Alimentos Diet
De acordo com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária - ANVISA, o termo diet
pode ser utilizado nos seguintes produtos:
1)
Alimentos para dietas com restrição de nutrientes, como por exemplo:
carboidratos, gorduras, proteínas, sódio, glúten, entre outros.
2)
Alimentos para dietas com ingestão controlada de nutrientes (para manutenção de
peso ou controle de açúcares, entre outros). Estes alimentos não podem ter a
adição de nutrientes. Assim, alimentos para ingestão controlada de açúcar não
pode haver inclusão desse nutriente. Sendo permitida apenas a existência de
açúcar natural do alimento.
Quando a palavra diet está estampada
no rótulo de um alimento ou bebida, significa que existe a ausência total de
algum ingrediente, que pode ser o açúcar, o sal, a gordura, etc. Produtos
específicos para diabéticos devem ser totalmente isentos de açúcar; para
pessoas com problemas cardiovasculares, deve-se ter restrição de gorduras; para
os hipertensos, produtos que não contenham sal.
Isso nem sempre quer dizer que
ocorra uma redução nas calorias do produto. Podemos citar os chocolates diet,
nos quais todo o açúcar utilizado na sua fabricação é substituído por
adoçantes. Mas o que poucos sabem é que a troca do açúcar por adoçantes no
momento da fabricação modifica em grande parte a estrutura do alimento. Os
fabricantes acabam adicionando mais gordura, o que faz com que o total de
calorias do chocolate diet fique equivalente ao do chocolate convencional.
É
por esse motivo que o consumo de chocolates e também de outros produtos ricos
em gordura deve ser moderado, uma vez que a ingestão inadequada desse nutriente
altera o controle glicêmico. O produto
não é o problema, mas sim o possível excesso de consumo do mesmo. Mais uma vez
entra em destaque a importância da alimentação balanceada,
mesmo quando falamos de produtos sem adição de açúcar.
Alimentos Light
Os alimentos considerados light são aqueles com baixo teor de
componentes (sódio, açúcar, gorduras, colesterol) e mesmo de calorias. Quer
dizer, há redução na quantidade, mas não isenção total, como ocorre com os
diet. Esses alimentos não possuem como finalidade atender às necessidades de
alguém diabético, por exemplo, que não pode ingerir nenhuma quantidade de
açúcar. Também não estão indicados para dietas específicas.
Para serem classificados como light é preciso que o produto tenha uma
redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente e/ou
caloria em relação ao alimento convencional. No caso de alimento sólido, no que
se refere às calorias, o valor total da redução deve ser no mínimo de 40
calorias para cada 100g de alimentos. Para alimentos líquidos, esse valor
diminui para 20 calorias.
Assim como os diet, os alimentos light
também podem causar confusão. Existem certos adoçantes light que podem colocar
em risco a saúde de pessoas diabéticas, pois contêm açúcares em sua composição
(vide post sobre adoçantes). É fundamental também que o rótulo do alimento
acuse o nutriente cuja quantidade está sendo reduzida com o objetivo de tornar
o alimento light.
A real diferença entre diet e light
está na quantidade permitida de nutrientes. Enquanto que o diet precisa ser
isento 100%, o light deve apresentar uma diminuição mínima de 25% de nutrientes
ou calorias. Outra diferença, é que o alimento light não é, necessariamente,
indicado para pessoas que apresentem algum tipo de doença (diabetes, colesterol
elevado,celíacos, fenilcetonúricos). Se, o alimento light apresentar eliminação
de um determinado nutriente, por exemplo, açúcar (refrigerante light), poderá
ser consumido por pessoas com diabetes.
Importante lembrar que esses produtos
devem ser consumidos nas porções recomendadas. Geralmente as pessoas acreditam
que podem consumir mais, por
ter menos calorias.
ter menos calorias.
Alimentos “Zero”
O termo “zero”
significa que o produto tem como característica a ausência do açúcar em sua
composição e possui combinações de ingredientes que buscam a semelhança do
produto original. Quando comparados aos produtos diet, não observa-se a diferença
nesse aspecto, pois também apresentam a isenção de alguma substância presente
no alimento original, a exemplo do açúcar. A única mudança entre “zero” e
“diet” é que os alimentos “zero” geralmente possuem menos quilocalorias que os
produtos originais.
Ler os rótulos dos produtos e compará-los com o alimento convencional será a melhor forma de verificar se eles atendem as suas necessidades. Portanto solicite ao seu nutricionista que o oriente a leitura de rótulos dos produtos e fique sempre atento na hora da compra, pois como estes podem ter maior custo, quando comparados com os convencionais, você poderá gastar mais por um produto, sem que haja necessidade de ser substituído.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Branco, FC. Alimentos Diet e Light. Sociedade
Brasileira de Diabetes. Disponível em: www.sbd.org.br
Acessado em: 06/05/2013.
Costa, AA; Neto, JSA. Alimentos dietéticos
(diet ou light). Manual de diabetes. 4 ed. São Paulo: Sarvier 2004, p. 53.
Manual de orientação aos consumidores –
Educação para o consumo saudável. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Disponível em: www.anvisa.gov.br
Acessado em: 06/05/2013.
Salgado, JM. Alimentos diet x light: saiba
quais são as diferenças. Alimentos Inteligentes. 1 ed. São Paulo: Prestígio
2005, p.135-139.
Strufaldi, MB. Alimentos Diet, Light e Zero: Nutricionista Explica por que não Devemos
Exagerar. Associação de Diabetes Juvenil. Disponível em: www.adj.org.br Acessado em: 06/05/2013.
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