O cálcio é o
mineral mais abundante no corpo humano. Cerca de 99% deste nutriente
está localizado nos ossos e dentes. Além de formar e manter o esqueleto humano, também participa do processo de coagulação sanguínea, contração muscular, secreção de hormônios, regulação de reações enzimáticas, sendo fundamental para a comunicação entre as células.
está localizado nos ossos e dentes. Além de formar e manter o esqueleto humano, também participa do processo de coagulação sanguínea, contração muscular, secreção de hormônios, regulação de reações enzimáticas, sendo fundamental para a comunicação entre as células.
A ingestão inadequada de cálcio é um
problema mundial, sobretudo entre as populações idosas, e está associada com
várias desordens médicas, como a osteoporose, cânceres de cólon e de mama e
cálculos renais. Portanto, recomenda-se à população em geral, aumento na
ingestão de cálcio com o objetivo de diminuir os riscos dessas doenças
crônicas.
A regulação dos níveis plasmáticos é
alcançado por meio de uma interação de hormônios calcicotrópicos como
paratormônio (PTH) e dihidrocolecalciferol (vitamina D3) e calcitonina, que atuam em
receptores específicos nos rins, ossos e intestino e mantém o equilíbrio entre as
três formas de cálcio (ligado à proteínas, complexado com citrato, fosfato ou
bicarbonato e íons livres). A secreção destes hormônios é controlada pelas
concentrações plasmáticas de cálcio ionizado, em um sistema de “feedback”
negativo. Quando existe uma diminuição da concentração, ocorre a secreção de
paratormônio, que mobiliza o cálcio dos ossos e aumenta a sua reabsorção renal,
além de promover a ativação de vitamina D em calcitriol que por sua vez atua
não apenas na reabsorção renal e retirada de cálcio dos ossos, mas também
aumenta a absorção intestinal. Um aumento da concentração plasmática de íons de
cálcio estimula a secreção de calcitonina, que favorece o depósito de cálcio
nos ossos e aumenta a excreção renal.
Do total de cálcio ingerido na dieta, somente uma fração
é absorvida (25 a 35%). Os alimentos
mais ricos em cálcio e que possuem maior absorção pelo organismo, são o
leite e seus derivados, pois contém vitamina D e lactose (açúcar do leite).
Porém, o cálcio também pode ser encontrado nas folhas verdes escuras
(espinafre, couve-manteiga, brócolis), na sardinha, mariscos, amêndoa, etc.
O excesso de cálcio também pode
ocorrer e está associado a ingestão acima de 2g/dia do mineral, hiperabsorção
no intestino, tratamento de úlceras pépticas com leite e antiácidos álcalis.
O cálcio pode ser perdido nas fezes,
por meio de descamação endotelial, secreções pancreáticas e biliares, pela
urina e, em pequena escala, pela pele e pelo suor. Os rins reabsorvem de 98 a
99% do cálcio filtrado. Variações nas quantidades excretadas devem-se à idade
(diminui em pessoas idosas) e sexo (maior excreção em homens e em mulheres em
menopausa). A excreção também aumenta com altos consumos de sódio e proteína.
As necessidades diárias de
ingestão variam conforme a faixa etária, sendo maior nos adolescentes. A
recomendação diária para adultos (homens e mulheres) é de 1.000 mg/dia, já para
os adolescentes é de 1.300 mg/dia.
Assim, crianças e adolescentes devem ingerir alimentos ricos em cálcio,
pelo menos 2-3 vezes ao dia, que ajudará na prevenção da osteoporose e outras doenças.
Para atingir a recomendação
adequada a cada faixa etária, é necessária a ingestão de pelo menos três
porções diárias de: 1 copo de 200 ml de leite integral, que contém 240 mg
de cálcio; 1 fatia média de queijo minas, que contêm 310 mg ou 1 unidade de 200 ml de iogurte natural, que contém
300 mg de cálcio, entre outras.
Os baixos níveis de cálcio
podem ser reflexos de dietas com deficiência de cálcio, excesso de fibras,
deficiência de vitamina D e de boro, excesso de fósforo ou má absorção
intestinal.
Raquitismo |
O cálcio não pode ser absorvido sem a vitamina D,
que é produzida pela pele em resposta a exposição à luz solar ou pode ser
proveniente da dieta. Se a criança apresentar a carência de vitamina D, pode
estabelecer uma patologia conhecida por raquitismo. Esta é caracterizada por uma mineralização
defeituosa com redução do conteúdo mineral do osso, ou seja, com os ossos
moles, as pernas podem ficar arqueadas e desenvolverem más formações na cabeça
e no tórax.
Os
primeiros sinais da deficiência de cálcio na infância manifestam-se no sistema
nervoso: a criança fica irritada, agitada, com sono escasso e sudorese
abundante. Além disso, pode apresentar retardamento no crescimento, palidez e
emagrecimento. A criança pode deparar com um atraso no desenvolvimento motor,
diminuição da força muscular, debilidade dos músculos abdominais podendo
apresentar hérnia umbilical, constipação intestinal ou cáries dentárias.
Nesta
fase pediátrica, os ossos estão em intenso processo de remodelação e as
necessidades de cálcio são aumentadas devido ao processo de crescimento. Assim,
uma alimentação equilibrada, contendo quantidade suficiente de cálcio, em
associação com outras medidas de prevenção é essencial. Os benefícios
potenciais da dieta rica em cálcio e dos exercícios físicos efetuados durante a
infância e adolescência, são comportamentos que formam a base de um estilo de
vida saudável relacionado à massa óssea.
As
informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento
presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas,
psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente,
para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Esteves, EA; Rodrigues, CAA; Paulino, EJ.
Ingestão dietética de cálcio e adiposidade em mulheres adultas. Rev Nutr. 2010;
v.23, n.4: p. 543-552.
Tórmena, TF. Cálcio: ingestão, recomendação e
deficiências. Disponível em: www.nutrociencia.com.br
Acessado em: 10/02/2014.
Ybarra, LM; Costa, NMB; Ferreira, CLLF.
Interação cálcio e ferro: uma revisão. Rev Soc Bras Alim Nutr 2001; v.22, p.
85-107.
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