Com medo do câncer de pele, muitas pessoas ficam com receio da exposição
ao sol, porém, em quantidade adequada, é fundamental para a saúde e bem
estar do corpo. Através da exposição da pele à luz solar, o organismo
obtém naturalmente a vitamina D, essencial para manter o nível de cálcio
no sangue para a saúde dos ossos e dentes, além de agir na maioria das
funções metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e
neurológicas.
A vitamina D é um grupo de pró hormônios lipossolúveis (solúveis em
gordura) que é encontrada em duas formas: vitamina D2 (calciferol) e
vitamina D3 (colecalciferol).
A recomendação de ingestão de vitamina D é dividida por faixa etária, segundo a DRI (Dietary Reference Intakes). Veja abaixo:
Existem poucos alimentos que contêm vitamina D. Por ser lipossolúvel,
ela é encontrada em alimentos gordurosos como óleo de fígado de peixe,
gema de ovo e peixes gordurosos como o salmão, arenque, sardinha e atum.
Porém nenhum contém a quantidade necessária para atingir a recomendação
diária, essa só é atingida com a exposição a luz solar através dos
raios ultravioleta B (UVB).
A pele é o único sítio capaz de produzir a vitamina D. A pró vitamina D
(7-dehidrocolesterol) é um precursor desta vitamina e é produzido tanto
pela derme quanto pela epiderme. Os raios UVB produzem a pré vitamina D,
que se transformam em vitamina D. Ela é transportada até o fígado,
sofre alterações em sua forma química e é transportada até os rins, onde
sofre novas alterações e se estabelece na sua forma ativa para absorção
do organismo.
Alguns alimentos podem ser fortificados com vitamina D. Em alguns países
da Europa, por exemplo, a fortificação é obrigatória em alguns
alimentos e em quantidades estabelecidas por regulamentações. Esta
fortificação é necessária principalmente em países onde, além do consumo
de alimentos que contenham vitamina D ser baixo, o período de sol é
pouco, o que torna muito difícil a absorção da mesma. Os alimentos mais
utilizados para fortificação são o leite, a margarina, cereais matinais,
pães e massas, por serem de fácil acesso e alto consumo pela população.
A baixa ingestão de vitamina D associada com a insuficiente exposição aos raios UVB podem causar a hipovitaminose D.
Em crianças, a deficiência da vitamina é chamada de raquitismo, que se
caracteriza por crescimento deficiente e anormalidade nos ossos. Em
adultos, é conhecida como osteomalácea, que é caracterizada pela
fraqueza muscular e fragilidade óssea. E em idosos, é comum casos de
osteoporose, que reduz a massa óssea, tornando os ossos mais frágeis.
Estudos mostram que a exposição solar deve ser de 15 a 20 minutos por no
mínimo 3 vezes por semana. Para pessoas com pele escura, o tempo de
exposição deve ser maior, pois a absorção dos raios UVB é mais lenta
devido a queratina mais presente na pele escura. Portanto, não esqueça
essa recomendação e garanta sua produção diária de vitamina D. Seu
organismo agradece.
Evillim, K; Fernandes, LO. Vitamina D. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Disponível em: www.codeagro.agricultura.sp.gov.br Acessado em 18/07/2021.
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