Alimentos de origem vegetal são
fontes significativas de proteínas, sendo classificados, em sua maioria, como
parcialmente ou totalmente incompletos. As leguminosas são as mais adequadas,
contendo de 10 a 30% de proteínas, eventualmente apresentando alguma
deficiência em aminoácidos sulfurados, como metionina e cisteína. Os cereais
apresentam teor protéico menor que das leguminosas, de 6 a 15% em média, sendo
geralmente deficientes em lisina.
Apesar das limitações nutricionais
apresentadas pelas proteínas vegetais, deve-se enfatizar que na alimentação
normal de um indivíduo vários tipos de alimentos são consumidos
simultaneamente, podendo ocorrer um efeito complementar em termos de
aminoácidos essenciais. Dessa forma, uma adequada mistura de cereais (arroz,
trigo, milho) com leguminosas (feijão, soja, ervilhas) consumidos em uma mesma
refeição em proporções balanceadas, poderia apresentar valor nutricional, do
ponto de vista protéico, equivalente àquele apresentado pelas proteínas de
origem animal.
Um dos melhores exemplos desta
combinação é o clássico arroz com feijão, pois a proteína do arroz é pobre em
lisina, mas é uma excelente fonte de aminoácidos sulfurados, como metionina e
cistina. Já a proteína do feijão é relativamente rica na maioria dos
aminoácidos essenciais, especialmente em lisina, mas deficiente em metionina e
cistina.
Arroz
O arroz é considerado o produto de
maior importância econômica em muitos países em desenvolvimento,
constituindo-se alimento básico para cerca de 2,4 bilhões de pessoas. É uma
cultura que apresenta grande capacidade de adaptação a diferentes condições de
solo e clima. Cultivado e consumido em todos os continentes, o arroz se destaca
pela produção e área de cultivo, desempenhando papel estratégico tanto em nível
econômico quanto social para os povos das nações mais populosas da Ásia, África
e América Latina.
Alguns benefícios obtidos ao se
consumir arroz são: vitaminas do complexo B (B1
- garante o bom funcionamento do sistema nervoso e muscular e do coração; B2 - importante para olhos, células
nervosas e metabolismo de carboidratos, das gorduras e das proteínas; e B3 - fundamental para manter a pele
saudável, o sistema nervoso e o aparelho digestivo em bom funcionamento, além
de contribuir para a diminuição do colesterol). Ele possui ainda fibras e
metionina - aminoácido que ajuda a processar gorduras e preservar a função
hepática. Segundo a Embrapa, os aminoácidos do arroz são mais nutritivos que os
de outros cereais, como milho e trigo, e o alimento concentra menos de 1% de
gordura.
Feijão
O feijão é um alimento básico para o brasileiro. A média
atual de consumo de feijão é de 12,7 kg percapita/ano. A preferência do
consumidor é regionalizada e diferenciada, principalmente quanto à cor e ao
tipo de grão. O feijoeiro comum é cultivado ao longo do ano na maioria dos
estados brasileiros, proporcionando assim constante oferta do produto no
mercado. É cultivado tanto em culturas de subsistência quanto em cultivos
altamente tecnificados. A Região Sul ocupa lugar de destaque no cenário
nacional, seguida, respectivamente, pelas Regiões Sudeste, Nordeste,
Centro-Oeste e Norte.
Ao consumir feijão, adquirimos os
seguintes benefícios: fonte de vitaminas B1,
B2, B3
e B9 (colabora para o bom funcionamento do
sistema nervoso e da medula óssea); em proteínas e minerais (potássio, ferro,
fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio) e lisina, aminoácido essencial
(aquele que o corpo não produz, mas é necessário ao organismo), que contribui
para o crescimento de crianças e adolescentes e para a restauração de tecidos.
O Guia Alimentar do Ministério da
Saúde prevê a ingestão de arroz e feijão todos os dias. Uma proporção ideal é
uma porção de feijão para três de arroz. O consumo diário desses alimentos
também ajuda a prevenir doenças. A fibra do arroz e a do feijão reduzem o risco
de distúrbios cardiovasculares, diabetes, câncer de cólon, entre outros. E
mais: contribuem para um melhor funcionamento do intestino.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Cozzolino, SMF.
Biodisponibilidade de nutrientes. 1 ed. São Paulo: Manole, 2005; p.736-787
Guia Alimentar para a População Brasileira,
2006. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/guia_conheca.phpAcessado em:
10/01/2013.
Pinheiro, BS. Arroz e feijão: propriedades
nutricionais e benefícios à saúde. Disponível em: www.agricultura.gov.br Acessado em: 09/01/2013.
Phillippi, ST. Cereais, Massas e Pães.
Nutrição e Técnica Dietética. 1 ed. Manole:
Barueri,SP, 2003. p.37-56.
Phillippi, ST. Leguminosas. Nutrição e
Técnica Dietética. 1 ed. Manole: Barueri,SP, 2003.
p.145-151.
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