De
acordo com a OMS, a infertilidade - ausência de gravidez depois de 12 meses de
tentativas, com relações sexuais frequentes - afeta de 50 a 80 milhões de
pessoas em todo o mundo. No Brasil são cerca de 8 milhões de casais inférteis.
Poluição,
agrotóxicos, toxinas encontradas em embalagens plásticas e cosméticos, fatores
genéticos, sedentarismo, consumo elevado de bebida alcoólica, excesso de cafeína,
tabagismo, baixo consumo de alimentos naturais com elevado consumo de alimentos
processados, doces e gordurosos podem contribuir com o aumento das taxas de
infertilidade feminina, masculina e do casal. Outro fator decisivo para o
aumento nas taxas de infertilidade é a idade, uma vez que os óvulos envelhecem
e a qualidade dos espermatozoides também declina, especialmente por conta do
estilo de vida.
A
sugestão é que mulheres até os 35 anos que ainda não pensam em ser mães,
considerem a possibilidade de congelamento de óvulos, mas, em qualquer fase, o
ajuste na alimentação é fundamental para favorecer o bom equilíbrio hormonal, a
qualidade dos óvulos e do espermatozoide, preparar o endométrio para receber o
embrião e contribuir com uma gestação saudável e uma adequada programação
metabólica do bebê. Frutas, verduras e legumes, castanhas e sementes, carnes –
com destaque aos peixes, cereais integrais; com preferência a alimentos
orgânicos são bem vindos para os casais que pretendem engravidar, sempre lembrando
que cada um possui necessidades e características individuais.
Autores
mostram que ajustes na alimentação são benéficos para mulheres com síndrome dos
ovários policísticos, endometriose, infertilidade sem causa aparente, falhas na
implantação, infertilidade por anovulação, obesidade e no homem, mudanças na
alimentação e estilo de vida também ajudam a melhorar motilidade e morfologia
dos espermatozoides, volume e fluidez seminal.
Pensando
em aumentar as chances de gestação - com um embrião de boa qualidade e uma
programação metabólica adequada - cuidar da alimentação antes da gestação é um
ótimo investimento para a família!
Texto elaborado por Gabriela Halpern - Nutricionista
CRN3 8616
Nutricionista
da Clinica Halpern, Fertility Medical Group e ambulatório de Algia Pélvica da
UNIFESP.
Mestre
em ciências aplicadas pelo departamento de Pediatria da UNIFESP e com pós
graduação em Fitoterapia e Nutrição Clinica Funcional.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Mascarenhas
MN, Flaxman SR, Boerma T, Vanderpoel S, Stevens GA (2012) National, Regional,
and Global Trends in Infertility Prevalence Since 1990: A Systematic Analysis
of 277 Health Surveys. PLoS Med 9(12): e1001356. doi:10.1371/journal.pmed.
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