domingo, 11 de fevereiro de 2018

Alimentos Transgênicos



Transgênico ou Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são plantas, animais ou micro-organismos cujo código genético foi mudado através da transformação. Como o código genético é universal, isto é, idêntico para todos os seres vivos, os genes transferidos de uma espécie para outra, vão produzir as mesmas características que produziram na espécie doadora.

De acordo com a Organização Não-Governamental ESPLAR - Centro de Pesquisa e Assessoria (2012), os transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo inserido em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.

Com essa tecnologia, é possível produzir plantas resistentes a pragas, adaptar plantas para cultivo em terras inóspitas, adaptá-las a condições climáticas adversas, enriquecer plantas alimentícias com nutrientes especiais, usar as plantas como produtoras de substâncias para fins terapêuticos entre outras possibilidades.

Entre os alimentos transgênicos, o exemplo mais comum é o do milho que recebe o gene de uma bactéria para produzir uma substância que destrói o sistema digestivo de uma praga de inseto, evitando, assim, o uso de agrotóxicos.

 Essas modificações começaram a ser feitas pelo Homem desde o início da agricultura: há dez mil anos atrás as populações existentes utilizavam métodos empíricos para melhorar geneticamente as plantações. Esses estudos foram evoluindo ao longo dos anos até que o homem conseguiu descobrir novas regras genéticas. Com essas descobertas começaram a utilizar métodos racionais de melhoramento genético e não mais empíricos.

No entanto, a questão da inocuidade dos alimentos transgênicos faz parte de uma discussão técnica que pede uma resposta experimental e científica aberta. Ela está no centro de um debate internacional, cuja resolução envolve a saúde dos consumidores, a economia dos produtores e a orientação política dos governos.

Pesquisas alertam para as principais desvantagens do consumo de tais produtos geneticamente modificados que são: aumento de alergias, desenvolvimento de resistência bacteriana, com redução da eficácia de remédios à base de antibióticos, e o aumento de resíduos tóxicos.

A inserção da tecnologia de GMO's no mercado acarreta debates polêmicos que envolvem, desde implicações éticas a impactos socioeconômicos, uma vez que pode possibilitar a reprogramação da vida, inclusive a do ser humano, afetar a segurança alimentar da população, com reflexos imprevisíveis no campo da saúde, afetar drasticamente o meio ambiente em que vivemos, com a introdução de espécies invasoras e acentuando drástica diminuição na biodiversidade e a intensificar os monopólios associados à produção de alimentos, que estão adotando novas estratégias de apropriação dos conhecimentos gerados, mediadas por acordos internacionais de propriedade intelectual, e de acesso aos recursos genéticos, o que na prática implica no patenteamento de formas de vida e no controle absoluto, por umas poucas companhias, da produção de alimentos a nível mundial.

Os organismos geneticamente modificados (OGM), sobretudo as plantas transgênicas – cujas pesquisas se encontram em estágios mais avançados, quando comparadas com as conduzidas com animais – e seus derivados, vêm suscitando muita polêmica, tanto em âmbito nacional como internacional, uma vez que vários cientistas argumentam que as pesquisas com alimentos modificados estão ainda em fase incipiente e defendem a necessidade de estudos mais aprofundados para uma melhor avaliação das consequências, no longo prazo, das manipulações genéticas, sobretudo no campo da agricultura.

Recentemente uma pesquisa realizada por cientistas e estudantes da Universidade de Caen, na França, divulgou resultados alarmantes, que trouxeram à tona a discussão sobre os possíveis efeitos dos OGM. Neste estudo os ratos alimentados com alimentos transgênicos morreram antes do previsto e desenvolveram câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie. O estudo mencionado comprovou uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

FARIAS, S. C. G. Percepção dos Alunos da Universidade do Rio de Janeiro sobre a Produção e o Consumo de Transgênicos no Brasil. REDE - Revista Eletrônica do Prodema, v.8, n.1, p. 84-94, abr. 2014.

Meurer, MC; Rocha, GDW. Alimentos Transgênicos. Instituto Ana Paula Pujol. Disponível em: www.institutoanapaulapujol.com.br Acessado em: 06/02/2018.

SANTOS, S. C. R. Avaliação do conteúdo alimentos transgênicos, nos livros de biologia do ensino médio adotados pela rede pública no município de Cascavel – PR em 2012. 41f. Monografia de Especialização. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira – PR.

SERALINI, G. et al. Long term toxicity of a Roundup herbicide and a Roundup-tolerant genetically modified maize. Food and Chemical Toxicology. V. 50, n. 11, Nov. 2012, P. 4221–4231.

SOUZA, J. V. S. Percepção dos consumidores do distrito federal sobre alimentos transgênicos. 2013. 11f. Mestrado em Agronegócios - Universidade de Brasília, Brasília – DF.

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