quinta-feira, 6 de março de 2014

Linhaça

A linhaça (Linum Usitatissimum L.) é de origem asiática, mas é cultivada em várias partes do mundo. Existe a semente de linhaça marrom e a dourada, as quais possuem teores semelhantes de nutrientes.
A semente de linhaça contém de 35-45% de óleo, o qual possui de 9-10% de ácidos graxos saturados (palmítico e esteárico), cerca de 20% de ácidos graxos monoinsaturados (principalmente o w-6), e mais de 70% de ácido graxo alfa-linolênico (w-3). O teor de proteína da linhaça varia entre 20-30% e são dotadas de alta digestibilidade (89,6%) e valor biológico (77,4%). O teor de fibra dietética atinge 28% em peso de semente inteira, sendo composta por fibras solúveis e insolúveis.
 
Os nutrientes que mais chamam a atenção na linhaça são as fibras, o ácido graxo ômega 3 e as lignanas. Desta forma, este alimento possui diversos benefícios para a saúde como a redução do LDL-colesterol, atividade antioxidante, redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose e sintomas da menopausa, além de desempenharem um papel significativo na proteção contra câncer de mama, de próstata, de cólon e de outros tipos de câncer. Além disso, a linhaça possui efeito antiinflamatório e auxilia no funcionamento do intestino.
 
Recomenda-se uma ingestão de 30g por dia de linhaça ou 1 colher de sopa. A linhaça pode ser utilizada com uma grande variedade de alimentos. O farelo de linhaça pode ser consumido misturado a frutas ou sucos de fruta, iogurtes, vitaminas e outros alimentos. O óleo de linhaça pode ser consumido como tempero de salada ou junto com o prato quente, e a semente pode ser incorporada a diversas receitas como de pães, bolos e molhos para salada.
 
Sendo assim, a linhaça associada a uma dieta saudável pode trazer inúmeros benefícios para a saúde. No entanto, é importante procurar um nutricionista para avaliar a sua utilização.

 Texto elaborado por: June Carnier
Pós-doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de São Paulo. 
Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (04/2012).
Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (2008).
Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (2006). 
Experiência na área de obesidade, transtornos alimentares e equipe interdisciplinar.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências bibliográficas

-Herchi W, Arráez-Román D, Trabelsi H, Bouali I, Boukhchina S, Kallel H, Segura-Carretero A, Fernández-Gutierrez A. Phenolic compounds in flaxseed: a review of their properties and analytical methods. An overview of the last decade. J Oleo Sci. 2014, 8;63(1):7-14.
 
-Martinchik AN, Baturin AK, Zubtsov VV, Molofeev VIu. Nutritional value and functional properties of flaxseed. Vopr Pitan. 2012;81(3):4-10.

- Kris-Etherton PM1, Hecker KD, Bonanome A, Coval SM, Binkoski AE, Hilpert KF, Griel AE, Etherton TD. Bioactive compounds in foods: their role in the prevention of cardiovascular disease and cancer. Am J Med. 2002, 30;113 Suppl 9B:71S-88S.

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