Atualmente tem-se observado no
Brasil e no mundo alto consumo de refrigerantes, principalmente entre crianças
e adolescentes. A predileção por esse tipo de bebida pode ter sérias
consequências sobre a saúde da pessoa, tais como obesidade, a cárie dentária e
a deficiência de certos minerais como cálcio e ferro.
É a segunda bebida mais consumida no
mundo, depois da água. O refrigerante nada mais é que uma combinação de
substâncias químicas (conservantes, acidulantes, antioxidantes, corantes,
estabilizantes, umectantes, aromatizantes, dentre outras substâncias não
saudáveis quando ingeridas em excesso), que não possuem nenhum valor nutricional.
Estatísticas apontam que cada
brasileiro consome em média 35 litros dessa bebida ao ano. Nos EUA, o consumo
aumentou mais de 450% nos últimos 50 anos. Segundo o guia alimentar para a
população brasileira, a redução do consumo de refrigerante deve ser de pelo
menos um terço da ingestão atual em prol de uma alimentação saudável.
A bebida que, em sua composição,
contiver ou for adicionada de cafeína (trimetilxantina), natural ou sintética,
não deve ter o limite de cafeína superior a 20 mg/100 ml do produto a ser
consumido.
A cafeína é uma substância estimulante
do sistema nervoso central, que quando ingerida em excesso pode causar certa
dependência. A grande preocupação é saber de fato quanto dessa substância está
sendo utilizada no refrigerante. Uma criança de 27kg, que beba uma lata de
refrigerante de 350ml contendo 50mg de cafeína, estará ingerindo o mesmo que um
homem de 80kg ao consumir quatro copos de café. Geralmente uma criança muito
agitada ou com problemas para dormir poderá estar sob o efeito do consumo
exagerado de refrigerantes. Nos adultos, o excesso de cafeína pode aumentar a
pressão arterial e tornar irregulares os batimentos cardíacos.
No refrigerante também temos uma
elevada quantidade de fósforo. O problema disso é que para que o nosso
organismo processe esse composto ele necessita de cálcio. Dessa forma, há a
redução da quantidade desse mineral no nosso corpo, levando a desmineralização
óssea e o aumento do risco de osteoporose.
O refrigerante também está associado
ao aumento do risco de câncer de esôfago, ao causar o inchaço do estômago e
consequentemente induzir o refluxo gástrico. Recentemente um estudo sueco
demonstrou que homens que consomem o equivalente a uma lata de refrigerante
(por volta de 300 mL) por dia estão 40% mais predispostos a desenvolver câncer
de próstata.
Os refrigerantes
diet possuem a isenção de açucares (glicose, frutose, sacarose, etc), sendo
assim sua formulação apresenta algumas modificações especiais. A versão light significa a redução mínima
de 25% de algum nutriente comparado ao produto convencional (redução de gordura
ou calorias ou açúcar, etc) que no caso da bebida em questão são reduzidos os
açúcares e usados adoçantes artificiais como substitutos.
O refrigerante
“zero” é um termo mais recente e significa a isenção de algum nutriente e
calorias. É uma versão modificada do produto convencional sem indicação
especifica para alguma dieta ou determinada patologia.
Atualmente podemos encontrar todas
essas versões de refrigerantes, no entanto ressalto que todas elas NÃO possuem NUTRIENTES e são todas prejudiciais a saúde. Os refrigerantes
“Zero” e Light, como já foi explicado, possuem substâncias que imitam o açúcar
(adoçantes artificiais). Tais substâncias fazem com que o nosso corpo entenda
que a glicose está sendo absorvida quando isso na verdade não acontece. Desta
forma nosso organismo faz com que o consumo de açúcar seja compensado em
seguida, isto é favorece o apetite por alimentos ricos em açucares, uma vez que
a necessidade precisa ser suprida rapidamente.
Segundo uma pesquisa realizada pela
Universidade de Medicina da Columbia o consumo de uma lata de refrigerante diet
todos os dias aumenta em 43% a chance do desenvolvimento de problemas de saúde
como, por exemplo, o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Os
refrigerantes se consumidos com moderação, não são nocivos. O importante é não
exagerar na quantidade para não tirar a fome e substituir os nutrientes
importantes da dieta.
Refrigerante
Caseiro
-
4 cenouras médias;
-
1 copo de suco puro de limão;
-
2 xícaras (chá) de açúcar;
-
½ casca de uma laranja (bem lavada);
-
3 litros de água com gás;
-
Bata todos os ingredientes e parte da água no liquidificador. Depois disso
acrescentar o restante da água;
-
Pode ser servido integral ou coado.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Bachiega, P. Refrigerante: do agradável sabor
à desagradável consequência. Disponível em: www.alimentofuncional.com.br
Acessado em: 20/02/2014.
Fisberg, M; Amâncio, OMS; Lottenberg, AMP. O
uso de refrigerantes e a saúde humana. Rev. Pediatria Moderna, 2002; v.8, n.6:
p. 261-271.
Salgado, JM. O consumo excessivo de
refrigerantes e a nossa saúde. Pharmacia de Alimentos. 1 ed. São Paulo: Madras,
2004; p. 148-151.
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