quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Tabagismo

Oriundo das Américas, o tabaco era utilizado, inicialmente, pelos povos indígenas em rituais religiosos. Os europeus, a partir das grandes navegações, disseminaram o uso do tabaco fumado (cachimbo, charutos, cigarrilhas e cigarros).

Até o final do século XIX, a fabricação do cigarro era artesanal, o que tornava seu preço elevado. Por conseqüência, o mercado consumidor era pequeno. O desenvolvimento das máquinas para fabricação de cigarro, no início do século XX, aumentou a produtividade, tornando-o mais barato e acessível.

A Organização Mundial da Saúde já classificou o tabagismo como doença, já que um cigarro corresponde a menos cinco minutos de vida; dessa forma um fumante vive aproximadamente dez anos a menos do que viveria, prejudicando muito à sua qualidade de vida.

A eficiência do tabaco em provocar doenças é à prova de contestação. Isso porque 30% dos cânceres são associados ao fumo, assim como 90% das mortes decorrentes de câncer no pulmão, 85% das doenças pulmonares crônicas, 25% dos problemas cardíacos e 25% dos acidentes vasculares cerebrais. O tabagismo também pode causar aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. O tabaco também afeta o sistema imunológico, aumentando a obtenção de infecções por bactérias e vírus em até 400%. Quem fuma tem quatro vezes mais chances de contrair doença de gengiva, podendo adquirir periodontite, halitose e câncer bucal. O tabaco aumenta a descamação da gengiva, destruição do tecido e pode ter como conseqüência sérios problemas periodontais, ocorrendo alteração no paladar.

Tabaco e o Paladar

Estudos têm demonstrado que o fumo pode ser o mais importante fator de risco para o desenvolvimento e progressão da doença periodontal. O fumante tem maior chance de ter doença periodontal e mais severa do que paciente não fumante. Também, possui maior formação de cálculo nos dentes, bolsas periodontais mais profundas entre o dente e a gengiva, e perde mais osso e tecido de suporte.

Os problemas periodontais causados ao indivíduo que faz uso de tabaco (mascando ou fumando), são causados por várias substâncias químicas como a nicotina e o alcatrão. Elas causam um aumento do acúmulo de placa e cálculo que irritam a gengiva e levam à infecção.

Tabaco e Ganho de Peso

Aproximadamente 75% das pessoas que se tornam abstinentes apresentam um aumento de peso corporal. Fato que pode ser explicado por vários motivos, entre eles a mudança no metabolismo com a falta de nicotina, a questão sensorial – paladar e olfato se tornam mais apurados, o que possibilita sentir o real sabor dos alimentos –, a transferência da ansiedade de fumar para comer, e a preferência por alimentos especialmente ricos em gordura e açúcares.


As pessoas não perdem peso intencionalmente quando fumam. O que acontece é que a inalação da nicotina, por meio da fumaça do cigarro, promove a elevação aguda da concentração de alguns neurotransmissores no cérebro, dentre eles a dopamina e a serotonina, substâncias responsáveis pelo bem-estar e pelo prazer, o que, consequentemente, pode contribuir para a saciedade. 


Outro aspecto importante é o efeito da nicotina sobre o tecido adiposo – ela promove maior oxidação dos lipídeos em relação aos não fumantes, o que provoca aumento do metabolismo e maior gasto energético. Porém, essa não é uma maneira adequada de emagrecer. 


Para manter o peso depois de largar o cigarro o importante é:
● Fazer refeições balanceadas, incluindo todos os nutrientes essenciais para a manutenção da saúde: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas, minerais, água e fibras;
● Não permanecer muito tempo em jejum e fracionar as refeições de 3 em 3 horas;
● Utilizar sal com moderação;
● Evitar frituras. Prefira os alimentos cozidos, assados e grelhados;
● Optar por alimentos saudáveis nos intervalos das refeições, como frutas, sucos naturais, barras de cereais e iogurtes;
● Preferir alimentos integrais, ricos em fibras que ajudam na saciedade;
● Evitar molhos cremosos, doces, chocolates e guloseimas muito calóricas;
● Ingerir água e líquidos ao longo do dia para manter uma boa hidratação;
● Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
● Praticar atividades físicas regularmente, sob orientação médica ou de um educador físico;
● Não abusar nos finais de semana e feriados.
Tabagismo e Envelhecimento
Além dos efeitos já bastante conhecidos do envelhecimento, como aumento da pressão sanguínea, perda do tecido muscular, compressão vertebral ou alteração óssea, o avanço da idade pode levar também a um aumento significativo do peso, caso não seja acompanhado por atividades físicas regulares e reeducação alimentar.

Entre os 25 e os 65 anos, o indivíduo que não pratica atividades físicas perde, por conta do processo de envelhecimento natural, entre 10% a 16% da sua massa magra, também conhecida como massa muscular ou massa livre de gordura, com influência direta sobre o metabolismo basal, que é a quantidade de energia despendida pelo organismo em repouso para manter funções vitais do corpo. Após os 25 anos, observa-se também, uma diminuição média de 5% no ritmo do metabolismo basal a cada década.

No processo de envelhecimento, pessoas sedentárias começam a perder porcentagens significativas de minerais, água e proteínas (três substâncias que compõem a massa muscular, diminuindo assim, o ritmo do metabolismo basal). O resultado dessa desaceleração é um acúmulo cada vez maior de gordura corporal, além de menor queima calórica, e alteração de outras funções vitais do organismo, como a gastrointestinal, a cardiovascular, a metabólica e a músculo-esquelética.

O tabagismo é um dos fatores de risco também para a osteoporose, provavelmente pelos efeitos tóxicos sobre os osteoblastos (célula óssea responsável pela formação do osso), que prejudicam a absorção do cálcio. A alteração do metabolismo de cálcio contribui para acelerar a perda óssea e favorece o desenvolvimento de osteoporose senil.

As pesquisas têm demonstrado que o tabaco é um fator de risco para fraturas vertebrais, do antebraço e quadril em mulheres magras; as conclusões desses estudos sugerem que as mulheres que fumam cerca de 01 maço de cigarros ao dia apresentam um déficit de 05 a 10% na densidade óssea, o que aumenta o risco de fratura.

Tabaco e Gravidez

Quando a mãe fuma durante a gravidez, “o feto também fuma”, recebendo as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. A nicotina aumenta o batimento cardíaco do feto, redução de peso no recém-nascido e também menor estatura, podendo também causar alterações neurológicas importantes. O risco de abortamento espontâneo, entre outras complicações na gestação, é maior nas gestantes que fumam.

Durante a amamentação, as substâncias tóxicas do cigarro são transmitidas para o bebê através do leite materno.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Dias, HM. Programa de Controle do Tabagismo no Município de Juiz de Fora: A Especificidade do Tratamento na Atenção Básica. [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, 2011.
Lucio, F. Como manter o peso depois de ter parado de fumar? Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 20/08/2014.

Oliveira, JDF. Tabagismo e Aspectos Nutricionais. Disponível em: www.fef.unicamp.br Acessado em: 20/08/2014.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Câncer de Cabeça e Pescoço

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.

Os principais fatores de risco para o câncer de cavidade oral, faringe e laringe são o tabagismo e o consumo de álcool que têm um efeito sinérgico, enquanto que o consumo de frutas e vegetais frescos é considerado um dos mais importantes fatores de proteção.

Os doentes com câncer de cabeça e pescoço em radioterapia podem desenvolver mucosite (inflamação da mucosa da boca), odinofagia (dor na passagem do alimento pelo esôfago), xerostomia (boa seca), alteração do paladar. Em geral, esses sintomas conduzem a uma diminuição da ingestão oral. Tais efeitos colaterais costumam aparecer na primeira semana de radioterapia. As superfícies mucosas da cabeça e do pescoço são áreas respondem rapidamente aos efeitos da radiação. A odinofagia leva a uma insuficiente ingestão energética e conseqüente perda de peso corpóreo. A irradiação das glândulas salivares resulta em salivação diminuída com queda no volume da saliva, assim como uma mudança para uma mistura viscosa e ácida. A alteração do paladar conduz a uma perda da sensação do paladar, ocorrendo daí uma diminuição da percepção ao sabor dos alimentos doces e uma sensibilidade aumentada ao amargo, graças aos danos nos microvilos das células gustativas ou de suas superfícies. Anorexia, ou perda do apetite, é um dos problemas mais freqüentes nesses doentes. Mudanças na função do hipotálamo, alterações na percepção do paladar, aversão à comida, saciedade precoce, estresse psicológico do diagnóstico do câncer têm sido sugeridos como causas da anorexia.

Avaliação Nutricional

A avaliação do estado nutricional do paciente com câncer deve ser individualizada e basear-se em 3 indicadores: dietéticos, antropométricos e laboratoriais.

A perda de peso em doentes oncológicos é um sinal preocupante, provocando aumento das complicações e diminuição do tempo de sobrevida. Destaca-se que uma perda de peso maior que 10% está presente em pelo menos 45% dos doentes adultos oncológicos hospitalizados.

A síntese de albumina encontra-se diminuída por cirurgia, trauma, infecção, radiação, desnutrição e etc.

A contagem de linfócitos apresenta algumas limitações sendo que seus níveis aumentam na presença de infecções e leucemia e diminuem na presença de câncer, estresse metabólico, durante terapia com esteroides e no pós-operatório. A radioterapia pode levar a um decréscimo de até 30% no número de linfócitos persistente até 5 anos após o término do tratamento.

Tratamento Nutricional

Quadro 1. Recomendações nutricionais para doentes com câncer.


Manutenção de Peso
Ganho de Peso
Hipermetabólicos
Estresse ou Má Absorção.
Energia
25 a 30 kcal/kg/dia
30 a 35 kcal/kg/dia
> 35 kcal/kg/dia
Proteínas
0,8 a 1,0 g/kg/dia
1,0 a 1,2 g/kg/dia
1,5 a 2,5 g/kg/dia
Fonte: Cuppari, 2002.

     Durante a quimioterapia e/ou radioterapia, a dieta de cada paciente deve ser individualizada e adaptada de acordo com a aceitação alimentar. Alterações de consistência podem ser necessárias na dieta, como por exemplo, consistências branda, pastosa ou liquidificada para facilitar a mastigação e deglutição. Aumentar a oferta de líquidos em pacientes com secura na mucosa oral e/ou vômitos é indicado. Excluir alimentos ácidos e temperos picantes ajuda a aumentar a aceitação da dieta em pacientes com estomatite oral.

A prevenção e o tratamento nutricional da mucosite oral ainda não estão totalmente estabelecidos. Algumas diretrizes incluem alguns nutrientes importantes que podem contribuir para a prevenção e tratamento, como os suplementos vitamínicos (vitamina C, B, E e betacaroteno) e a glutamina. A glutamina oral demonstra ser uma opção eficaz para o tratamento profilático da mucosite de início recente. Alguns estudos demonstraram efeitos benéficos do uso de probióticos, pois contribuem para a modulação da microbiota oral e inibição de citocinas pró-inflamatórias. Outra abordagem é o uso de camomila (Chamomilla recutita), por apresentar propriedades anti-inflamatórias, bacteriostáticas e antissépticas. Apesar do seu efeito não comprovado, a utilização de bochechos com o chá de camomila parece conferir importante redução no grau e no alívio dos sintomas da mucosite.

Dieta enteral

        Esta dieta pode ser utilizada em posição pré ou pós-pilórica quando o doente apresentar trato gastrintestinal funcionante e um ou mais dos seguintes critério:

- IMC < 18,5kg/m²;
- Perda de peso ≥ 10% nos últimos seis meses;
- Aceitação alimentar da dieta via oral não atingiu 2/3 das recomendações nutricionais;
- Obstrução pelo tumor da cavidade oral;
- Disfagia (dificuldade da deglutição);
- Anorexia.

        A posição da sonda nasoenteral, em nível gástrico, é uma das vias de acesso mais utilizadas devido ao baixo custo e à facilidade de colocação, sendo uma das vias preferenciais em doentes submetidos à radioterapia.

        Em doentes com câncer de cabeça e pescoço, a sonda nasoenteral em posição gástrica é uma excelente escolha se a nutrição enteral for administrada em um período menor que 4 semanas. Para um período maior, deve-se optar preferencialmente por gastrostomia endoscópica.

          A dieta indicada pode ser de formulação-padrão, visando atingir as necessidades nutricionais dos doentes de forma a manter e/ou recuperar seu estado nutricional.

Nutrição parenteral

         Deve ser bem avaliada sua indicação e somente utilizada quando o trato gastrintestinal não estiver funcionando ou se a terapia nutricional enteral adequada não puder ser oferecida (náuseas, vômitos, obstrução ou má absorção), com impossibilidade de manutenção do estado nutricional. Observe-se que sua eficiência como adjuvante da terapia antineoplásica permanece controversa e portanto precisa ser limitada a situações específicas nas quais o acesso enteral não é possível. Está indicada em casos de trombocitopenia severa (contagem de plaquetas < 50.000 a 70.000) que não pode ser corrigida.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Castro, RCB. Mucosite oral. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 17/08/2014.
Cuppari, L. Nutrição clínica no adulto. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar. 1 ed. São Paulo: Manole, 2002; p.223-234.
DZK C. Toxicidade da Quimioterapia. In: Forornes NM, Filho RJC, Tadokoro H, Freire CAR. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar: Oncologia. Barueri: Editora Manole; 2005. p 423-433.
INCA-Instituto Nacional de Câncer. Disponível em : www.inca.gov.br. Acessado em 17/08/2014.

Pinho, NB. Efeito da orientação nutricional e da terapia nutricional oral e enteral no período pré-operatório em indivíduos com tumor de cabeça e pescoço submetidos ao tratamento cirúrgico. [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, 2007.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Desnutrição Energético-Proteica

         
 A Desnutrição Energético-Protéica (DEP) ocorre quando existe deficiência no consumo de proteínas e energia com relação às necessidades do corpo. Esta é uma das mais comuns deficiências nutricionais, vitimando cerca de 150 milhões de crianças menores de 5 anos no mundo. Duas condições intimamente relacionadas com o padrão de vida da população, consumo alimentar inadequado e infecções de repetição. A desnutrição energético- proteica tem diferentes estágios, desde as formas mais leves, capazes de expressar déficits discretos do crescimento ou pequenas perdas de peso, até as manifestações mais graves, como o Kwashiorkor (desnutrição edematosa) e o marasmo. É um dos maiores problemas de saúde coletiva dos países em desenvolvimento. Ademais, o baixo peso ao nascer (<2.500g) pode ser tomado como um bom indicador do risco da desnutrição materno-fetal. Nos países com boas condições de saúde e nutrição, menos de 8% das crianças nascidas vivas têm peso inferior a 2.500g, em contrapartida nas áreas de pobreza, estes índices crescem para 30% dos nascimentos ocorridos

Quanto à origem, a DEP caracteriza-se como primária (dieta deficiente) ou secundária (dieta condicionada). Enquanto na desnutrição primária o consumo inadequado de nutrientes é o fator determinante desta morbidade, a secundária é causada por outros fatores, diferentes da dieta, como, por exemplo, a absorção e utilização dos nutrientes. Portanto, o indivíduo desnutrido é aquele cujas células não recebem os nutrientes de que necessita para desempenhar suas funções de produção energética, formação ou reparação tecidual e regulação do seu próprio funcionamento.

Kwashiorkor

       As principais características do Kwashiorkor são retardo no crescimento, perda de gordura subcutânea e muscular, menos intensa do que no marasmo, edema depressível que se localiza, principalmente, nas pernas, mas que pode atingir todo o corpo, bem como alterações mentais e de humor. Tanto o couro cabeludo, como as alterações nos cabelos (textura, cor, perda de brilho e queda), generalizadas ou localizadas (sinal da bandeira), como o tecido cutâneo, com lesões de despigmentação e descamação, podem estar afetados. Sintomas como anorexia, diarreia, infecções e deficiências (vitamina A, zinco e ferro) são também frequentemente encontradas. Um significante grau de perda de peso e a presença de edema são os aspectos essenciais para o diagnóstico de Kwashiorkor.

Marasmo

            Na criança com marasmo, a deficiência de crescimento é acentuada, bem como a de peso, a atrofia muscular, a ausência de gordura subcutânea e a caquexia. Apresenta face de idoso e pele enrugada. Normalmente são crianças irritadiças. O aminograma apresenta-se equilibrado entre os aminoácidos essenciais e não-essenciais. Proteínas plasmáticas normais ou levemente diminuídas.

Tratamento Nutricional

          O primeiro sinal de que a criança não está recebendo alimentos suficientes para as suas necessidades é o comprometimento do peso. O baixo peso para a estatura, conhecida como desnutrição aguda, vai, ao longo do tempo, comprometer a estatura.

            A prioridade da intervenção na desnutrição é a recuperação dos depósitos de gordura que garantem suporte energético para o processo anabólico do crescimento. Para o cuidado nutricional na desnutrição é recomendado o acréscimo de, em média, 500 a 1.000kcal, usando como base para o cálculo o peso atual. A ingestão deve ser aumentada gradualmente até os valores programados para evitar o desconforto gástrico e prevenir desequilíbrios eletrolíticos e de funcionamento cardíaco.

         Deve-se sempre estimular que o aleitamento materno exclusivo prossiga até o sexto mês, corrigindo-se as eventuais dificuldades técnicas que podem estar associados ao ganho de peso insuficiente. Nas crianças onde houver interrupção completa do aleitamento, sem possibilidades de relactação, prioriza-se a utilização de fórmulas infantis com acréscimo de óleo de soja a 3%, lembrando apenas que a maior parte dessas fórmulas contém 7% de lactose, o que pode predispor ao aparecimento de intolerância a este carboidrato. São manifestações dessa intolerância: distensão abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e dermatite perineal ocasionada por eliminação de fezes ácidas, resultado da ação bacteriana sobre os carboidratos, gerando ácidos graxos de cadeia curta. A opção nesta situação seria a utilização de fórmulas com menor quantidade de lactose (3% a 5%).

             Na impossibilidade de utilização de fórmula infantil utiliza-se o leite de vaca integral acrescido de óleo vegetal, preferencialmente de soja na proporção 3% e carboidratos 5% (sacarose para crianças abaixo de quatro meses e amido de milho ou arroz para lactentes acima de quatro meses) lembrando neste caso, que a reposição de vitaminas, minerais torna-se fundamental.

         A gordura é importante no processo de recuperação, funcionando como forma segura de armazenamento de energia e não prejudicando o aproveitamento de outros nutrientes, mesmo quando utilizados na proporção de 48% do valor calórico total.

              Medidas simples como organizar os horários das refeições e acrescentar uma colher de sopa de óleo vegetal em cada uma das principais refeições (principalmente na porção de feijão, ou de molhos, colocada no prato), são suficientes para modificar a proporção do peso para a estatura em apenas dois meses. A quantidade de óleo utilizada (10g), é pequena e não promoverá sobrecargas biliares, ou acelerará o peristaltismo intestinal.

           Com respeito aos minerais verificou-se que o leite de vaca integral comparado às fórmulas infantis determina maior retenção de cálcio, fósforo e magnésio e menor de zinco e cobre. Lembramos que, frente à utilização de uma ou outra opção, a suplementação de minerais e/ou oligoelementos torna-se essencial. Tais limitações na composição das fórmulas infantis na recuperação nutricional fez com que a Organização Mundial de Saúde desenvolvesse fórmulas artesanalmente preparadas com leite de vaca integral e adaptadas às necessidades peculiares da criança desnutrida.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Costa, DP. et al. Desnutrição energético-proteica e cárie dentária na primeira infância. Rev Nutr 2010; v.23, n.1: p. 119-126.

Lopez, FA; Brasil, ALD. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. 1. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.
Vitolo, MR. Nutrição: da Gestação à Adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003.

Waitzberg, DL. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2009.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Maçã

      A maçã acompanha o homem desde sua origem e frequentemente tem sua imagem relacionada ao proibido, ao tentador. Entretanto, de acordo com estudos recentes, a fruta responsável pelo pecado original merece perdão da humanidade. Agora, o pecado é não comê-la.

            A macieira, originária da Europa e Ásia, foi introduzida no Brasil há quatro décadas, por colonos europeus. As principais variedades são: gala, golden delicious, fuji e maçã verde. São consumidas in natura e sob a forma de suco, geleia, torta, doce, sorvete e iogurte.

       O aspecto mais positivo da maçã é que ela oferece poucas calorias, vitaminas do complexo B, C e E, potássio, muitas fibras e substâncias antioxidantes que atuam beneficamente reduzindo o risco de doenças. Mas é importante dizer que os benefícios multiplicam-se quando a casca da fruta é ingerida, pois é nela que se concentram em maior quantidade as substâncias ativas.

        A principal fibra presente na maçã chama-se pectina. Trata-se de uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e previne a prisão de ventre. Essa fibra influencia favoravelmente as taxas de colesterol no sangue e funciona como um agente natural contra substâncias tóxicas, incluindo a contaminação por metais tóxicos. Tem sido demonstrado os efeitos benéficos da pectina da maçã tanto na redução do chumbo como na do mercúrio no trato gastrointestinal e respiratório.

       As substâncias antioxidantes presentes na maçã (tanto na casca quanto na polpa), flavonoides (quercetina, ajuda a reduzir a formação de radicais livres, contribui para a redução dos níveis de colesterol LDL e auxilia na manutenção dos níveis glicêmicos) e polifenois são capazes de preservar as células dos danos provocados pela ação dos radicais livres; com isso, retardam o envelhecimento e protegem o organismo de uma série de doenças, entre elas o câncer.


        É importante lembrar que a maçã é considerada uma espécie de escova de dente natural, ajudando na higiene bucal. Morder e mastigar uma maçã estimula as gengivas e aumenta a quantidade de saliva, diminuindo o número de bactérias na boca a evitando as cáries. Isso na quer dizer que ela limpe os dentes de forma adequada; a boa escovação sempre é necessária.

            O açúcar presente na fruta é a frutose. Ele é absorvido pelo nosso organismo de forma mais lenta que a sacarose (açúcar extraído da cana). Por isso, pessoas diabéticas podem comer uma maçã sem se importarem com aumentos bruscos nos níveis de glicose no sangue.

Mousse de Maçã com Iogurte e Mel

1 copo de suco de maçã
1 envelope de gelatina em pó sem sabor
1 xícara de chá de creme de leite light
1 copo de iogurte natural desnatado
2 colheres de sopa de mel
3 maçãs firmes e grandes, descascadas e cortadas em cubo
Suco de 1 limão
2 claras
1 pitada de sal.

Modo de Preparo: Jogue o suco de limão sobre os pedaços de maçã para que não se escureçam e reserve. Amoleça a gelatina em pó em um copo com 2 dedos de água. Aqueça o suco de maçã em uma panela até que comece a ferver. Retire-o do fogo e dissolva a gelatina já amolecida, mexendo bem. No liquidificador, bata essa mistura com o creme de leite, o iogurte e o mel e, em seguida, derrame tudo em uma tigela com pedaços de maçã. Bata as claras em ponto de neve firme com a pitada de sal. Misture-as delicadamente, com a ajuda de uma colher, ao restante. Se desejar, distribua a receita em taças individuais, tomando o cuidado de não deixar pedaços de maçã demais em uma porção e quase nada em outra. Leve à geladeira por 2 horas.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:


Guia Completo de Nutrição. 2 ed. São Paulo: Editora Abril, 2005
.
Philippi, ST. Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. São Paulo: Manole, 2003; p. 75-93.

Salgado, JM. Alimentos Inteligentes. 1. ed. São Paulo: Prestígio, 2005.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Fitoquímicos E Benefícios Para Nossa Saúde

O termo “fitoquímico” refere-se a um grupo amplo de compostos produzidos e acumulados nas plantas. Os fitoquímicos não são uma apropriada definição clássica de nutriente. A ausência deles em dietas não está ligada a doenças de deficiências agudas, e os mesmos não fornecem calorias. De modo crescente, os fitoquímicos estão sendo vistos como contribuintes para uma ótima saúde. 

Mui­tos desses compostos possuem atividades biológicas po­tentes em mamíferos, e alguns podem apresentar efei­tos tóxicos quando ingeridos em altas doses. O interesse nesses compostos advém de vários estudos informando que uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais integrais e leguminosas pode trazer benefícios à saúde e dimi­nuir o risco de doenças crônicas degenerativas.

O reconhecimento da importância dos fitoquímicos tem aberto uma nova área de pesquisa na nutrição, pois há, literalmente, milhões de fitoquímicos nos alimentos.

           A presença dos fitoquímicos caracteriza os alimentos funcionais. O termo “alimentos funcionais” foi utilizado pela primeira vez no Japão (na década de 80) para definir alimentos que possuíam ingredientes que auxiliavam funções específicas no organismo, além de serem nutritivos. Estima-se que a dieta habitual oferece cerca de 1g a 2g de fitoquímicos, o que representa uma mistura de 5000 a 10.000 substâncias que interagem e influenciam o potencial de ação dos fitoquímicos.

A classificação dos fitoquímicos é um tema complexo devido ao grande número de compostos existentes e por se tratar de um campo em contínua evolução. No entanto, a classificação mais comum está representada na figura abaixo.




Os fitoquímicos podem ser classificados como ca­rotenoides, fenólicos, alcaloides, compostos contendo nitrogênio e compostos organosulfurados. Fenólicos são compostos que possuem um ou mais anéis aromá­ticos ou mais grupos hidroxil, e geralmente são clas­sificados em ácidos fenólicos, flavonoides, estilbenos, cumarinas e taninos. Os carotenoides são os pigmen­tos mais comuns na natureza e vêm recebendo muita atenção por sua atividade pró-vitamínica e antioxidan­te. Os fenólicos são produtos do metabolismo secun­dário das plantas, como mecanismos de defesa contra patógenos, parasitas e predadores, contribuindo tam­bém na coloração das plantas. 

Os flavonoides talvez formem o grupo de compostos fenólicos mais importantes das plantas. Mais de 5000 desses compostos em plantas já foram descritos, den­tre eles estão consideradas as flavonas, flavonóis, fla­vanonas, proantocianidinas, antocianinas, catequinas e isoflavonas. Os flavonoides são uma subclasse dos fito­químicos vastamente distribuídos na natureza. Grupos específicos de alimentos são frequentemente fontes de uma ou mais subclasses desses polifenóis, e seus efeitos na saúde dependem da quantidade consumida e de sua biodisponibilidade.

A tabela a seguir lista a quantidade de polifenóis nos alimentos a titulo de exemplificação.




ATUAÇÃO DOS FITOQUÍMICOS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Os fitoquímicos podem atuar na prevenção de doenças através de diferentes mecanismos, ou seja, através de um determinado tipo de atividade ou de várias delas, sendo que as que mais se destacam são a atividade antioxidante, modulação das enzimas de detoxificação, diminuição da agregação plaquetária, alterações no metabolismo do colesterol, modulação dos hormônios esteroides, redução da pressão arterial, e atividade antibacteriana e antiviral.

EXEMPLOS DE ALIMENTOS RICOS EM FLAVONOIDES


Chá

- Chá preto, verde e branco são ricos em flavonoides.
- Estima-se que até 30% das folhas de chá são compostas por flavonoides, como a quercetina, ácido gálico e catequinas.
Soja

- O grão de soja é rico em isoflavonas com importantes funções no aparelho reprodutor feminino.
- São usadas para reduzir os sintomas da menopausa, reduzir a osteoporose e os níveis de colesterol no sangue.
Frutas vermelhas

- Morango, amora, framboesa e mirtilo (blueberry) estão entre os alimentos mais ricos em flavonoides.
- São ricas em antocianinas e ácido elágico, antioxidantes que previnem o envelhecimento celular e a formação de tumores.
- Estudos ainda apontam que dietas ricas em frutas vermelhas previnem problemas de memória.
Uva (e derivados)

- As uvas e seus derivados (vinho tinto e suco de uva) são ricos em catequinas e estão associadas à redução no risco de doenças cardíacas, infarto do coração e redução do colesterol no sangue.
- Além disso, as sementes da uva são ricas em resveratrol, um polifenol que supostamente tem ação no retardamento do envelhecimento celular, contra diabetes e prevenção do câncer.

Espinafre

- Essa e outras folhas verdes são ricas em flavonoides com propriedades anti-inflamatórias e também antioxidantes, que protegem as células contra lesões de radicais livres.
- Além disso, o espinafre é também rico em carotenoides, pigmentos com propriedades anticâncer e que melhoram a visão.
Brócolis

- Esse vegetal é rico em flavonoides que previnem o desenvolvimento de câncer, sobretudo o câncer de pulmão em fumantes.




lista dos alimentos ricos em flavonoides é grande. Tente sempre incluí-los em sua dieta. Uma dica final é montar o prato de maneira bem colorida, pois muitas frutas e vegetais coloridos são ricos em flavonoides.

     Concluindo: os fitoquímicos são potentes efetores do sistema biológico em seres humanos, confirmando o seu papel em alguns aspectos da manutenção da saúde.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica
- Kalluf, Luciana. Fitoterapia Funcional. Dos Princípios Ativos á Prescrição de Fitoterápicos. 1ª Ed. VP Editora, 2008, p. 225-259.

Texto elaborado por: Patrícia Franco

Graduada em Farmácia-Bioquímica. Pós- graduada em Farmácia Homeopática, Farmácia Magistral e Alimentos Funcionais, Fitoterapia e Suplementação. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Colesterol: Bom ou Ruim?


         Colesterol é um composto químico gorduroso que integra a membrana das células do organismo. A maior parte é sintetizada no fígado e é transportada no sangue por proteínas especiais, as "lipoproteínas", encarregadas da distribuição deste colesterol por todas as células do corpo. As mais importantes são o LDL e o HDL. Como esta substância integra as células do corpo, é natural que os alimentos de origem animal sejam ricos em colesterol. Os vegetais, por sua vez, são pobres em colesterol.

O LDL é o mais importante carreador de colesterol no sangue. Costuma ser denominado "mau colesterol" porque seu excesso no sangue associa-se a doença das artérias coronárias. A LDL lipoproteína deposita o excesso de colesterol na parede das artérias provocando a formação de placas gordurosas que estreitam os vasos e podem impedir a circulação do sangue. Estas placas de aterosclerose podem localizar-se nas artérias que nutrem o coração, as coronárias, dificultando a circulação do sangue e podendo levar à isquemia do músculo cardíaco, ou seja, ao sofrimento do coração por falta de sangue e oxigenação adequada. A isquemia pode provocar dor no peito (angina) e um coágulo formado na região da placa pode, por fim, bloquear completamente a passagem do sangue, provocando o infarto.

As HDL lipoproteínas, ou "bom colesterol" remove o colesterol da parede das artérias, levando-o de volta ao fígado. Quanto maior sua concentração no sangue, maior a proteção conferida contra o excesso de colesterol e a doença aterosclerótica.
 
Quadro 1. Valores de referência (mg/dl) dos lípides plasmáticos para indivíduos maiores de 20 anos de idade.
Lípides
Valores
Categoria
Colesterol Total
< 200
200-239
≥ 240
Ótimo
Limítrofe
Alto
LDL-colesterol
< 100
100-129
130-159
160-189
≥ 190
Ótimo
Desejável
Limítrofe
Alto
Muito alto
HDL-colesterol
< 40
≥ 60
Baixo
Alto
Fonte: Adaptado V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose, 2013.
 
A dieta é a primeira opção de tratamento para a redução do colesterol. Os componentes dietéticos que mais elevam o colesterol são as gorduras saturadas e as transisoméricas (trans), bem como o colesterol dietético.
 
Para reduzir a ingestão de colesterol, deve-se restringir o consumo de miúdos, lacticínios integrais, biscoitos amanteigados, croissants, folhados, frios e embutidos (lingüiça, salame, salsicha), pele de aves, frutos do mar e gema de ovo.
 
            Quanto ao consumo de ácidos graxos saturados, aconselha-se a restrição na ingestão de gordura animal (carnes gordurosas, leite integral), poupa de coco e óleos de dendê e coco no preparo de alimentos.
 
            As gorduras poliinsaturadas, que não são produzidas no organismo, devem ser obtidas pela alimentação, pois são fundamentais para o bom funcionamento do organismo e estão relacionadas com a redução de colesterol total e do LDL-colesterol.
 
 
            As gorduras poliinsaturadas (ômega-3 e ômega-6) são encontradas principalmente em peixes e óleos vegetais como de girassol, milho e soja, e as monoinsaturadas no óleo de canola, azeite de oliva, abacate, azeitona e sementes oleaginosas.
 
Deve-se também aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras solúveis, como frutas, aveia, cevada, feijão, grão de bico, lentilha, soja, ervilha, verduras, legumes, cereais entre outros, pois ajudam a reduzir o nível de colesterol sangüíneo. As fibras insolúveis, apesar de não contribuírem na redução do colesterol, aumentam a saciedade, auxiliando na diminuição da ingestão calórica e na manutenção do peso corpóreo. Alguns exemplos de fontes de fibras insolúveis são trigo, grãos e hortaliças.
 
Dentre os alimentos funcionais, podemos destacar os que são ricos em substâncias antioxidantes como os flavonóides e algumas vitaminas. A utilização de tais substâncias vem sendo amplamente pesquisada, como o objetivo de prevenir ou reduzir o desenvolvimento da doença aterosclerótica.
 
Os flavonoides são antioxidantes polifenólicos, cuja ação é limpar os radicais livres que danificam as células sadias. São encontrados em frutas, verduras, grãos, chá verde e preto, chocolate, vinho tinto, suco de uva, condimentos e ervas.
 
Embora ainda em discussão, estudos científicos mostram que o café sempre deve ser filtrado, para evitar a ingestão de cafestol e caveol, substâncias presentes nos grãos, que contribuem para a elevação do colesterol. Com o café coado, essas substâncias ficam retidas na borra e no filtro de papel.
 
Deve ser feita menção ao consumo de bebidas alcoólicas, especialmente ao vinho tinto, que, em doses moderadas (uma a duas doses/dia, sendo uma dose correspondente a 15ml de etanol para mulheres e 30ml para os homens), tem sido relacionado com menor mortalidade por doença aterosclerótica.
 
            O vinho, por conter flavonóides, pode aumentar os níveis de HDL-colesterol. Entretanto, o consumo elevado de álcool está associado a maior mortalidade total, hipertensão arterial, diversas formas de câncer, entre outras.
 
O tabagismo tem impacto na saúde como um todo, e sobretudo causa redução do HDL-C, em proporção a quantidade de cigarros fumados no dia. Por isso, também deve ser evitado por pacientes com hipercolesterolemia.
 
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
 
Referências Bibliográficas:
 
V Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol. 2013; v. 101, (suppl 1): p.1-36.
 
Colesterol. Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro – SOCERJ. Disponível em: www.sociedades.cardiol.br Acessado em: 06/08/2014.
 
Isosaki, M; Cardoso, E. Manual de Dietoterapia e Avaliação Nutricional do serviço de nutrição e dietética do Instituto do Coração – HCFMUSP. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004: p.25-29.
 
Lottenberg, AMP. Importância da gordura alimentar na prevenção e no controle de distúrbios metabólicos e da doença cardiovascular. Arq Bras Endocrinol Metab 2009; v.53, n.5: p.595-607.
 
Marques, CG. Orientações dietéticas para a redução do colesterol. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 06/08/2014.