A linhaça (Linum Usitatissimum L.)
é de origem asiática, mas é cultivada em várias partes do mundo. Existe a
semente de linhaça marrom e a dourada, as quais possuem teores semelhantes de
nutrientes.
A semente de linhaça contém de 35-45% de óleo, o qual possui de 9-10% de
ácidos graxos saturados (palmítico e esteárico), cerca de 20% de ácidos graxos
monoinsaturados (principalmente o w-6), e mais de 70% de ácido graxo alfa-linolênico
(w-3). O teor de proteína da linhaça varia entre 20-30% e são dotadas de alta
digestibilidade (89,6%) e valor biológico (77,4%). O teor de fibra dietética atinge
28% em peso de semente inteira, sendo composta por fibras solúveis e
insolúveis.
Os nutrientes que mais
chamam a atenção na linhaça são as fibras, o ácido graxo ômega 3 e as lignanas. Desta forma, este alimento possui
diversos benefícios para a saúde como a redução do LDL-colesterol, atividade
antioxidante, redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes,
osteoporose e sintomas da menopausa, além de desempenharem um papel
significativo na proteção contra câncer de mama, de próstata, de cólon e de outros
tipos de câncer. Além disso, a linhaça possui efeito antiinflamatório e
auxilia no funcionamento do intestino.
Recomenda-se uma ingestão
de 30g por dia de linhaça ou 1 colher de sopa. A linhaça pode ser utilizada com
uma grande variedade de alimentos. O farelo de linhaça pode ser consumido
misturado a frutas ou sucos de fruta, iogurtes, vitaminas e outros alimentos. O
óleo de linhaça pode ser consumido como tempero de salada ou junto com o prato
quente, e a semente pode ser incorporada a diversas receitas como de pães,
bolos e molhos para salada.
Sendo assim, a linhaça
associada a uma dieta saudável pode trazer inúmeros benefícios para a saúde. No
entanto, é importante procurar um nutricionista para avaliar a sua utilização.
Texto elaborado por: June Carnier
Doutora em Ciências pelo
Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de São Paulo
(04/2012).
Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição da
Universidade Federal de São Paulo (2008).
Graduada em Nutrição pelo Centro
Universitário São Camilo (2006).
Experiência na área de obesidade, transtornos
alimentares e equipe interdisciplinar.
As informações contidas neste
blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais
da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos
e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
bibliográficas
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