sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nutrição e Saúde Bucal



Os dentes estão presentes na cavidade oral desde o processo embrionário e começam sua formação em torno da sexta semana de gestação, quando células da cavidade oral diferenciam-se para formar a lâmina dental, que é o local onde irão brotar os dentes.

Este processo continua até sua formação completa na adolescência, entretanto os dentes só irrompem o epitélio oral por volta do sétimo mês de vida humana.

       A nutrição relaciona-se com os dentes de modo sistêmico, isto é, agindo na sua formação e crescimento e determinando, posteriormente, que tipo de resposta eles terão, se mais ou menos resistentes, à ação da placa bacteriana.

      Por outro lado, o alimento relaciona-se com os dentes de modo tópico, isto é, pelo seu contato com os dentes, influenciando, de acordo com a sua composição química e característica física, a formação e o metabolismo da placa bacteriana. Neste caso, para se conservar uma arcada dentária em posição perfeita é preciso garantir uma higiene bucal adequada, cuidados periódicos nos dentes que apresentem alguma alteração clínica e avaliações preventivas. Estas precauções associadas à formação e crescimento adequados, é que garantem a fisiologia dos dentes, permitindo o bom desempenho de todas as funções estéticas, fonéticas, preventivas e de mastigação, esta última exercendo um papel importante no processo digestivo.

Mastigação

     A mastigação é uma das relevantes funções desempenhadas pelos dentes e possui grande importância com os alimentos em seu processo digestivo.

    Atualmente a sociedade civilizada cada dia necessita menos do aparelho mastigatório para moer os alimentos, pois desde o nascimento ingerem mamadeiras e papinhas e mais tarde purê e hambúrguer, todos alimentos praticamente triturados que facilitam a deglutição sem necessidade de mastigação. Com isso, não se exercita a função, tornando-se a mastigação apenas movimentos de abertura e fechamento da boca.

    Mesmo que atualmente existam alimentos que necessitem pouca ou nenhuma exigência mastigatória, evidências mostram os efeitos benéficos de uma mastigação vigorosa sobre o crescimento e manutenção dos tecidos bucais.

   Na mastigação ocorre a quebra e a trituração, em pedaços menores dos alimentos ingeridos. As enzimas digestivas (presentes na saliva) ajudam produzir moléculas cada vez menores, que serão, por sua vez, mas facilmente aproveitadas pelo organismo. Qualquer que seja o alimento, a mastigação sempre auxilia no processo digestivo, evitando transtornos tão frequentes, como azia, má digestão etc. Portanto, é fundamental cuidarmos da função da mastigação.

      Se você é dos que come rapidamente, uma dica é triturar os alimentos muito bem antes de engoli-los e isso só se consegue reservando um tempo mínimo para as refeições. Conquiste uma rotina de horário regular para suas refeições. No começo pode ser difícil, mas com o tempo você vai se acostumar.

Nutrição e os Dentes

   Os nutrientes alimentares tem influência no desenvolvimento e manutenção dos tecidos moles e no osso que sustenta os dentes.

    A saúde periodontal, assim como toda a saúde do corpo depende do sistema imunológico, que se relaciona com uma boa nutrição.

   No caso de doença periodontal (doença da gengiva), deficiências nutricionais podem comprometer a resistência imunológica do hospedeiro, assim como ocorre em outras patologias.

     Do mesmo modo que a nutrição, alguns fatores dietéticos contribuem para o crescimento de bactérias e formação da placa bacteriana, como os açúcares simples que fermentam, alimentos de consistência muito macia além de inadequada higiene bucal. Uma dieta rica em fibras e alimentos consistentes tem influência benéfica no periodonto (tudo que fica ao redor do dente). Uma mastigação vigorosa, além do estímulo da salivação aumenta a circulação no periodonto, fortalece os ligamentos periodontais e pode aumentar a densidade do alvéolo ósseo.

    Uma boa alimentação dá aos tecidos da gengiva e aos dentes os nutrientes e minerais de que necessitam para permanecerem fortes e resistirem às infecções que podem levar à gengivite, entre uma série de outros benefícios.

     Cada alimento contribui para a saúde bucal: os fibrosos (como as verduras e frutas) ajudam a limpar os dentes e os tecidos gengivais; o leite e o queijo elevam o pH na boca, reduzindo a exposição dos dentes ao ácido, e, como são ricos também em cálcio e fosfato, ajudam na remineralização; o arroz e o feijão, após o cozimento, retém uma boa quantidade de flúor na saliva, protegendo os dentes contra cárie; e os alimentos mais duros, como maçã e cenoura, promovem a limpeza dos dentes durante a mastigação. Vitaminas, sais minerais, cálcio, fósforo e níveis adequados de flúor também são importantes aliados para uma boca saudável.

    Alguns estudos procuram mostrar a ação detergente de certos alimentos na remoção da placa, como a maçã, cenoura e aipo através da fricção destes alimentos no tecido oral. Os resultados obtidos até o momento não evidenciam esta ação descrita ser tão eficaz como se pensa, mas acredita-se que mesmo não havendo a remoção da placa, estes alimentos fibrosos servem como “limite” na prevenção de seu acúmulo.

    Alimentos como o queijo, amendoim, castanha de caju, coco, nozes apresentam outra função que é ajudar na prevenção de cáries e doença periodontal, ou ambas, pois estimulam a secreção salivar uma vez que necessitam de uma maior mastigação, contribuindo para troca de íons com o esmalte do dente, promovendo a remineralização e proteção dos dentes com seu efeito tampão.

   Mas há também alimentos cuja ingestão indiscriminada pode ser prejudicial para a saúde bucal. A sacarose (açúcar de mesa) está associada ao surgimento da cárie, embora glicose e maltose pareçam ser igualmente nocivas, e merece atenção especial.

    A quantidade de açúcar consumida é menos importante que a frequência – então, todo o cuidado é necessário com alimentos ricos em sacarose. O melhor sempre é limitar sua ingestão. Essa é uma forma de reduzir a incidência de cárie.

     Os açúcares e amidos, que fazem parte de vários tipos de lanches – como bolachas, biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita –, combinam-se com a placa bacteriana, produzindo substâncias ácidas que atacam o esmalte do dente e podem levar à cárie.



     Ao consumir alimentos e bebidas que contém açúcar e amido, as bactérias da placa produzem ácidos que atacam os dentes durante 20 minutos ou mais. O mais aconselhável é consumir alimentos nutritivos como queijo, verduras cruas, iogurte natural e frutas.

    Qualquer modificação que ocorra na cavidade oral associa-se com mudanças nos hábitos alimentares e em geral alterações na ingestão de nutrientes, pois ocorre uma mudança na eficiência mastigatória.

      É importante, portanto, o cuidado da saúde oral e da alimentação para que um fator não interfira no outro, prevenindo o aparecimento de doenças.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:
A sua boca é o que você come. Associação Brasileira de Odontologia. Disponível em: www.abo.org.br Acessado em: 13/05/2013.
Castro, AGP; Amancio, OMS. Nutrição e fisiologia dos dentes. Rev Soc Bras Alim Nutr 2000; v.19/20: p.87-104.
Tosatti, AM. Mastigar bem os alimentos ajuda na digestão e previne doenças. Disponível em: www.nutrociencia.com.br Acessado em: 13/05/2013.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Diet X Light X Zero



Alimentos Diet
  
          De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, o termo diet pode ser utilizado nos seguintes produtos:

1) Alimentos para dietas com restrição de nutrientes, como por exemplo: carboidratos, gorduras, proteínas, sódio, glúten, entre outros.

2) Alimentos para dietas com ingestão controlada de nutrientes (para manutenção de peso ou controle de açúcares, entre outros). Estes alimentos não podem ter a adição de nutrientes. Assim, alimentos para ingestão controlada de açúcar não pode haver inclusão desse nutriente. Sendo permitida apenas a existência de açúcar natural do alimento.

          Quando a palavra diet está estampada no rótulo de um alimento ou bebida, significa que existe a ausência total de algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura, etc. Produtos específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar; para pessoas com problemas cardiovasculares, deve-se ter restrição de gorduras; para os hipertensos, produtos que não contenham sal.

           Isso nem sempre quer dizer que ocorra uma redução nas calorias do produto. Podemos citar os chocolates diet, nos quais todo o açúcar utilizado na sua fabricação é substituído por adoçantes. Mas o que poucos sabem é que a troca do açúcar por adoçantes no momento da fabricação modifica em grande parte a estrutura do alimento. Os fabricantes acabam adicionando mais gordura, o que faz com que o total de calorias do chocolate diet fique equivalente ao do chocolate convencional.

É por esse motivo que o consumo de chocolates e também de outros produtos ricos em gordura deve ser moderado, uma vez que a ingestão inadequada desse nutriente altera o controle glicêmico. O produto não é o problema, mas sim o possível excesso de consumo do mesmo. Mais uma vez entra em destaque a importância da alimentação balanceada, mesmo quando falamos de produtos sem adição de açúcar.

Alimentos Light

       Os alimentos considerados light são aqueles com baixo teor de componentes (sódio, açúcar, gorduras, colesterol) e mesmo de calorias. Quer dizer, há redução na quantidade, mas não isenção total, como ocorre com os diet. Esses alimentos não possuem como finalidade atender às necessidades de alguém diabético, por exemplo, que não pode ingerir nenhuma quantidade de açúcar. Também não estão indicados para dietas específicas.

         Para serem classificados como light é preciso que o produto tenha uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente e/ou caloria em relação ao alimento convencional. No caso de alimento sólido, no que se refere às calorias, o valor total da redução deve ser no mínimo de 40 calorias para cada 100g de alimentos. Para alimentos líquidos, esse valor diminui para 20 calorias.

          Assim como os diet, os alimentos light também podem causar confusão. Existem certos adoçantes light que podem colocar em risco a saúde de pessoas diabéticas, pois contêm açúcares em sua composição (vide post sobre adoçantes). É fundamental também que o rótulo do alimento acuse o nutriente cuja quantidade está sendo reduzida com o objetivo de tornar o alimento light.

A real diferença entre diet e light está na quantidade permitida de nutrientes. Enquanto que o diet precisa ser isento 100%, o light deve apresentar uma diminuição mínima de 25% de nutrientes ou calorias. Outra diferença, é que o alimento light não é, necessariamente, indicado para pessoas que apresentem algum tipo de doença (diabetes, colesterol elevado,celíacos, fenilcetonúricos). Se, o alimento light apresentar eliminação de um determinado nutriente, por exemplo, açúcar (refrigerante light), poderá ser consumido por pessoas com diabetes.

Importante lembrar que esses produtos devem ser consumidos nas porções recomendadas. Geralmente as pessoas acreditam que podem consumir mais, por
ter menos calorias.

Alimentos “Zero”

          O termo “zero” significa que o produto tem como característica a ausência do açúcar em sua composição e possui combinações de ingredientes que buscam a semelhança do produto original. Quando comparados aos produtos diet, não observa-se a diferença nesse aspecto, pois também apresentam a isenção de alguma substância presente no alimento original, a exemplo do açúcar. A única mudança entre “zero” e “diet” é que os alimentos “zero” geralmente possuem menos quilocalorias que os produtos originais.
 

Ler os rótulos dos produtos e compará-los com o alimento convencional será a melhor forma de verificar se eles atendem as suas necessidades. Portanto solicite ao seu nutricionista que o oriente a leitura de rótulos dos produtos e fique sempre atento na hora da compra, pois como estes podem ter maior custo, quando comparados com os convencionais, você poderá gastar mais por um produto, sem que haja necessidade de ser substituído.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:

Branco, FC. Alimentos Diet e Light. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: www.sbd.org.br Acessado em: 06/05/2013.
Costa, AA; Neto, JSA. Alimentos dietéticos (diet ou light). Manual de diabetes. 4 ed. São Paulo: Sarvier 2004, p. 53.
Manual de orientação aos consumidores – Educação para o consumo saudável. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: www.anvisa.gov.br Acessado em: 06/05/2013.
Salgado, JM. Alimentos diet x light: saiba quais são as diferenças. Alimentos Inteligentes. 1 ed. São Paulo: Prestígio 2005, p.135-139.
Strufaldi, MB. Alimentos Diet, Light e Zero: Nutricionista Explica por que não Devemos Exagerar. Associação de Diabetes Juvenil. Disponível em: www.adj.org.br Acessado em: 06/05/2013.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Índice Glicêmico e Carga Glicêmica




Os carboidratos constituem mais da metade do valor energético total da alimentação. Cereais constituem a maior fonte desse nutriente. Os cereais representam cerca de 50% dos carboidratos consumidos tanto nos países desenvolvidos, como naqueles em desenvolvimento. Outras fontes importantes são os “açúcares”, frutas, vegetais e o leite (lactose).

    Os alimentos fontes de carboidratos contêm vitaminas e minerais, além de outros componentes como fitoquímicos e antioxidantes. O consumo de uma ampla variedade de alimentos fontes de carboidratos é recomendado para garantir uma alimentação nutricionalmente adequada.

         Os carboidratos são digeridos e absorvidos ao longo do intestino delgado em diferentes velocidades, dependendo de inúmeros fatores relacionados aos próprios alimentos. Estes fatores podem interferir na sua utilização, resultando em diferentes respostas glicêmicas.

        Para auxiliar a seleção de alimentos, foi criado o índice glicêmico (IG). O índice glicêmico foi desenvolvido por Jekins et al. em 1981, a partir da comparação dos efeitos fisiológicos de alimentos contendo carboidratos em relação à sua composição química.

        O índice glicêmico indica quanto um alimento aumenta a concentração de glicose sanguínea em relação à glicose pura, que tem um índice glicêmico de 100. O índice glicêmico de um alimento depende de fatores como a forma na qual o alimento é ingerido (líquido x sólido), seu conteúdo de fibra, proteína, gordura e o método de processamento e preparação do alimento.

        Sugere-se que as respostas hormonais associadas às dietas com elevado índice glicêmico, como a hiperinsulinemia, promovem ganho de peso excessivo, provavelmente, por diminuir os níveis circulantes de combustíveis metabólicos, por estimular a fome e por favorecer a estocagem de gordura.

           Os carboidratos com cadeias maiores como os polissacarídeos (carboidratos complexos, vide post sobre carboidratos) ainda apresentam um índice glicêmico menor, liberando energia de forma mais equilibrada e constante para os tecidos.

Índice Glicêmico dos Alimentos

            O conceito de índice glicêmico foi proposto devido ao reconhecimento que diferentes alimentos contendo a mesma quantidade de carboidrato possuem diferentes efeitos fisiológicos. Alimentos com baixo índice glicêmico promovem menor elevação da glicemia pós-prandial (após a refeição), devido à sua lenta taxa de digestão e absorção. Por outro lado, os alimentos com alto índice glicêmico proporcionam um maior aumento da glicemia por serem digeridos e absorvidos mais rapidamente.

            A seguir está indicada a fórmula utilizada para expressar o índice glicêmico:

IG = aumento da área abaixo da curva glicêmica do alimento testado  x 100
área correspondente após porção equicarbonada* do padrão

* que contenham o mesmo teor de carboidratos.

           
Gráficos 1 e 2 – Efeito da glicose pura (50g) e do pão branco (50g) sobre os níveis de glicose no sangue.

           São classificados como de baixo índice glicêmico quando for < 55, índice glicêmico intermediário quando fica entre 56-69 e alto índice glicêmico quando for maior que 70. Deve-se ter em mente que o IG dos alimentos pode ser influenciado por uma série de fatores. Os fatores que afetam a motilidade intestinal e a secreção de insulina apresentam um efeito direto sobre este parâmetro. A proporção entre os tipos de carboidratos (amilose ou amilopectina) ingeridos, o teor de fibras e de macronutrientes que compõem os alimentos da refeição o grau de processamento do grânulo de amido, o método e o tempo de cocção são alguns dos fatores passíveis de exercer influências sobre o IG.

          Também podemos considerar que os alimentos com alto índice glicêmico são aqueles que, após digeridos e absorvidos, provocam um aumento na taxa da glicose sanguínea acima de 90mg/dL; alimentos com índice glicêmico intermediário, aqueles que o aumento da glicose fica entre 70 e 90mg/dL; e baixo índice glicêmico os alimentos que elevam pouco a glicose, em taxas inferiores a 70mg/dL.

           Alguns autores constataram que as dietas de alto IG apresentam menor poder de saciedade, resultando em excessiva ingestão alimentar, favorecendo o aumento de peso corporal. A ingestão de alimentos ricos em fibras e de baixa densidade energética têm sido uma das estratégias recomendadas para o controle do apetite.

          O índice glicêmico pode variar com o tipo de carboidrato, a forma de preparo, o conteúdo de fibras alimentares, gorduras e proteínas, e a presença de antinutrientes, como a lecitina, saponina, taninos, fitatos e inibidores de amilase.

Índice Glicêmico Baixo: maçã, laranja, pêssego, pêra, ameixa, massas em geral, feijão, lentilha, soja, ervilha, amendoim, leite e iogurte.
Índice Glicêmico Intermediário: biscoitos, arroz, trigo, banana, manga, mamão papaia e suco de laranja.
Índice Glicêmico Alto: pães em geral, cereais matinais, batata cozida, cenoura, beterraba, abóbora, uva passa.
Fonte: Isosaki & Cardoso, 2004.

Os pães têm amido totalmente gelatinizado (o processo de transformação do amido granular em pasta viscoelástica. Durante o aquecimento de dispersões de amido em presença de excesso de água, inicialmente ocorre o inchamento de seus grânulos até temperaturas nas quais ocorre o rompimento dos grânulos, com destruição da ordem molecular e mudanças irreversíveis nas suas propriedades.), portanto, um alto índice glicêmico, em decorrência da alta temperatura de cocção e da mistura excessiva a que são submetidos durante o processamento.

       Os produtos lácteos colaboram com a redução de efeitos hiperglicêmicos da dieta. O leite integral, especificamente, possui como açúcar natural a lactose, um dissacarídeo que deve ser digerido em seus açúcares componentes antes da absorção. Os dois açúcares resultantes, glicose e galactose, competem entre si pela absorção. Assim, além da proteína e a gordura do leite reduzirem o IG desse alimento, a competição entre esses monossacarídeos retarda a absorção e também diminui o índice glicêmico.

       O arroz é um alimento com baixo teor de amilose e com muita amilopectina, sendo seu amido altamente gelatinizado durante o cozimento e, portanto, facilmente decomposto por enzimas digestivas, daí seu IG moderado.

        Para alguns autores, a maioria das frutas tem baixo IG e confere o referido efeito redutor no índice glicêmico das refeições devido ao seu alto teor de fibras, embora isso não possa ser generalizado para todos os componentes desse grupo de alimentos.

Carga Glicêmica (CG)

A carga glicêmica da dieta seria o resultado do efeito glicêmico da dieta como um todo, sendo uma medida de avaliação da quantidade e qualidade de carboidratos, considerando o efeito na glicemia do consumo de uma porção usual de um alimento. Sendo assim, a CG representa a quantidade de carboidrato contida na comida, o que quer dizer que alimentos com CG alta, tem uma proporção maior de carboidratos do que aqueles com CG baixa (que devem possuir maiores proporções de proteínas e/ou gordura).

 
A CG é calculada pelo produto do IG do alimento e a quantidade de carboidrato disponível presente na porção consumida, divididos por 100. Assim, o valor de CG seria mais indicado para ser utilizado, pois nem todo alimento de alto IG apresenta também alta CG. A CG de uma dieta mista é calculada pela somatória da CG dos alimentos que a compõem e a classificação da CG do alimento e da dieta, utilizando a glicose como alimento referência.

CG do alimento = IG x Carboidrato disponível na porção
100

Quadro 1: Classificação da CG do alimento e da dieta utilizando a glicose como alimento referência.

Classificação
CG do alimento
CG da dieta
Baixa
Menor ou igual a 10
Menor ou igual a 80
Alta
Maior ou igual a 20
Maior ou igual a 120.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes.

            A CG fornece uma noção mais real do efeito glicêmico de diferentes porções alimentares, mas precisa ser avaliada com cuidado porque os valores referentes ao tamanho das porções podem variar para cada país e para cada pessoa, podendo haver, conseqüentemente, alteração na quantidade de carboidrato e nos valores da CG.


As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Aquino, RC; Egashira, EM; Philippi, ST. Índice glicêmico e Carga Glicêmica. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2010.

Caruso, L; Menezes, EW. Índice glicêmico dos alimentos. Rev Soc Bras Alim Nutr 2000; v.19/20: p.49-64.

Carvalho, GQ; Alfenas, RCG. Índice glicêmico: uma abordagem crítica acerca de sua utilização e no tratamento de fatores de risco cardiovasculares. Rev Nutr 2008; v.21, n.5: p. 577-587.

Foster-Power, K; Holt, SHA; Brand Miller, JC. International table of glycemic index and glycemic load values: 2002. Am J Clin Nutr 2002; v.76: p.55-56.

Isosaki, M; Cardoso, E. Manual de Dietoterapia e Avaliação Nutricional do serviço de nutrição e dietética do Instituto do Coração – HCFMUSP. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004: p.34.

Ludwig, DS.; Eckel, RH. The glycemic index at 20 y. Am J Clin Nutr 2002; 76(suppl); p. 264S–265S.

Rabaiolli, K; Soares, PO; Rodrigues, A; Coutinho, V. Índice glicêmico e contagem de carboidratos. Disponível em: www.crn2.org.br Acessado em: 24/04/2013.

Sampaio, HAC; Silva, BYC; Sabry, MOD; Almeida, PC. Índice glicêmico e carga glicêmica de dietas consumidas por indivíduos obesos. Rev Nutr 2007; v.20, n.6: p. 615-624.

Sartorelli, DS; Cardoso, MA. Associação entre carboidratos da dieta habitual e diabetes mellitus tipo 2: evidências epidemiológicas. Arq Bras Endocrinol Metab 2006; v.50, n.3: p.415-426.

Shikany, JM; Thomas, SE; Henson, CS; Redden, DT; Heimburger, DC. Glycemic index and glycemic load of popular weight-loss diets. MedGenMed 2006; v.8, n.1: p.22.

Souza, RCR; Andrade, CT. Investigação dos processos de gelatinização e extrusão de amido de milho. Polímeros: Ciência e Tecnologia 2000, v.10, n.1; p. 24-30.

Tirapegui,J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. 1ed. São Paulo: Atheneu, 2005, p.33-34.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

   
        Os gastos com alimentação e nutrição constituíram, até os primeiros anos da década de 90, a área de mais rápido crescimento do setor social no Brasil, merecendo destaque o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, também conhecido como Programa de Merenda Escolar – PME.

         O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos) matriculados em escolas públicas e filantrópicas.

          São diretrizes da alimentação escolar:

1- o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;

2- a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional;

3- a universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de educação básica;

4- a participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios para garantir a oferta da alimentação escolar saudável e adequada;

5- o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos;

6- o direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social.
 
Dentre os objetivos do programa, destacam-se: suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos beneficiários por meio do oferecimento de, no mínimo, uma refeição diária adequada; melhorar a capacidade no processo ensino-aprendizagem; formar bons hábitos alimentares – fazer educação alimentar; e evitar a evasão e repetência escolar.

            Atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa de ensino:
  • Creches – R$ 1
  • Pré-escola – R$ 0,50
  • Escolas indígenas e quilombolas – R$ 0,60
  • Ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos – R$ 0,30
  • Ensino integral (Mais Educação) – R$ 0,90
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público.

O orçamento do programa para 2012 foi de R$ 3,3 bilhões, para beneficiar 45 milhões de estudantes da educação básica e de jovens e adultos. Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% desse valor – ou seja, R$ 990 milhões – devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico das comunidades.

O cardápio escolar, deve ser elaborado por nutricionista habilitado, com o acompanhamento do CAE, e ser programado de modo a suprir, no mínimo, 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos das creches e escolas indígenas e das localizadas em áreas remanescentes de quilombos, e 15% para os demais alunos matriculados em creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental, respeitando os hábitos alimentares e a vocação agrícola da comunidade. Sempre que houver a inclusão de um novo alimento no cardápio, é indispensável a aplicação de testes de aceitabilidade.

A responsabilidade técnica pela alimentação escolar nos Estados, no Distrito Federal, nos Municípios e nas escolas federais caberá ao nutricionista responsável, que deverá respeitar as diretrizes previstas nesta Lei e na legislação pertinente, no que couber, dentro das suas atribuições específicas.

Os cardápios da alimentação escolar deverão ser elaborados pelo nutricionista responsável com utilização de gêneros alimentícios básicos, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura e a tradição alimentar da localidade, pautando-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e adequada.

A aquisição dos gêneros alimentícios é de responsabilidade dos estados e municípios, que devem obedecer a todos os critérios estabelecidos na Lei nº 8.666, de 21/06/93, e suas alterações, que tratam de licitações e contratos na administração pública.

A aquisição dos gêneros alimentícios, no âmbito do PNAE, deverá obedecer ao cardápio planejado pelo nutricionista e será realizada, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se localizam as escolas.

No caso dos 30% do valor repassado pelo FNDE destinados a produtos da agricultura familiar, o processo licitatório pode ser dispensado, desde que os preços estejam compatíveis com os praticados no mercado local e os alimentos atendam a exigências de controle de qualidade.
Fiscalização
Cabe ao FNDE e ao Conselho de Alimentação Escolar (CAE) fiscalizar a execução do programa, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos de controle interno e externo, ou seja, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e do Ministério Público.

Qualquer pessoa física ou jurídica pode denunciar irregularidades a um desses órgãos.
 
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:
Lei nº 11947, de 16 junho de 2009. Fundo Nacional de Desenvolvimento e Educação. Disponível em: www.fnde.gov.br Acessado em: 29/04/2013.
Programa Nacional de Alimentação Escolar. Fundo Nacional de Desenvolvimento e Educação. Disponível em: www.fnde.gov.br Acessado em: 29/04/2013.
Silva, MV. Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Rev Soc Bras Alim Nutr 2000; v.19/20: p.65-9

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Obesidade Infantil




A obesidade infantil vem aumentando de forma significativa ao longo dos anos, tornando-se uma espécie de epidemia em vários países. Tal fato é motivo de preocupação, tendo em vista haver um consenso por parte de pesquisadores e profissionais da área de saúde de que a obesidade é um importante determinante para o surgimento de várias complicações e agravos à saúde ainda na infância e também na vida adulta. Ela não afeta apenas as características físicas externas, mas influencia fatores fisiológicos, estando associada também ao desenvolvimento de diversos problemas de saúde, como diabetes tipo 2, doenças coronarianas, aumento da incidência de certas formas de câncer, complicações respiratórias e problemas osteomioarticulares.

            Os fatores que poderiam explicar essa tendência de aumento da obesidade parecem estar mais relacionados às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares. Atualmente é possível observar algumas mudanças no perfil nutricional da população, decorrentes de modificações na estrutura da dieta, o que tem sido denominado de “transição nutricional”. Pode-se observar que as mudanças convergem para uma dieta rica em gorduras (principalmente de origem animal), açúcar e alimentos refinados e reduzida em carboidratos complexos e fibras; além de declínio progressivo da atividade física.

       A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, apresentou um aumento importante no número de crianças acima do peso no país, principalmente na faixa etária entre 5 e 9 anos de idade. O número de meninos acima do peso mais que dobrou entre 1989 e 2009, passando de 15% para 34,8%, respectivamente. Já o número de obesos teve um aumento de mais de 300% nesse mesmo grupo etário, indo de 4,1% em 1989 para 16,6% em 2008-2009. Entre as meninas esta variação foi ainda maior.


         O papel do ambiente familiar aparece de forma bastante marcante no contexto do excesso de peso. Alerta-se que um dos maiores riscos para a obesidade infantil é a obesidade dos pais, considerando-se tanto o estilo de vida quanto a carga genética. Estudos apontam que quando pai e mãe apresentam obesidade a chance da criança ser obesa é de 80%. Em contrapartida, quando nenhum dos pais é obeso a chance é reduzida a 7%.
 



           A alimentação a partir dos primeiros anos de vida assume caráter decisivo quanto ao possível desenvolvimento de doenças que poderão comprometer a saúde do indivíduo quando adulto, principalmente por saber-se que o processo aterosclerótico começa a desenvolver-se na infância, período em que as estrias gordurosas, precursoras das placas ateroscleróticas, começam a aparecer na camada íntima da aorta, por volta dos 3 anos de idade, podendo progredir significativamente na terceira e quarta décadas de vida.

          Alguns autores citam que o risco de uma criança obesa permanecer nesta condição na vida adulta é de 25%, aumentando para 80% quando o excesso de peso se instala durante a adolescência. Desta forma, pode-se inferir que medidas de educação nutricional se tornam cada vez mais decisivas diante dos números alarmantes de sobrepeso e obesidade verificados atualmente, especialmente entre crianças e adolescentes. Cabe ressaltar que o comportamento alimentar tem suas bases fixadas na infância, diretamente influenciado pela família, portanto, a freqüência com que os pais demonstram hábitos alimentares saudáveis influencia o comportamento alimentar dos filhos de maneira positiva e duradoura.

Diagnóstico

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é utilizado para classificação da obesidade no adulto, mas o seu uso em crianças e adolescentes é inadequado. A Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde do Brasil adota as curvas desenvolvidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2007, que incluem curvas de IMC desde o lactente até os 19 anos de idade e utilizam pontos de corte para sobrepeso e obesidade. Curvas em escore Z para o IMC também estão disponíveis. Tais curvas são fundamentais tanto para o diagnóstico quanto para a avaliação da evolução do paciente durante o tratamento.

       A avaliação de adiposidade através das medidas de pregas cutâneas é pouco reprodutível e sua utilidade na prática clínica é limitada. Outros exames para avaliação de gordura corporal, como bioimpedância, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e densitometria também não são utilizados rotineiramente.

Prevenção e Educação Nutricional


          Uma das maneiras de prevenir doenças crônicas, apontadas como a principal causa de morte na idade adulta, são os programas de educação nutricional. A modificação de determinados comportamentos na infância promove a redução dos riscos de doenças que se manifestam na maturidade.

O ambiente familiar influencia o desenvolvimento da obesidade na criança. Hábitos de ingerir “fast-food”, modificações da composição dos alimentos com ingestão de alimentos densos, ricos em gorduras, refrigerantes, porções de alimentos ricos em açúcar com altos índices glicêmicos e aumento da porção das refeições são hábitos da família que podem levar à obesidade infantil. A atividade física dos pais influencia a freqüência de exercícios dos seus filhos.

         A tentativa de mudanças nos hábitos de vida das crianças obesas torna-se essencial, promovendo o estímulo para a prática de exercício físico, assim como estimulando a criança a realizar refeições mais saudáveis e bem equilibradas.

O tratamento da criança obesa não pode ser isolado da família. Programas de tratamento de crianças obesas que incluem múltiplos membros da família têm mais sucesso a longo prazo que programas que incluem somente a restrição alimentar da criança obesa.

        Quanto à orientação dietética, é fundamental que ela determine perda de peso controlada ou a manutenção do mesmo, crescimento e desenvolvimento normais, ingestão de macro e micronutrientes em quantidades adequadas para idade e sexo, redução do apetite ou da voracidade, manutenção da massa muscular, ausência de consequências psicológicas negativas e manutenção dos hábitos alimentares corretos e modificação dos inadequados. Crianças menores devem manter o peso ou ganhar pouco peso, mais do que perder, para que não comprometam seu desenvolvimento.

    Devemos utilizar fundamentos concretos, introduzindo cardápios e sugestões criativas e nutritivas. As mudanças devem ser estimuladas, sem imposições. Proibir a ingestão e lanches, geralmente substitutos do jantar, pode ser uma atitude infrutífera. As propostas de educação nutricional, quando incluem atividades práticas, permite que as crianças e adolescentes estabeleçam contato com o alimento e se tornem responsáveis pelos seus hábitos. Inicialmente, o aconselhamento nutricional pode visar minimizar erros alimentares, apresentando opções mais saudáveis para cardápios e lanches.

        Deve-se incluir na pratica diária das crianças e adolescentes obesos movimentos espontâneos como brincar, correr, saltar, ir andando para a escola, etc. Iniciar uma alimentação mais saudável e equilibrada e, se possível, adotar prática regular de atividades físicas programadas.

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, a prática regular de atividade física é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um fator tão importante quanto a alimentação saudável na proteção à saúde. Estima-se que 70% da população brasileira faça pouca ou quase nenhuma atividade física. Em relação as crianças, o guia relata que as crianças fisicamente ativas apresentam um melhor desempenho escolar, melhor relacionamento com os pais e colegas e terão, provavelmente, menor tendência a fumar ou utilizar drogas.
           


As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


Referências Bibliográficas:

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