Conhecido popularmente como, vinagreira,
rosela, azedinha, caruru-da-guiné, azeda-da-guiné, quiabo-azedo, quiabo-róseo,
quiabo-roxo, rosélia, groselha, quiabo-de-angola. O hibisco é uma espécie
vegetal da família Malvaceae proveniente
da África Oriental e foi introduzido ao Brasil pelos escravos.
Em muitos países o hibisco é utilizado
como decoração e em outros, as sementes e os cálices são utilizadas ao consumo
humano. Na maioria dos casos é cultivado para a produção de infusões que são
consumidas como chás. A sua cor vermelha brilhante e o seu sabor único o torna
um produto alimentício de valor.
É um alimento funcional nos países
da Ásia (Japão, China, Coréia e Taiwan), usado na medicina tradicional para os
males da hipertensão, inflamação e na prevenção do câncer.
As folhas de hibisco in natura são uma
ótima opção para incrementar e deixar sua salada ainda mais nutritiva e gostosa
uma vez que são ricas em sais minerais e aminoácidos, além de conter
quantidades significativas de vitaminas A e B1.
O interesse econômico está nos cálices
desidratados mundialmente para a produção de bebidas (como chás), geleias,
molhos, vinhos conservantes e corantes (devido a presença de antocianinas).
O chá do cálice do hibisco é
diurético, anti-séptico intestinal e um laxante suave, contra doenças nervosas e
cardíacas, pressão alta e artérias calcificadas. Contêm uma alta concentração
de antocianinas e uma boa fonte de antioxidante. O hibisco é uma fonte de
fitoesteróis e polifenóis. As duas principais antocianinas do hibisco são a
delfinidina 3-sambubiosídeo (85% de antocianina) e a cianidina 3-
sambubiosídeo.
As antocianinas possuem atividade
antioxidante, anti-cancerígena, proteção contra a aterosclerose, inibem a
agregação plaquetária, melhoram a função visual, possuem propriedades vaso
protetoras e poderiam exercer efeitos neurológicos benéficos.
As sementes de hibisco tem
representado um subproduto de grande valia. Isso se deve ao fato de que alguns
estudos mostraram que estas podem ser potenciais fontes de compostos
antioxidantes.
A análise de ácidos graxos nas
sementes revelou que o ácido linoleico, oleico, palmítico e esteárico foram os
seus componentes principais e o potássio, magnésio, sódio e cálcio também podem
ser encontrados em níveis significativos na semente.
O consumo de sementes de hibisco
reduziu o colesterol total e o LDL (colesterol ruim) quando administrados em
ratos que continham o colesterol alto.
O chá de hibisco contém uma quantidade
significativa de fibras alimentares, é rico em cálcio, niacina, ferro, magnésio
e vitaminas A e C. Possui também boas quantidades de polissacarídeos, açúcares
redutores, incluindo a glicose e a frutose e ácidos como o tartárico succínico,
málico, oxálico, cítrico e hibíscico.
Os flavonoides e em especial as
antocianinas possuem excelente atividade antioxidante auxiliando assim nosso
organismo a combater os radicais livre e consequentemente reduzindo as chances
de danos às nossas células. Dessa forma, o chá de hibisco é uma ótima
alternativa na prevenção de doenças crônicas como as cardiovasculares e o
câncer.
OBS: O chá de hibisco, assim como diversos
fitoterápicos, é contra-indicado durante a gestação e lactação segundo a
Resolução SES/RJ N° 1757 de 18 Fevereiro de 2002. O hibisco possui substâncias
que estimulam o útero, podendo ser abortiva.
As informações contidas neste
blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais
da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos
e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Bachiega, P. Hibisco: Saúde em Flor. Grupo de
Estudos em Alimentos Funcionais. Disponível em: www.alimentofuncional.webnode.com
Acessado em: 24/01/2014.
Maciel, MJ. Avaliação do extrato alcoólico de
Hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) como fator de proteção antibacteriana e
antioxidante em alimentos. [Tese de Mestrado] Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS, 2011.
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