segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Nutrição e Imunidade


Muitos fatores externos ao corpo podem ameaçar a imunidade e a saúde como um todo. Estresse, privação de sono, excesso de atividades físicas com baixa recuperação, dieta pobre em nutrientes, má digestão e absorção de nutrientes e até disbiose, afetam diretamente nosso sistema de defesa. E infelizmente há ainda outros fatores que influenciam na imunidade, então, o assunto é bem extenso, como você pode ver… O intestino não é apenas um órgão de digestão e absorção, mas também assume importante função no sistema imunológico! Acompanhe a leitura aqui e saberá como ele atua.

Veja o que esses alimentos e nutrientes podem fazer por sua imunidade:

Geleia Real

A secreção, produzida pelo organismo da abelha, é rica em proteínas, vitaminas, minerais antioxidantes e gorduras boas. Além disso, a geleia tem ação anti-inflamatória. Segundo a nutricionista da rede Mundo Verde Thais Souza, a geleia real é usada como complemento alimentar e indicada para melhorar o funcionamento do organismo, porque diminui o cansaço físico e mental, melhora o apetite, fortalece o sistema imunológico e reduz os níveis de colesterol. Pode ser encontrada em cápsulas ou in natura.

Pólen

Rico em proteínas, aminoácidos essenciais e vitaminas A, C e E, o pólen é um pequeno grão que ajuda na formação de anticorpos, reparação do tecido muscular e combate ao envelhecimento. O grão contém ainda cálcio, magnésio e fósforo, minerais fundamentais para a saúde dos ossos e dos dentes. O pólen pode ser consumido puro ou adicionado em alimentos, como sucos, iogurtes, saladas e bolos. 

Mel 

Além de ser delicioso, o mel tem ação bactericida e antisséptica e contém substâncias que agem como antibióticos naturais. É um produto que auxilia o tratamento de problemas pulmonares e da garganta. O mel não deve ser fervido para que não perca suas propriedades.

Própolis

Rica em flavonoides de ação antioxidantes, que auxiliam no combate às doenças que atacam o organismo humano. Por isso, o própolis atua como “antibiótico natural” em casos de inflamação e infecção e auxilia também no combate a tosse.

Agrião

O agrião possui propriedades expectorante, adstringente, descongestionante, digestiva, fortificante, tônica, depurativa, cicatrizante, antitérmica e anti-inflamatória. Rica em vitamina A, seu consumo é excelente para os olhos, a pele, os ossos e os dentes. Além disso, age como um fortalecedor da imunidade por ser rico em vitamina C. Esta, além disso, ajuda a combater o envelhecimento precoce da pele e diminui a má formação de células que podem tornar-se cancerígenas, pois esta é um excelente antioxidante natural. Consuma ao menos 3x por semana, em saladas, sucos ou até em recheios de panquecas. 



FERRO

Em relação à função imunológica, vários estudos têm associado a deficiência de ferro a defeitos tanto na resposta adaptativa quanto na resposta inata do indivíduo10,11. Os defeitos na resposta adaptativa incluem a redução da proliferação, diferenciação e do número células T, bem como redução da produção de citocinas por essas células. Já os defeitos na resposta inata incluem a redução da capacidade fagocitária dos neutrófilos, provavelmente devido à falhas na atividade das células natural killer (NK). Saiba quais são os alimentos ricos em ferro: vegetais verdes escuros, feijões todos os tipos, carnes em geral.

ZINCO

Mais de 85% do zinco corporal total encontra-se no músculo esquelético e osso e, apenas 0,1% circulam no plasma15. Há relação entre direta entre o mineral zinco e as células do sistema imunológico, incluindo atividade de células T auxiliadoras, desenvolvimento de linfócitos T citotóxicos, hipersensibilidade retardada, proliferação de linfócitos T, e etc. As manifestações clínicas decorrentes da deficiência de zinco podem variar desde quadros leves com aumento da suscetibilidade a infecções, redução do peso corporal e massa muscular e dos níveis de testosterona com oligospermia até quadros graves. Os alimentos ricos em zinco são: carnes em geral, ostras, cereais integrais, ovos, sementes e oleaginosas.

VITAMINA A

Em relação ao sistema imunológico, a vitamina A modula a resposta de células fagocitárias, estimulando a fagocitose (que ajuda a matar vírus, bactérias, invasores, etc.) e etc. Em geral, os alimentos de cor alaranja são ricos em vitamina A como mamão, gema de ovo, manga, etc.

VITAMINA D

Já fez seu exame pra avaliar o status da vitamina D em seu corpo? A vitamina D é um potente modulador do sistema imune. De maneira geral, o efeito da vitamina D no sistema imunológico se traduz em aumento da imunidade inata associado a uma regulação multifacetada da imunidade adquirida. Tem sido demonstrada uma relação entre a deficiência de vitamina D e a prevalência de algumas doenças autoimunes, como diabetes melitos insulino-dependente (DMID), esclerose múltipla (EM), artrite reumatoide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e doença inflamatória intestinal (DII). Sugere-se que a vitamina D e seus análogos não só previnam o desenvolvimento de doenças autoimunes como também poderiam ser utilizados no seu tratamento. A suplementação de vitamina D tem-se mostrado terapeuticamente efetiva em vários modelos animais experimentais, como encefalomielite alérgica, artrite induzida por colágeno, diabetes melitos tipo 1, doença inflamatória intestinal, tireoidite autoimune, LES e tuberculose. 



E O QUE O INTESTINO TEM A VER COM ISSO?

A função imune do intestino depende de três componentes: a barreira intestinal, o sistema imune (tecido linfoide associado ao intestino - GALT, plasmócitos, linfócitos, imunoglobulinas) e a microflora. O epitélio intestinal é considerado a barreira física para a absorção de antígenos e a penetração de patógenos. Ao manter a integridade do epitélio com seus tight junctions, quantidades controladas de antígenos podem ser captadas por pinocitose e esta captação pode resultar em uma resposta fisiológica da liberação de imunoglobulina-A (Ig-A). Além disso, muco, peristaltismo e enzimas digestivas contribuem para a diminuição da exposição do antígeno ao lúmen intestinal. O GALT representa a maior massa de tecido linfóide no corpo humano, constituindo importante papel imunológico do homem. A presença da microbiota intestinal saudável é necessária para alcançar a função imune, incluindo a produção de anticorpos, o desenvolvimento e persistência da tolerância oral a antígenos dos alimentos e a formação de centros germinativos nos folículos linfóides. Desta forma, os prebióticos (como o amido resistente presente na biomassa de banana verde) beneficiam a simbiose entre o hospedeiro e a flora, modulando várias propriedades do sistema imunológico. Por isso, garantir alimento às bactérias boas de nosso intestino, manter uma alimentação rica em verduras, legumes e frutas (tudo bem lavado) e a inclusão de alimentos fermentados (como iogurte caseiro e Rejuvelac – receitas aqui no site) são de grande valia pra nossa imunidade.

Outras vitaminas, tais como a vitamina E, poderosa antioxidante presente em alimentos como abacate, nozes, castanhas e óleos vegetais como azeite de oliva, também são importantes pra imunidade.

NENHUM DOS ALIMENTOS CITADOS É ISENTO DE EFEITOS ADVERSOS, por isso, consulte seu médico e nutricionista antes de consumir com frequência o que foi exposto aqui, ok?

Conclusão

Proporcionar uma boa nutrição ao corpo é uma questão permanente. Embora o corpo tenha uma capacidade limitada de armazenar nutrientes, há uma necessidade continua de prover uma boa nutrição, a fim de manter o funcionamento adequado do corpo, incluindo uma função imunológica otimizada.

Texto elaborado por: Priscila Di Ciero
Nutricionista formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA). Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório particular na zona sul de São Paulo (SP).

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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