Segundo
a Organização Mundial da Saúde, adolescência é o período de transição entre a
infância e a vida adulta, compreendendo a idade de 10 a 19 anos e 11 meses. No
Brasil, os adolescentes representam 21% da população, totalizando mais de 35
milhões de habitantes segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) do ano de 2000.
Este estágio de vida é caracterizado
pelas intensas mudanças corporais da puberdade e pelos impulsos do
desenvolvimento emocional, mental e social. Todas essas mudanças vão ocorrendo
durante a infância sob as influências favoráveis ou desfavoráveis do meio
ambiente e do contexto social e terminam com o completo crescimento físico e a
maturação sexual, a consolidação da personalidade e a integração do indivíduo
em seu grupo social.
A atividade anabólica é intensa
durante a puberdade, pois além do aumento nos índices antropométricos (peso e
altura), há um aumento na massa magra, mudanças na quantidade e distribuição de
gordura e desenvolvimento de órgãos e sistemas internos. O aumento de peso
neste período contribui com 50% do peso final na vida adulta, portanto há
aumento da necessidade energética correlacionada com o desenvolvimento da massa
livre de gordura. Homens ganham mais massa magra, que tem uma atividade
metabólica mais elevada do que o tecido adiposo, enquanto mulheres depositam
mais massa gorda.
Além das mudanças fisiológicas, o
comportamento alimentar sofre grandes alterações durante o desenvolvimento
puberal. Embora ocorra aumento na ingestão de nutrientes, este comportamento
alimentar pode ser modificado como um resultado às mudanças de estilo de vida
ou atividade física.
O aumento da prevalência
de sobrepeso e obesidade em idades cada vez mais precoces tem despertado a
preocupação de pesquisadores e profissionais da área de saúde, em razão dos
danos e agravos à saúde provocados pelo excesso de peso, tais como hipertensão
arterial, cardiopatias, diabetes, hiperlipidemias, dentre outras.
Em 2004, a estimativa de excesso
de peso entre crianças e adolescentes era de 10%; destes, 25% eram jovens
obesos. Estudo realizado por
Wang et al. em países com
diferentes estágios de desenvolvimento socioeconômico revelou aumento
significativo na prevalência de sobrepeso entre crianças e adolescentes nas
últimas décadas. Entre os adolescentes, foram observados incrementos de
magnitude importante: 62% nos Estados Unidos (de 16,8% para 27,3%) e 240% no
Brasil (de 3,7% para 12,6%).
Estado Nutricional
É complexa a avaliação o estado
nutricional de adolescentes por meio de antropometria, devido à variabilidade
do crescimento e das dimensões corporais que dependem da idade, gênero e
maturação sexual. O uso do índice de massa corporal (IMC) para classificação do
estado nutricional nessa população vem sendo estudado por ser uma medida
simples e de menor custo, portanto mais viável para utilização em grandes
populações.
Os critérios para determinação de
excesso de peso e de obesidade na adolescência variam em diferentes estudos,
mas o IMC tem sido o indicador mais utilizado para a triagem do estado
nutricional em adolescentes.
Apesar do IMC ser um método de
avaliação nutricional de baixo custo e fácil realização, tem como limitação a
não distinção dos diferentes componentes da massa corporal (água, massa
muscular, massa adiposa). Além disso, no adolescente, diferentemente do adulto,
não se utilizam pontos de corte estabelecidos com base na predição de
morbidades ou mortalidade. Na avaliação nutricional do adolescente, pode-se
comparar o IMC com uma distribuição de referência, dos percentis do IMC por
gênero e estágio de vida.
A Organização Mundial de Saúde
define “adolescente em risco de excesso de peso”, utilizando como ponto de
corte o percentil igual ou maior que 85 e menor que 95 de IMC por idade e
gênero, e para diagnóstico de obesidade, o percentil igual ou maior que 95, com
base nos valores antropométricos da população americana, coletados no I
National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES I).
Gráfico de IMC X Idade para meninas de 5 a 19
anos:
Gráfico de Altura x Idade para meninas de 5 a
19 anos:
Gráfico de IMC x Idade para meninos de 5 a 19
anos:
Gráfico de altura x idade para meninos de 5 a
19 anos:
Consumo Alimentar
Os adolescentes são vulneráveis do
ponto de vista nutricional em virtude de apresentarem comportamentos
alimentares inadequados entre eles, omitir refeições, especialmente o café da
manhã, consumir mais alimentos entre as principais refeições, aumentando a
ingestão de açúcares e gorduras saturadas e diminuindo a de vitaminas e
minerais. Adolescentes do sexo feminino, insatisfeitas com a imagem corporal,
frequentemente seguem dietas com restrição energética. Esses hábitos adquiridos
na adolescência podem submetê-los a risco nutricional, inclusive na idade
adulta.
É na adolescência que padrões
alimentares são estabelecidos, constituindo a base do hábito alimentar na idade
adulta. O conhecimento do consumo alimentar do adolescente se faz necessário
para avaliar quais segmentos podem estar em risco nutricional pelo baixo ou
excessivo consumo.
As principais
características alimentares dos adolescentes estão, também, em sintonia com um
mundo globalizado. O consumo de alimentos em estabelecimentos do tipo “fast
food” é bastante difundido em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Além
deste fato, o baixo consumo de alimentos ricos em fibras e micronutrientes,
como frutas e hortaliças, também exerce predomínio entre os adolescentes
brasileiros.
É importante
lembrar também que frequentemente o consumo de alimentos ricos em lipídios como
pizzas, sanduíches, pipocas e salgadinhos está associado a comportamentos
sedentários como hábito de assistir à televisão, potencializando assim o ganho
de peso.
O consumo de
bebidas adicionadas de açúcar, particularmente os refrigerantes, tem sido
apontado como um importante fator de risco para o ganho de peso em razão de seu
baixo poder de saciedade e elevado conteúdo de açúcares.
A formação de
hábitos alimentares incorretos tem início ainda na infância, e muitas vezes os
próprios pais contribuem para a adoção de hábitos não saudáveis. O início da
alimentação complementar nos primeiros meses de vida, com a oferta de bebidas
adicionadas de açúcar como chás e sucos naturais (muitas vezes adoçados desnecessariamente)
é uma prática comum, capaz de comprometer a alimentação da criança inclusive na
fase adulta. Outro problema recorrente é a oferta de doces como recompensa pelo
bom desempenho ou por ter se alimentado bem. Essas atitudes podem fazer com que
o consumo de alimentos ricos em açúcar se torne uma rotina na vida das
crianças, sendo que dificilmente tais hábitos serão modificados na adolescência
ou na vida adulta.
Nas abordagens
dietéticas para o tratamento ou prevenção da obesidade, o estímulo ao consumo
de alimentos ricos em nutrientes, tais como frutas e vegetais, é percebido como
uma importante medida para a manutenção do peso corporal em razão de sua baixa
densidade energética, elevado conteúdo de fibras e poder de saciedade.
Fonte: Philippi, ST.
et al. 1999.
Atividade
Física
A falta de
exercício físico também tem sido ressaltada como importante causa de ganho de
peso em adolescentes do mundo todo. Dentre as atividades que contribuem para o
comportamento sedentário entre os adolescentes, destacam-se o tempo despendido
assistindo TV e utilizando o computador ou videogame. Há associação positiva
entre o tempo gasto com essas atividades e o peso do indivíduo. Em
contrapartida, a prática regular de atividade física favorece a perda de peso.
Recomenda-se que
os jovens se envolvam, diariamente, por cerca de 60 minutos ou mais em
atividades físicas pelo menos cinco vezes por semana.
Evidências
confirmam que a prática de atividade física entre crianças e adolescentes
apresenta uma relação inversa com o risco de doenças crônicas
não-transmissíveis, dentre elas a obesidade, além de exercer um efeito positivo
na qualidade de vida. A importância de se manter uma vida ativa também se
justifica no fato de os padrões de atividade na adolescência determinarem parte
dos níveis de atividade física na idade adulta.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Andrade, SC. Índice de qualidade
da dieta e seus fatores associados em adolescentes do Estado de São Paulo.
[Dissertação de Mestrado] Universidade de São Paulo – USP, 2007.
Dalabona, CC. Comportamentos
associados ao excesso de peso em adolescentes do município de São Paulo.
[Dissertação de Mestrado] Universidade de São Paulo – USP, 2008.
Enes, CC; Slater, B. Obesidade na
adolescência e seus principais fatores determinantes. Rev Bras Epidemiol 2010;
v.13, n.1, p.163-171.
Enes, CC. Consumo alimentar e
padrão de atividade física como determinantes do estado nutricional: um estudo
longitudinal com adolescentes. [Tese de Doutorado] Universidade de São Paulo –
USP, 2010.
Leal, GVS. Consumo alimentar,
estado nutricional e nível de atividade física de adolescentes do Projeto
Ilhabela –SP. [Dissertação de Mestrado] Universidade de São Paulo – USP, 2008.
Leal, GVS; Philippi, ST; Matsudo, SMM; Toassa, EC. Consumo
alimentar e padrão de refeições de adolescentes, São Paulo, Brasil. Rev Bras
Epidemiol 2010, v.13, n.3; p.457-467.
Philippi, ST; Latterza, AR; Cruz,
ATR; Ribeiro, LC. A pirâmide alimentar adaptada: guia para a escolha dos
alimentos. Rev Nutr 1999, v.12; p.65-80
Um comentário:
Portanto, é possível que a doença do HIV possa ser curada porque fui enganada tantas vezes até que me deparei com esse grande homem, Dr. Akhigbe, que me ajudou a princípio, nunca acreditei em todo esse comentário e postei sobre ele e fiquei muito doente porque sofri estiver infectado com HIV / AIDS nos últimos dois anos, apenas nos últimos dois meses eu continuo lendo o testemunho sobre esse homem chamado Dr. Akhigbe, eles disseram que o homem é tão poderoso que ele curou diferentes tipos de doenças, eu continuo monitorando seu post de algumas pessoas sobre esse homem e eu descobri que ele era real, então decidi fazer um teste. Entrei em contato com ele para pedir ajuda e ele disse que me ajudaria a obter minha cura. Tudo o que eu precisava era enviar dinheiro para ele se preparar o medicamento após o qual ele será enviado a mim através dos serviços de entrega da DHL, o que eu fiz para minha maior surpresa, ele me deu instruções para seguir como beber, depois de três semanas eu deveria fazer um check-up, depois de tomar o medicamento e seguir Como ele foi instruído após três semanas, voltei ao hospital para outro teste; no começo, fiquei chocado quando o médico me disse que eu era negativo; peço ao médico que verifique novamente e o resultado ainda era o mesmo negativo que era como do VÍRUS DO HIV, após o choque, eu decidi vir e compartilhar meu próprio testemunho com você para aqueles que pensam que não há cura para o VÍRUS HIV, a cura, como finalmente sair, pare de duvidar e entre em contato com o Dr. Akhigbe via e-mail drrealakhigbe@gmail.com Ele também é perfeito para curar DIABÉTICOS, HERPES, HIV / AIDS, ALS, CÂNCER, HEPATITE AEB, ASMA, DOENÇA CARDÍACA, DOENÇA CRÔNICA. Náusea, vômito ou diarréia, doença renal, picada de aranha, lúpus, infecção externa, resfriado comum, dor nas articulações, epilepsia, acidente vascular cerebral, doença de estômago. ECZEMA, COMENDO O TRANSTORNO etc, acredite em mim que a doença mortal não é mais uma sentença mortal porque o dr akhigbe tem a cura. O padrinho da raiz das ervas.
email: drrealakhigbe@gmail.com número whatsapp. 2348142454860 site: https://drrealakhigbe.weebly.com
Postar um comentário