glicose do sangue é rapidamente absorvida pelos tecidos maternos, justamente para criar reservas que serão usadas pela mãe e pelo bebê em crescimento. Isso pode gerar hipoglicemia se houver longos períodos sem alimentação. Por isso, ingerir alimentos a cada 2 ou 3 horas é muito importante para as mulheres grávidas.

Todos os alimentos são importantes para o desenvolvimento fetal, assim não se deve excluir nenhum grupo alimentar. Pela quantidade de ômega 3, substância envolvida no desenvolvimento neurológico dos fetos, os peixes são alimentos recomendáveis. Igualmente importantes são os derivados de leite, pela quantidade de cálcio e as carnes, pelo nível de ferro. Vegetais e legumes ajudam no funcionamento do intestino, que fica mais lento durante a gestação.

Dieta adequada e manutenção do peso ajudam a prevenir algumas doenças, especialmente o diabetes gestacional e a anemia. Adicionalmente, há indícios de que reduz a prematuridade, malformações, hipertensão e restrição de crescimento do feto.

O desejo das grávidas existe, mas na maioria das vezes não provoca qualquer alteração física, seja ele atendido ou não. Todavia, é preciso ficar atento a algumas vontades, pois elas podem indicar deficiências de nutrientes. Um exemplo importante é a vontade de comer terra ou tijolo, que indicam anemia. Apetite muito anormal deve ser relatado ao obstetra.

Não existem grandes restrições alimentares para as gestantes, mas algumas substâncias devem ser abandonadas ou evitadas. Um exemplo clássico é o do álcool, contraindicado na gravidez, pois não há níveis seguros de seu consumo neste período. Alimentos que contêm cafeína devem ser consumidos com moderação. Refrigerantes devem ser evitados porque estão associados à piora da azia, sintoma comum na gravidez. Com moderação, todas as demais substâncias podem ser utilizadas, exceto na presença de doenças específicas que devem ser analisadas junto ao obstetra.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Zacharias, RSB; Negrini,R. O que a mulher grávida deve comer durante a gravidez? Desejo de grávida é verdade ou mito? Hospital Israelita Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 29/03/2020.


quinta-feira, 26 de março de 2020

Poder Imunológico


O sistema imunológico é uma coleção de órgãos, tecidos e células que trabalham juntos para proteger o corpo de diversas doenças, principalmente as causadas por micróbios patogênicos (bactérias, vírus, parasitas e fungos). As células imunes são a primeira linha de defesa no combate a doenças, e ficam depositadas em diversos órgãos (timo, baço, amígdalas, medula óssea, intestino e outros) ou circulando pelo sangue, esperando o sinal para iniciar a batalha. Quanto mais competente o sistema imunológico, maior a velocidade de resposta às agressões por micróbios, e menor a chance de ficar doente.

O que baixa a imunidade?

Ingerir comida processada com frequência, não comer alimentos frescos e hortifruti nas quantidades indicadas, fumar e beber em excesso, não praticar atividade física, dormir mal, excesso de estresse, uso de medicamentos de forma crônica, doenças como diabetes, problemas cardíacos e pulmonares, colites, câncer, HIV, etc.

Má alimentação

Evitar alimentos processados e fast food é essencial, porque eles são ricos em conservantes, gorduras trans, sódio, açúcares e excesso de calorias. Estudos mostram que este tipo de comida aumenta a inflamação no corpo, reduz o controle de infecções, aumenta a ocorrência de câncer, doenças alérgicas e autoimunes, além de alterar a microbiota intestinal, diminuindo a capacidade imunológica.

O que aumenta a imunidade?

Há muitos fatores que contribuem para estimular a competência do sistema imunológico: melhorar a saúde intestinal, se alimentar bem evitando alimentos processados e fast food, bons níveis de vitaminas e minerais no corpo, administrar o estresse crônico e dormir bem estão entre os principais.

Saúde intestinal

A parede do intestino secreta anticorpos e contém células que reconhecem e destroem micróbios patogênicos. A microbiota (flora intestinal) compreende trilhões de bactérias diretamente ligadas à imunocompetência. Consumir alimentos fermentados (como iogurte, kefir, kombucha, chucrute) ajuda a fortalecer as boas bactérias do intestino. Tomar cápsulas de probióticos (lactobacilos e bifidobactérias) é outra forma de modular a microbiota e a imunidade.

Boa alimentação

Alimentos ricos em polifenois e carotenoides, como frutas, folhas, legumes, oleaginosas, grãos integrais, feijões e ervas (salsa, coentro, orégano, alecrim, tomilho, etc.) fornecem nutrientes essenciais para a boa saúde geral e a imunidade em especial. Alho, limão, cúrcuma, gengibre, frutas vermelhas (berries) são exemplos de alguns alimentos que não podem faltar no cardápio diário. Comer proteínas (carnes, peixes, ovos) e gorduras de qualidade (azeite, abacate, queijo) complementa o arsenal alimentar para a boa imunidade.

Vitaminas e minerais

Vitaminas D, C, A, E, complexo B, selênio e zinco estão intimamente ligados à produção de células imunes: elas se dividem e se reproduzem velozmente, e precisam de grandes quantidades de vitaminas e minerais para este processo. Destes nutrientes, provavelmente a vitamina D é a mais importante. Pessoas com infecções crônicas e baixa imunidade costumam ter níveis baixos de D3. A quantidade de nutrientes circulantes pode ser checada com um exame de sangue. A suplementação com multivitamínicos e multiminerais, de preferência com orientação médica e de acordo com a necessidade específica de cada um, ajuda a equilibrar a imunidade.

Própolis 

Há milhares de estudos sobre própolis e sua notável ação terapêutica: imunoestimulante, antioxidante, anti-inflamatório, antiviral, antifúngico e antibiótico. Pesquisas publicadas em diversas revistas científicas evidenciam que própolis contém proteínas e compostos com capacidade de alterar e regular o sistema imunológico, além dos benefícios antibacteriano e antiviral. Própolis ativa os passos iniciais da resposta imune estimulando receptores específicos e a produção de citocinas, um tipo de molécula que modula os mecanismos da imunidade. Tome a dose indicada no rótulo com um pouco de mel.

Sem estresse

Estresse crônico aumenta a produção de cortisol, o que causa forte diminuição na capacidade imunológica. Estresse reduz a produção de leucócitos e de imunoglobulinas tipo A (IgA), ligadas à saúde de mucosas, como as do aparelho respiratório e gastrointestinal. Administrar o estresse não é uma tarefa fácil, porém é necessário para melhorar a imunocompetência. Caminhar na natureza, tomar sol, praticar exercícios físicos, ouvir música, meditar, namorar, passear, ler ou dedicar um tempo para relaxar em paz, há muitas formas de reduzir o estresse. 

Bons sonhos

Dormir bem é essencial para a imunidade. Durante o sono o corpo produz citocinas anti-inflamatórias, que tem a capacidade de lutar contra micróbios. O adulto precisa em média de 7 a 8 horas de sono. Ir dormir mais cedo (desligue o celular!) faz parte da construção da imunocompetência.

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.



Referências Bibliográficas:

*BMJ 2019. Association between consumption of ultra-processed foods & all cause mortality.

*Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care 2019. The Mediterranean diet & its association with selected gut bacteria.

*British Medical Journal 2018. Role of the gut microbiota in nutrition and health.

*Antioxidants (Basel) 2019. Characteristics of Selected Antioxidative & Bioactive Compounds in Meat & Animal Origin Products.

*Applied Physiology, Nutrition & Metabolism 2017. Effects of exogenous vitamins A, C, and E and NADH supplementation on proliferation, cytokines release, and cell redox status of lymphocytes from healthy aged subjects.

*Journal of Steroid Biochemistry & Molecular Biology 2020. Vitamin D & intestinal homeostasis: Barrier, microbiota & immune modulation.

*Nutrients 2019. Evidence on the Health Benefits of Supplemental Propolis.

*Bioscience of Microbiota, Food & Health 2019. Propolis Induces Ca 2+ Signaling in Immune Cells.