Existe um equívoco de que todos os pacientes com COVID-19 podem se
recuperar em duas semanas, isso não é sempre assim. As consequências a
longo prazo da infecção por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) não são bem
compreendidas. Além disso, a recuperação prolongada dos sintomas foi
descrita mesmo em pacientes que apresentaram sintomas leves, e não
necessitaram de hospitalização. Essas manifestações foram denominadas
como síndrome pós-covid.
Até o momento não há tratamento
específico disponível para tratar pacientes com COVID-19. A terapia
combinada tem sido considerada pelos médicos, que inclui agentes
antivirais, antibióticos e anti-inflamatórios. No contexto da terapia
preventiva e de suporte, vários compostos poli fenólicos extraídos de
produtos naturais foram identificados com diversos efeitos benéficos. Em
conformidade com esses estudos, a curcumina é um dos compostos naturais
amplamente investigados.
Cúrcuma longa L. (família
Zingiberaceae) e seu composto poli fenólico curcumina foram submetidos a
uma variedade de investigações antivirais, devido aos extensos usos
tradicionais e baixos efeitos colaterais. Seu uso exibe uma ampla gama
de propriedades terapêuticas, incluindo alívio de dores musculares,
artrite reumatoide, distúrbios gastrointestinais, febre intermitente,
problemas renais, antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias,
cardioprotetoras, imunomoduladores, benefícios no câncer, diabetes
mellitus, doenças autoimunes, condições cerebrais ou psiquiátricas como
melhora na cognição, demência, doença de Alzheimer (DA), esquizofrenia e
depressão.
Relatórios iniciais sugerem efeitos residuais da
infecção por SARS-CoV-2, como fadiga, dispneia, dor torácica, distúrbios
cognitivos, ansiedade, depressão e alteração do sono.
Efeitos terapêuticos da curcumina contra covid-19
Alivia Depressão
As
evidências mostram que a curcumina pode aliviar os sintomas da
depressão, aumentando a neurogênese no hipocampo e no córtex frontal do
cérebro. Um estudo (em ratos) de 2009 que avaliou os Potenciais da
Curcumina Como Antidepressivo, mostrou que o polifenol é capaz de
reverter alterações induzidas pelo estresse, alterando os níveis de
neurotrofina. A curcumina não só aumenta a função neuronal, mas também
pode proteger contra os efeitos da degeneração neuronal.
Antivirais
A
curcumina impediu a replicação do SARS-CoV. Além disso, tem uma
atividade inibitória significativa contra o efeito citopatogênico do
SARS-CoV em células Vero E6. A curcumina foi eficaz contra outros vírus,
como vírus influenza A, HIV, enterovírus, herpes, hepatite C e
papilomavírus humano.
Brônquio dilatador
O principal
problema da Covid19, durante todo o seu processo, são as complicações
pulmonares, principal causador da mortalidade.
Efeito antiemético
Cúrcuma longa L, como medicamento fitoterápico, é usada para tratar vômitos desde os tempos antigos em países asiáticos.
Estudos
mostraram que a curcumina melhorou o apetite de ratos na quimioterapia
induzida. Por isso pode ser eficaz contra o vômito devido ao Covid-19.
Reduz mialgia e fadiga
•Em estudo em animais, a administração oral de curcumina mostrou função anti fadiga e melhorou a função física.
•
A administração de curcumina reduziu o estresse e a fadiga em
indivíduos que experimentaram ansiedade e cansaço, relacionadas ao
estresse ocupacional em um estudo randomizado.
• A curcumina evitou a perda muscular e melhorou o desempenho físico em idosos saudáveis, e retardou o início da sarcopenia.
•
Esses resultados sugerem que a curcumina pode ser eficaz para controlar
os sintomas de mialgia, cansaço e fadiga induzidos por Covid ‐ 19.
Anti-inflamatórios
Os
efeitos anti-inflamatórios da curcumina foram relatados em estudos
realizados com animais e humanos. Além disso foi mostrado efeito
antipirético em ratos.
Duas metas análises de ensaios clínicos
randomizados mostraram que a curcumina reduziu os níveis circulantes de
IL-6 e TNF-α, que são os principais mediadores inflamatórios. Também
reduziu a expressão de IL-1β em macrófagos de pacientes com doença de
Behçet.
Além disso, a curcumina protegeu as células epiteliais
da mucosa genital humana contra a replicação do HIV, ao inibir a
ativação de quimiocinas pró-inflamatórias, como IL-8. Os efeitos
protetores da curcumina foram estudados em várias doenças pulmonares,
como DPOC, fibrose pulmonar e asma.
A curcumina regulou
negativamente a produção de citocinas pró-inflamatórias (TNF ‐ α, IFN ‐ α
e IL ‐ 6) em macrófagos e em humanos infectados com o vírus influenza
A. A curcumina tem um efeito inibidor sobre a IL-17. Em outras palavras,
IL-17 ao ativar P53 causa a estabilização do PAI-1, que por sua vez
medeia o acúmulo de matriz extracelular e subsequente desenvolvimento de
fibrose pulmonar em células alveolares tipo II.
Efeitos antioxidantes
Na
infecção grave por Covid-19, a pneumonia pode causar hipoxemia, que por
sua vez, altera o metabolismo celular e reduz o suprimento de energia, e
aumenta a fermentação anaeróbica. Logo a acidose acontece e faz com que
os radicais livres de oxigênio (RL) destruam a camada fosfolipídica da
membrana celular. Portanto, um tratamento com propriedades antioxidantes
será bom para esses pacientes. Neste sentido, a curcumina é uma ótima
opção pelo potente efeito antioxidante presente no rizoma.
A
curcumina aumentou o nível de superóxido dismutase (SOD) em lesão
pulmonar aguda induzida, por isquemia-reperfusão intestinal em
camundongos.
Além disso, a curcumina reduziu o nível de
malondialdeído (MDA) e recuperou os níveis de xantina oxidase (XO), e a
capacidade antioxidante total em lesão pulmonar induzida por ventilador
em ratos.
Da mesma forma, a curcumina aumentou a atividade da enzima
superóxido dismutase (SOD) e diminuiu o conteúdo de malondialdeído
(MDA) no pulmão em lesão aguda induzida por sepse.
Imunidade
A
curcumina combate o vírus inibindo a invasão e a multiplicação viral.
Se já foi infectado, os efeitos serão menores e os sintomas serão mais
brandos/leves.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
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