Glândula Tireoide
A Glândula Tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam o metabolismo, processos químicos e físicos no organismo. O distúrbio desta glândula pode causar duas doenças, dentre elas o hipotireoidismo.
Hipotireoidismo
Essa doença é caracterizada pela baixa ou falta da produção dos hormônios tireoidianos, gerando assim alguns sintomas e complicações.
Como a doença se desenvolve?
O hipotireoidismo pode se desenvolver tanto em recém nascidos, como em adultos. A doença pode afetar o primeiro grupo quando não ocorre a formação da glândula tireoide, devido a defeitos embrionários, defeitos hereditários das enzimas que sintetizam os hormônios ou até quando a mãe, durante a gravidez, faz uso de medicamentos que interferem na glândula do filho. Já o segundo grupo, desenvolve essa doença devido ao uso de medicamentos que interferem na produção e/ou liberação dos hormônios, pela aparição de uma doença auto imune (tireoidite de Hashimoto), pela retirada da glândula, por esta apresentar algum problema ou até mesmo pela falta e/ou excesso de iodo na alimentação, o que é raro de acontecer.
Quais são os sintomas do hipotireoidismo?
Com a diminuição da produção dos hormônios tireoidianos, todos os processos realizados pelo corpo ficam lentos, assim gerando uma série de sintomas como: cansaço, sonolências, depressão, falta de iniciativa, pele seca e fria, prisão de ventre, baixa atividade cerebral, diminuição do apetite, intolerância ao frio e alterações menstruais, assim como mudanças na ereção e libido dos homens.
Recém nascidos podem apresentar sintomas diferentes dos citados à cima, como
dificuldade no desenvolvimento, choro rouco, apatia, diminuição dos reflexos e
constipação.
Todos esses sintomas podem ser muito semelhantes a outras doenças, mais com exames clínicos e laboratoriais essa doença pode ser muito bem diagnosticada pelos médicos.
Tratamento
Já que o hipotireoidismo é a falta do hormônio tireoidiano, o tratamento baseia-se na reposição hormonal, onde o fármaco deve ser administrado, pro resto da vida, já que dificilmente a glândula volta a funcionar, os efeitos gerados serão muito bons, mas costumam aparecer só depois de 2 semanas de uso. O remédio, por se tratar de um hormônio deve ser tomado assim que o paciente acorda, em jejum, pois a ingestão deste com alimentos fazem com que sua absorção seja prejudicada.
As doses de hormônios contidas nas drogas devem ser cuidadosamente calculadas, já que a falta pode gerar um agravo nos sintomas do hipotireoidismo e o excesso pode gerar o hipertireoidismo.
Dicas Nutricionais
● Consuma sal iodado, mas sem exageros.
● As algas típicas da alimentação oriental também são boas fontes de iodo.
● Coloque no cardápio peixes e frutos do mar ricos em iodo e proteínas “magras”.
● Aumente o consumo de alimentos integrais, são ricos em magnésio e auxiliam na perda de peso, pois aumentam a saciedade após a ingestão.
● Evite alimentos ricos em carboidrato refinado (alimentos feitos com farinha branca ou açúcar), pois os pacientes tem mais chance de apresentar resistência a insulina.
● Sementes de linhaça e abóbora possuem cálcio e tirosina, importante para o metabolismo de T3 e T4.
● Consuma castanha do Brasil, pois o selênio é um mineral importante que participa do processo de conversão de T4 em T3.
● Como um dos sintomas do hipotireoidismo é a constipação aumente o consumo de fibras insolúveis (milho, soja, ameixa, grão de bico), pois estas aceleram os movimentos peristálticos, facilitando a evacuação.
● As fibras solúveis (aveia) diminuem a absorção de colesterol, melhorando os níveis de LDL / HDL.
● Pacientes com hipotireoidismo devem fracionar as refeições, fazendo no mínimo 6 refeições /dia, pois apresentam um metabolismo mais lento.
● Alimentos que contém cianetos (brócolis, couve de bruxelas, mandioca, rabanete) não devem ser consumidos em excesso, pois esta substância diminui a absorção de iodo. Para consumi-los estes devem ser cozidos. E por lado, não se deve deixar de consumi-los, pois esses alimentos também atuam na diminuição do risco de outras doenças. As brássicas (brócolis e couve de Bruxelas, por exemplo, atuam na prevenção de alguns tipos de câncer, inclusive no da tireoide).
● Evite o excesso de cloro, pois ele é relacionado com o bloqueio de iodo na tireóide. Utilize água filtrada ou mineral e evite o uso de adoçante sucralose.
● Evite alimentos que contenham soja por pelo menos 4 horas após a ingestão do hormônio sintético para não prejudicar sua absorção. Além do grão de soja e derivados como leite de soja e tofu, muitos alimentos industrializados contém proteína de soja na composição como peito de peru, salsicha ou são feitos com farinha de soja. Fique sempre atento às embalagens.
Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci
Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.
Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.
Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
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