quinta-feira, 30 de junho de 2016

Tireoide: Hipotireoidismo e Hipertireoidismo



A palavra tireoide é originária do latim e significa forma de escudo. Em 1656, Thomas Warton escolheu essa denominação porque se acreditava que a única função da tireoide era estética, tornando o pescoço mais bonito. Os tempos passaram e com ele muitos estudos e comprovações científicas demonstraram que esta glândula é vital para nossa saúde, pois exerce inúmeras funções importantes no nosso organismo. A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).  
  
Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena ela. É responsável pela produção dos hormônios T4 (tirosina) e T3 (triiodotironina) que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

O T4 é um hormônio inativo e o mais abundante, que depois é convertido em T3, a forma ativa do hormônio. O T3 também é feito diretamente.
Mas há outra substância produzida pela tireoide, o T3 reverso. O RT3 é feito a partir da conversão do hormônio T4. A produção de RT3 é normal em pessoas saudáveis. A conversão de T4 em T3 reverso é constante, acontece maioritariamente no fígado e tem como objetivo eliminar T4 desnecessário. É estimado que 40% do T4 é convertido em T3 e 20% é convertido em T3 reverso. Em situações em que seu corpo precisa conservar energia e se concentrar em outros problemas, as porcentagens acima vão mudar, podendo alterar a conversão para RT3 a 50% ou mais, fazendo o T3 descer. Isto pode acontecer em quando há estresse emocional, físico ou biológico. Uma doença crônica ou aguda (gripe, pneumonia, etc), após uma cirurgia, após um acidente de carro ou qualquer lesão aguda, o estresse crônico causando altos níveis de cortisol, a exposição a um ambiente extremamente frio, diabetes, envelhecimento, ou mesmo usar remédios como betabloqueadores e amiodarona.      Além do estresse crônico, há três razões fisiológicas comuns. As duas primeiras estão relacionadas com as glândulas suprarrenais (cortisol baixo e cortisol elevado), e a terceira está relacionada com os níveis de ferro. Causas menos comuns incluem falta de vitamina B12, outras inflamações crônicas e outros problemas de saúde.
ATENÇÃO: A causa pode ser falta de ferro, um problema de cortisol (fadiga adrenal), ou ambos. Existem outras causas do T3 reverso elevado, mas estas são as mais comuns que devem ser analisadas em primeiro. Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
HIPOTIREOIDISMO

Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorre, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.

HIPERTIREOIDISMO

Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que se chama bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres. Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

NÓDULOS DE TIREOIDE

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenham nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malignos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.

HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO

O hipotireoidismo subclínico é um diagnóstico laboratorial, pois, uma vez que o paciente ainda tenha níveis normais de hormônios da tireoide, ele não apresenta nenhum (ou quase nenhum) sintoma. Como já dito acima, o paciente com hipotireoidismo subclínico possui níveis normais de T4 livre e níveis elevados de TSH, em geral entre 5 e 10 mU/L (alguns locais usam 4,5 e 15 mU/L como limites). Habitualmente, quando o TSH já está muito acima de 10 mU/L, o paciente já não tem mais hipotireoidismo subclínico, pois o T4 livre costuma estar baixo e o paciente já apresenta sintomas de hipotireoidismo. Portanto, o hipotireoidismo subclínico geralmente apresenta TSH elevado, mas nunca muito superior a 10 ou 15 mU/L. O paciente apresenta, quando muito, apenas sintomas brandos e inespecíficos, como um leve cansaço, uma discreta falta de vontade para realizar tarefas ou uma pequena intolerância ao frio. Todos estes sintomas são comuns e pode ocorrer a qualquer um determinados momentos da vida, principalmente em períodos de estresse, excesso de trabalho, início de viroses, etc. Portanto, no hipotireoidismo subclínico não há sintomas clínicos relevantes que ajudem no diagnóstico. O diagnóstico só pode ser feito através do monitoramento dos exames laboratoriais.
Uma grande parte dos pacientes com hipotireoidismo subclínico, eventualmente, irão desenvolver hipotireoidismo franco. Estudos mostram que após 10 a 20 anos até 55% dos pacientes com hipotireoidismo subclínico já terão evoluído para a forma completa da doença.
Nestes casos a intervenção nutricional é de suma importância, introduzindo na dieta alimentos que melhoram a função tireoidiana e removendo os que prejudicam (veja a seguir). Controlando outros fatores, como emocionais, pode-se diminuir o risco de desenvolver a disfunção.
DOENÇA AUTOIMUNE
Tanto na tireoidite de Hashimoto quanto na doença de Graves, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos que atacam proteínas específicas da glândula tireoide. Os anticorpos se ligam a determinados pontos da tireoide e passam a atacá-los, provocando uma grande reação inflamatória local e destruição do tecido sadio da glândula tireoide. Atualmente, conseguimos identificar através de exames de sangue a presença de pelo menos três anticorpos antitireoidianos: Antitireoperoxidase (anti-TPO), Anticorpos Anti-receptores de TSH (TRAb) e Anticorpos Antitireoglobulina (anti-Tg) , que nos auxiliam no diagnóstico da tireoidite de Hashimoto e na doença de Graves.
Segundo dados do Instituto da Tireoide, 15% da população acima de 45 anos sofre de problemas na tireoide. Entre as principais causas de problemas na tireoide está uma dieta desequilibrada, relacionada especialmente ao consumo de iodo, além de outros nutrientes, como o selênio.
ALIMENTOS QUE AUXILIAM O BOM FUNCIONAMENTO DA TIREOIDE


● ALGAS MARINHAS

Algas marinhas são uma fonte riquíssima de iodo e ainda oferecem uma quantidade considerável de selênio, nutrientes fundamentais para a produção de hormônios pela tireoide. Mas não exagere no consumo, pois o sal comum já contém muita quantidade de iodo. O excesso de iodo também pode ser prejudicial. A quantidade ideal recomendada para um adulto saudável é de 150 microgramas por dia, que pode ser facilmente atingida sem qualquer adição extra de sal à comida pronta.        
● CASTANHA-DO-PARÁ
Rica em selênio e ômega-3, uma gordura poli-insaturada, a castanha-do-Pará fornece nutrientes que servem de matéria-prima para a produção de hormônios pela tireoide. O ideal é consumir uma ou duas castanhas por dia.
● QUINUA/ AVEIA                                                                                                
Por serem ótimas fonte de proteínas vegetais, com cálcio, ferro, fibras, magnésio, potássio e zinco. A quantidade recomendada de ingestão é de 30 a 50 gramas ao dia, que podem ser adicionadas à salada, sopas, frutas, sucos e shakes.        
● ÓLEO DE PEIXE
Óleo de peixe é rico em Ômega 3, estes ácidos graxos atuam modulando a síntese dos hormônios tireoidianos e diminuindo a o processo inflamatório, além disto também equilibra o sistema imunológico quando a disfunção tem causa auto imune. Só fique atento para escolher as opções certas: salmão, sardinha e atum. O nutriente também pode ser encontrado em opções vegetais, como a chia e a linhaça. O consumo recomendado é de 120 g de peixe três vezes por semana ou duas cápsulas de 1.000 mg para suplementação por dia. No caso do uso de suplementos, um profissional deve ser consultado.                           
● GEMA DO OVO                                                                                    
A gema de ovo é conhecida por seus componentes antioxidantes, que favorecem principalmente a saúde ocular. Mas a pequena quantidade de iodo presente no alimento também é importante para a produção de hormônios pela tireoide. Além disso, a gema apresenta carotenoides (responsáveis pela cor amarelo alaranjada) que são uma pré-vitamina A, também importante para a glândula. Uma parte da vitamina A que o corpo recebe já vem pronta e outra parte vem por meio de nutrientes que o próprio corpo transforma em vitamina A, que é o caso dos carotenoides. Outros nutrientes importantes presentes na gema para a tireoide é a vitamina D e o ferro. Desde que não seja frito, ovos podem ser consumidos diariamente.             
● FRUTOS DO MAR /AVES /CARNE VERMELHA
São boas fonte de zinco, ferro, vitamina B12, importantes para a produção dos hormônios tireoidianos. No entanto controle muito o consumo de carne, pois pode se tornar uma vilã da saúde, uma vez que contém quantias consideráveis de gordura saturada, prejudicial ao organismo quando em excesso. Prefira mais os frutos mar e as aves.        
● LARANJA                                                                                                                                 
Rica em carotenoides e vitamina C, a laranja pode auxiliar no bom funcionamento da tireoide. A quantidade diária recomendada, entretanto, é pequena: uma laranja por dia.
ALIMENTOS QUE SÃO PREJUDICIAIS AO FUNCIONAMENTO  DA TIREOIDE

● CAFEÍNA
Além de causar grande agitação no organismo, esse nutriente — encontrado em grandes quantidades no café e nos chás — pode provocar danos no tratamento das disfunções da glândula. As especialistas ensinam que a substância pode atrapalhar na absorção do remédio para esse tipo de doença, portanto nada de tomá-la em horários próximos ao de medicação. A cafeína também compete na absorção de nutrientes como ferro e zinco prejudicando a saúde tireoidiana.

● GLÚTEN
Essa proteína encontrada em cereais como trigo, centeio, aveia, cevada e malte, causa uma doença autoimune em algumas pessoas, chamada de doença celíaca, ou para pessoas que são intolerantes ao glúten. E pesquisas indicam que isso pode se relacionar a males como a Tireoidite de Hashimoto. Em um estudo publicado no Journal of Pediatrics conclui-se que crianças celíacas com alterações na produção dos hormônios e anticorpos tireoidianos tiveram seus níveis normalizados com dieta sem glúten.

● SUCRALOSE
É um adoçante natural, usado em substituição ao açúcar sem tantas contraindicações, mas que pode atrapalhar a tireoide. Ele tem cloro na composição, e assim capta o iodo, prejudicando o bom funcionamento da glândula. Isto no caso de um exagero no seu consumo.

● SOJA
Apesar de ser muito recomendado em diversas circunstâncias, esse grão pode causar muitos danos e encrencas para pessoas com problemas de tireoide. A soja possui compostos antinutricionais, que dificultam a absorção de minerais como ferro, zinco e cálcio. Apesar de essas substâncias, chamadas de fitatos, serem anuladas após o cozimento, o consumo desse alimento é contraindicado a quem tem hipotireoidismo. Caso consuma, prefira as formas fermentadas, como o missô, Natto.


● CARBOIDRATOS EM EXCESSO
Quando comemos demais esse macronutriente, aumentam os níveis necessários de hormônios da tireoide, causando uma maior demanda do trabalho da glândula, além de requisitar mais iodo para produzir T3 e T4. Desta forma, com a nossa alimentação já sendo pobre em iodo, fica difícil regular a produção. Dietas com uma redução nos carboidratos e priorizando os tipos complexos são mais indicadas para a saúde da tireoide, além do corpo como um todo. Portanto conclui-se que uma alimentação rica em nutrientes, variada e adequada individualmente pode também trazer como benefícios a prevenção ou o tratamento das disfunções da Tireoide.

Texto elaborado por: Dra. Roseli Lomele Rossi - CRN 2084.

Nutricionista formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN - Associação Brasileira de Nutrição. 

Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento, Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica.

É Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: "Saúde & Sabor com Equilíbrio" - Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” – Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva – Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.



terça-feira, 28 de junho de 2016

Chá



As origens do chá quase se perdem ao longo do tempo. Além disso, misturam-se às narrativas sobre este produto muitas lendas, sendo que a mais conhecida diz que o chá era uma bebida apreciada na China desde o longínquo ano de 2737 A.C. Nessa época, preocupado com as epidemias que regularmente assolavam seu império, o imperador Sheng Nong exigiu que toda a água fosse fervida antes de ser consumida, uma medida de caráter higiênico que ainda hoje faz sentido em muitos lugares do mundo.

Certo dia, num quente verão oriental, o imperador, de visita a uma das regiões distantes que governava, mandou parar a sua comitiva para que todos descansassem durante algum tempo. Os servos começaram então a ferver água para que a comitiva pudesse beber, mas algumas folhas de Camellia sinensis provenientes de arbustos próximos foram arrastadas pelo vento caindo no recipiente em ebulição. Pouco a pouco, a água foi adquirindo uma tonalidade castanha. O imperador, curioso, decidiu provar a estranha infusão e ficou surpreendido pelo sabor da bebida, tornando-se desde esse momento um grande adepto do chá, no que seria seguido pelo seu povo.

A partir da China o chá espalhou-se pelo mundo, primeiro para o vizinho Japão, depois, começou a sua caminhada para o Ocidente através da Ásia Central e da Rússia. No entanto, foi apenas com a chegada dos portugueses ao Oriente, em finais do século XV e início do século XVI, que a bebida começou a difundir-se na Europa.

O consumo de chá no Brasil se deu inicialmente com as práticas curativas pelos povos indígenas e foi continuado pelas culturas negras e europeias. No fim do século XX, a produção e consumo da bebida expandiram difundindo em todo país chamando a atenção dos órgãos governamentais os quais criaram legislação específica do produto.

O que caracteriza os chás?

Os chás só podem ser chamados por esse nome se forem feitos a partir das folhas da Camellia sinensis, planta que dá origem aos chás verde, branco, vermelho (pu-erh), oolong e preto. Isso quer dizer que aqueles “chazinhos” de camomila, hortelã, cidreira, erva doce entre tantos outros conhecidos, não são na verdade chás, mas infusões.

Que tipos de chás existem, e o que os diferencia?

Dependendo das condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento dessas folhas é possível obter mais de 3000 diferentes tipos de chás. De qualquer forma, todos esses tipos são derivados de cinco categorias principais que se distinguem principalmente em relação ao grau de fermentação:

Chá branco - não fermentado, produzido a partir de brotos e folhas mais novas, tenras; é considerado o tipo que concentra a maior quantidade de compostos benéficos para a saúde;

● Chá verde – não fermentado, é o mais consumido e o que reúne a maior quantidade de estudos científicos;

● Chá vermelho (pu-erh) – Este chá tem propriedades intensificadas pelo envelhecimento, que pode levar anos; é neste momento que sofre uma pós-fermentação. As folhas são prensadas e ficam envelhecendo como um bom vinho;

● Chá oolong - com fermentação mediana, fica basicamente entre o chá verde e o preto;

● Chá preto – muito fermentado, por isso apresenta o sabor mais forte entre todos os tipos de chá.

Qual a diferença no sabor de cada um?

● Chá branco – Por não sofrer o processo de fermentação, não possui sabor amargo levemente adocicado, o chá branco apresenta sabor mais suave entre todos;

● Chá verde – Possui sabor levemente amargo, mas não deixa de ser o mais consumido;

● Chá vermelho (pu-erh) – Possui sabor acentuado, não tão amargo quanto o chá verde e não tão adocicado quanto o chá verde;

● Chá oolong – Apresenta sabor amargo, se assemelhando com o chá verde, deixando sabor residual adocicado;

● Chá preto – Dentre todos, o chá preto é o que apresenta sabor amargo mais intenso devido a fermentação completa do produto.

Qual a diferença entre as folhas e o sache?

O sache é a forma processada das folhas. A matéria-prima é seca e em seguida triturada e armazenada na forma de sache. Esse produto é uma forma mais concentrada das folhas. Existem também extratos altamente concentrados dessas plantas que podem ser consumidos gelados ou quentes.

Que propriedades nutricionais podem ser destacadas nos chás?

Todos os chás derivados da Camellia sinensis apresentam em sua composição substâncias antioxidantes conhecidas como polifenóis, contudo, elas estão presentes em maior quantidade nos chás cuja fermentação é mais leve ou inexistente.

O principal grupo de polifenóis encontrados nesses chás são as catequinas, e dentre as catequinas com maior poder antioxidante encontra-se a epigalocatequina-galato, também conhecida como EGCG. De acordo com os estudos, esta catequina apresenta um poder antioxidante superior ao das vitaminas C e E, capaz de reduzir o risco de várias doenças e ajudar no retardo do processo de envelhecimento.

Além disso, o chá possui propriedades termogênicas, ou seja, aumenta à taxa pela qual as calorias são queimadas e o gasto total de energia, isso provoca o aceleramento do metabolismo do corpo em consequência facilita a quebra de nutrientes pelo corpo auxiliando a digestão destes.
O consumo diário recomendado pelos estudos para quem escolheu as infusões de Camellia sinensis (folhas secas comercializadas em saches ou granel) para se obter todos os benefícios é de cerca de 4-6 xícaras. Para quem escolheu as versões instantâneas que levam extratos concentrados, uma ou duas porções ao dia é suficiente.

Mas preste bastante atenção, essa bebida apresenta elevadas concentrações de alcaloides como a cafeína, e por essa razão, pessoas com distúrbios do sono devem evitar o consumo da bebida antes de dormir. Em caso de gastrite, esofagite de refluxo e úlcera gástrica, o consumo também deve ser limitado, mas não deixe de consumir essa bebida tão apreciada e benéfica.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Santana, ATMC. Chá: bebida milenar em pró da saúde. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 08/06/2016.