segunda-feira, 27 de março de 2023

Nutrição no TDHA


 

Que a alimentação tem um papel importante na forma como nosso cérebro funciona, disso não há dúvidas e quando falamos no Transtorno de Déficit de Atenção ela é ainda mais importante. A nutrição no TDAH é uma aliada na redução de seus sintomas, bem como na boa saúde do cérebro como um todo.

 

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção é uma doença neurobiológica e crônica, caracterizada pela dificuldade de atenção ou concentração, juntamente com impulsividade e hiperatividade. Alguns dos seus sintomas, além da falta de atenção, são dificuldade em manter a rotina, dificuldade em expor ideias e em ouvir o outro falar, além da dificuldade em executar tarefas preestabelecidas, prazos e a repetição de erros.

Estes sintomas podem levar ao desenvolvimento de ansiedade, e dificuldades de relacionamento interpessoal. O TDAH ocorre devido à uma deficiência na Dopamina Cerebral, um neurotransmissor de regulação motora, de atenção e concentração. Estudos indicam que esta deficiência afeta a região do córtex pré-frontal do cérebro e da amígdala, e podem ter origem genética.

Isso quer dizer que, o diagnóstico do TDAH não é apenas baseado em uma análise sintomática, uma vez que tais sintomas também podem indicar outros distúrbios neuropsicológicos. Sendo assim, é necessário o diagnóstico clínico realizado pelo profissional de saúde, neurologista ou psiquiatra.

Embora ainda seja tratado como um distúrbio infantil, a TDAH pode evoluir na vida adulta.

Nutrição no TDAH: Como a alimentação pode ajudar

A forma como nos alimentamos afeta o funcionamento do organismo, e com a saúde cerebral não é diferente. De 20% à 30% da energia que gastamos é consumida pelas atividades cerebrais. Nutrientes como ácidos graxos e lipídios, além de fornecerem de maneira natural a energia que o cérebro precisa, auxiliam na manutenção da saúde e prevenção do desenvolvimento e avanços de doenças.

A nutrição no TDAH ainda é alvo de estudos, e algumas informações ainda não se encontram conclusivas. Uma delas, por exemplo, é em relação ao consumo de açúcar, alguns estudos indicam que este pode aumentar os sintomas do TDAH enquanto outros autores não encontraram tal relação.

Existe, por outro lado, uma linha de consenso sobre a saúde neurológica, e também o TDAH, relacionado ao consumo de ácidos graxos e lipídios. Estudos indicam que existe uma relação da suplementação de ômega-3 e DHA na redução de sintomas como a impulsividade, além de observar-se leve melhora na atenção em si. A deficiência destes nutrientes no organismo também está relacionada ao aumento destes sintomas.

A deficiência de minerais como Zinco, Ferro e Magnésio também podem estar relacionados ao aumento de tais sintomas.


 

Fosfatidilserina e o TDAH

A fosfatidilserina é um lipídio encontrado em abundância no tecido cerebral. Ele atua na fluidez das membranas cerebrais, e consequentemente, nas funções cognitivas. Ou seja, a presença da fosfatidilserina no cérebro auxilia na comunicação entre os neurônios, atuando em processos cognitivos, humor e concentração.

Um estudo concluído recentemente indica que a suplementação com fosfatidilserina pode auxiliar na redução dos sintomas do TDAH em crianças. A atuação efetiva deste nutriente nestes sintomas e seus efeitos à longo prazo ainda estão em fase de estudos.

O estudo é mais um indicativo de como os lipídios são positivos para a saúde cerebral e para o TDAH. Assim como qualquer suplementação ou terapia nutricional, a suplementação da fosfatidilserina, bem como nutrientes como ômega-3, deve ser indicada e acompanhada pelo médico e/ou profissional de saúde.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

Referência Bibliográfica:

Nutrição no TDHA: como os nutrientes podem auxiliar. ProDiet Nutrição Clínica. Disponível em: www.prodiet.com.br Acessado em: 27/03/2023.

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