domingo, 17 de setembro de 2023

Reishi: 'Rei dos Cogumelos' Devido Sua Alta Potência Medicinal

 

Reishi (Ganoderma lucidum) aparece em textos históricos da China, Índia e outras culturas asiáticas que datam de mais de 2.000 anos, e têm sido usados medicinalmente há pelo menos 4.000 anos. O uso do Reishi para fins medicinais no Ocidente é mais recente, a partir dos anos 1970, e sua popularidade vem aumentando à medida que as pessoas procuram alternativas aos tratamentos alopáticos, com menos efeitos adversos. Um número crescente de estudos revisados mostram fortes evidências que reforçam o uso de Reishi na saúde e na doença.

 

O cogumelo da imortalidade   

                 

Por milênios os cogumelos Reishi têm sido reverenciados pelos praticantes da medicina oriental. Esses fungos poderosos possuem uma série de propriedades terapêuticas e são usados para apoiar os processos do sistema imunológico, ajudar órgãos e células do corpo a se adaptar ao estresse e promover calma e equilíbrio. Na Medicina Tradicional Chinesa o Reishi era conhecido como "cogumelo da imortalidade” por seu impacto na saúde e longevidade. Na China e na Coreia, o Reishi é chamado de Lingzhi, que significa "erva da potência espiritual”.

 

Reishi vermelho

 

Existem mais de 2.000 espécies diferentes de cogumelos Reishi, apresentando pelo menos seis cores e nuances. De todas as variedades, o Reishi vermelho é considerado superior devido à sua alta concentração de beta-glucanas. Ele também apresenta um alto teor antioxidante e atua na saúde celular, em respostas inflamatórias funcionais e em desordens metabólicas.

 

Polissacarídeos

 

Reishi contém mais de 400 compostos bioativos, incluindo polissacarídeos, triterpenóides, polifenóis, nucleotídeos, esteróis, ácidos graxos, proteínas, peptídeos e oligoelementos. Este cogumelo medicinal tem ampla gama de propriedades farmacológicas e terapêuticas: imunoestimulante, antioxidante, anti-inflamatório, antitumoral, antifúngico e antimicrobiano. Pelo alto teor de polissacarídeos, ele protege e repara o sistema nervoso (estresse, ansiedade, memória, demências), combate diabetes e artrite reumatoide.

 

Triterpenóides e câncer

 

Os triterpenóides presentes no Reishi atuam como adjuvantes no tratamento da leucemia e outros tipos de câncer. Estudos indicam que diferentes compostos isolados do cogumelo, incluindo as beta-glucanas, agem em diferentes linhagens de células cancerígenas, como pulmão, cólon, pâncreas, fígado, estômago, mama, pele e próstata. A combinação de G. lucidum com quimioterapia, radioterapia e outras drogas pode ser uma maneira eficaz de melhorar o tratamento, reduzir a toxicidade, aumentar a eficiência e, assim, controlar a proliferação de células tumorais e metástases.

 

Fígado

 

Cogumelos são tradicionalmente usados no tratamento de enfermidades do fígado. Dentre eles, o Ganoderma é a espécie mais eficaz para o tratamento de doenças hepáticas devido aos efeitos protetores na hepatite, fibrose hepática e esteatose (gordura no fígado).

 

 

Vírus

 

Diversos estudos sugerem que G. lucidum poderia ser usado para o desenvolvimento de agentes antivirais: o sequenciamento genômico indicou que Reishi pode atuar contra muitos vírus, como herpes, influenza, Epstein Barr, hepatite, e a virulenta e perigosa cepa H1N1 da gripe.

 

Contraindicações

 

O ‘rei dos cogumelos’ é uma planta medicinal segura, com raros efeitos adversos. No entanto, pessoas em uso de anticoagulantes, anti-hipertensivos, grávidas e lactantes devem conversar com seu médico. A dose recomendada varia de acordo com o suplemento escolhido, dependendo de sua concentração, apresentação (pó, extrato, tintura), origem (micélia ou fruto) e qualidade.

 

 

Texto elaborado por: Dra. Tamara Mazaracki. 

 

Título de Especialista em Nutrologia –  Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Membro Titular da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia;

 

Pós-graduação em Medicina Ortomolecular, Nutrição Celular e Longevidade – FACIS-IBEHE – Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo e Centro de Ensino Superior de Homeopatia;

 

Pós-graduação em Medicina Estética – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – IBRAPE.

 

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

 

Referências Bibliográficas:


*Food & Function 2023. Therapeutic potential & nutritional significance of Ganoderma lucidum.

 

*Springer 2021. Ganoderma lucidum: King of Mushroom.

 

*Nutrients. 2021. Health-Promoting of Polysaccharides Extracted from Ganoderma lucidum.

 

*Biomolecules 2022. A Review of Ganoderma Triterpenoids and Their Bioactivities.

 

*Molecules 2023. Potential anti-rheumatoid arthritis activities & mechanisms of Ganoderma lucidum polysaccharides.

 

*Chinese Medicine 2023. A review of anti-tumour effects of Ganoderma lucidum in gastrointestinal cancer.

 

*Nutrients 2023. Ganoderma lucidum: Novel Insight into Hepatoprotective Potential with Mechanisms of Action.

 

*Frontiers in Pharmacology 2023. Ganoderma lucidum: Current advancements of characteristic components & experimental progress in anti-liver fibrosis.

 

*Frontiers in Pharmacology 2022. Antioxidant, antibacterial, antitumor, antifungal, antiviral, anti-inflammatory & neuroprotective activity of Ganoderma lucidum.

 

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