Os ácidos cáprico e caprílico são lipídeos que auxiliam a combater o déficit energético do cérebro.
Apesar de representar apenas 2% do peso corporal, o cérebro adulto utiliza 20% da necessidade total de energia do corpo. E 98% dessa energia é proveniente do metabolismo da glicose.
Então, conforme envelhecemos, a capacidade do nosso cérebro de captar glicose reduz em 10 a 15% e passa a ficar com déficit energético. Isso pode afetar a produção de neurotransmissores, bem como nossa capacidade de raciocínio, aprendizado, entre outros.
O ácido cáprico e ácido caprílico servem para reduzir o déficit energético do cérebro
Uma abordagem que vem sendo muito estudada contra o déficit energético do cérebro são os corpos cetônicos. Estes permitem o transporte da energia aos tecidos periféricos (neurônios e gliócitos).
Uma forma viável de aumentar a formação de corpos cetônicos, sem mudar drasticamente a alimentação, é pelo consumo de ácidos graxos específicos, como os ácidos cáprico e caprílico.
O ácido cáprico e ácido caprílico induzem à cetonemia leve a moderada mesmo na presença de refeições. É causado pela rápida absorção através da veia porta, sem passar pela circulação periférica, levando à rápida betaoxidação no fígado. Assim, corpos cetônicos são formados.
Em estudo, autores encontraram que a suplementação com 30g do ácido cáprico e ácido caprílico triplicou os níveis de corpos cetônicos. Esse aumento de corpos cetônicos ocorreu no sangue de indivíduos saudáveis, mesmo seguindo uma dieta normal.
O ácido cáprico e ácido caprílico têm efeitos colaterais
O estudo da suplementação com ácido cáprico e ácido caprílico mostrou que são seguros, porque não alteraram os níveis séricos de lipídeos e não estimularam a deposição de gordura.
Outro benefício interessante é o mostrado por estudo que encontrou que a capacidade de manter a comunicação funcional entre as regiões do cérebro se desestabiliza com a idade, diminuindo a partir dos 45 anos, mesmo em indivíduos saudáveis. Além disso, foi averiguado que esse marcador para o envelhecimento cerebral é modulado pela dieta. A glicose piora a comunicação entre as áreas do cérebro, aumentado a instabilidade de comunicação, enquanto os corpos cetônicos melhoraram, diminuindo a instabilidade.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
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