A
ausência de cuidados básicos de higiene em uma cozinha pode levar a diversas
doenças transmitidas por alimentos contaminados.
As esponjas empregadas na higiene da
cozinha são um ótimo meio de crescimento para os microorganismos, pois oferecem
nutrientes – restos de alimentos – e umidade. Por isso devem ser trocadas
semanalmente ou, no máximo, a cada 15 dias e higienizadas diariamente no final
do dia com solução clorada seguida de enxágue. É importante destacar que devem
ser compostas de material sintético, e já existem no mercado com a mesma
abrasividade que as esponjas de aço.
Devemos lavar, após o uso, com água
e detergente e em seguida secar. Uma vez ao dia, é preciso mergulhá-la em
solução sanitária, com duas colheres de sopa de água sanitária para um litro
d’água. Não esqueça de guardá-la em local seco.
Buchas vegetais podem ser uma boa
opção no lugar das esponjas industriais. São ecológicas, orgânicas,
biodegradáveis e devem ser limpas da mesma forma que as demais.
Os panos de secagem (“panos de
prato”) devem ser trocados no mínimo, diariamente, e identificados de acordo
com a finalidade (para utensílios, mãos, chão, equipamentos) e devem estar
sempre limpos e em bom estado de conservação. Devemos lembrar que as bactérias
são invisíveis a olho nu, ou seja, nós não conseguimos vê-las e, por mais que a
esponja e o pano estejam com uma aparência de limpa e nova, o número desses
microorganismos pode estar elevado, trazendo contaminações aos utensílios e, consequentemente, aos alimentos.
Estes panos devem ser trocados assim
que estiverem molhados ou, se possível, substituídos por panos descartáveis ou
papel absorvente.
Para desinfetar o pano de limpeza,
proceda da seguinte forma: duas colheres de sopa de água sanitária para um
litro d’água e deixe o pano dentro da solução por 10 minutos. Depois de bem
lavado e seco, use o ferro de passar para eliminar eventuais focos bacterianos
mais resistentes.
As tábuas de corte acumulam
reentrâncias, que são locais nos quais as bactérias se hospedam. As tábuas de
plástico são as mais recomendadas, pois as de madeira colaboram com o
crescimento microbiano devido à sua composição, não permitindo uma higienização
perfeita.
As tábuas de plástico devem ser
lavadas com água, sabão e esponja e, após secagem, higienizadas com
pulverização de álcool a 70% ou a partir da imersão em solução clorada durante
15 minutos. A tábua (ou qualquer outro utensílio) deve ser completamente
mergulhada nesta solução. Após o molho, os utensílios devem ser enxaguados com
água limpa e secados naturalmente ou com panos de prato limpos e específicos
para a secagem. Depois, devem ser guardados em local fechado e livre fontes de
contaminação. Se isso não for possível, antes do uso, o utensílio deve ser
novamente higienizado.
O álcool 70% é a diluição do álcool
de 92,8° INMP, e pode ser preparado da seguinte forma: após a compra de 1L de
álcool 92,8° INMP, retirar aproximadamente 250mL (1 xícara de chá) desse álcool
e completar o volume do frasco com uma xícara de água. O álcool diluído demora
mais para secar ficando tempo suficiente em contato com a superfície que está
sendo higienizada, o que torna o processo mais eficaz. O álcool diluído pode
ser colocado em um pulverizador para facilitar a sua aplicação.
A solução clorada pode ser preparada
adicionando-se 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio com uma concentração de
cloro ativo de 2,5% em 1 litro de água.
A colher de pau e até o rolo de
macarrão devem ser trocados, pois a madeira acumula matéria orgânica e absorve
umidade, o que é favorável para a multiplicação das bactérias. Além disso, não
há como desinfetar objetos a base de madeira porque a umidade fica retida
neles.
A lixeira da cozinha não deve ficar
sobre a pia, pois a proximidade com os utensílios e alimentos que estão sendo
preparados pode causar contaminação. A lixeira deve estar no chão, conter um
saco de plástico próprio e possuir a abertura via pedal para evitar a
contaminação das mãos.
Devemos manter as bancadas sempre
higienizadas e secas, pois as bactérias não se multiplicam rapidamente em
ambientes secos. As bancadas de preparo de alimentos devem ser higienizadas
após cada preparação para evitar a contaminação cruzada, que pode ocorrer entre
os alimentos crus e cozidos, ou entre alimentos e utensílios.
A rigor, cada tipo de pia se limpa
de um jeito. Mas, de modo geral, você pode adotar alguns cuidados que valem
para todas elas: lave com esponja e detergente e enxágue. Em seguida, passa um
pano embebido numa solução de duas colheres de sopa de água sanitária para um
litro d’água. Seque muito bem.
Os cuidados que devemos ter na
preparação dos alimentos são essenciais para que se mantenha sua integridade e
segurança. Dessa forma, os riscos de contaminações por microorganismos são
minimizados, garantindo a saúde do consumidor.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Silveira,
MF; Missura, LC. Higiene na cozinha. Grupo de Extensão em Segurança dos
Alimentos – GESEA. Disponível em: www.esalq.us.br
Acessado em: 17/06/2013.
Figueiredo,
RM. As armadilhas de uma cozinha. 1 ed. Editora Manole: São Paulo, 2006, p.
157-176.
Figueiredo,
RM; Belluomini. Dr. Bactéria – Um guia para passar a sua vida a limpo. 1 ed.
Editora Globo: São Paulo, 2007, p. 18-26.
Oliveira,
YS; Silva, MC; Lima, AP. Saiba como manter as bactérias longe da cozinha.
Disponível em: www.senado.gov.br
Acessado em: 24/06/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário