O
intestino é um dos órgãos mais influentes no equilíbrio do organismo. Entre
suas atividades, ele executa funções digestivas, promove a absorção dos
nutrientes, protege o organismo contra a entrada de substâncias indesejáveis e,
segundo pesquisas, desempenha papel importante sobre a saúde mental, por
produzir cerca de 90% da serotonina corporal (neurotransmissor envolvido na
produção de hormônios que promovem a sensação de bem-estar).
A constipação pode ser classificada em
funcional, quando não existe uma patologia no intestino que justifique a
constipação, ou orgânica, quando existe uma patologia no intestino que
justifique a constipação.
A causa da constipação funcional
está relacionada à dieta pobre em fibras ou líquidos, falta de atividade
física, uso de laxantes, estresse, envelhecimento, gravidez e inibição do
reflexo defecatório, não estando associada a nenhum processo patológico
instalado.
Já a origem da constipação orgânica está
relacionada à doenças endócrinas, como o diabetes mellitus e o hipotireoidismo;
doenças neurológicas, como o mal de Parkinson; doenças vasculares do intestino;
doenças intestinais, como colite, doença
celíaca; úlcera duodenal; câncer; distúrbios psicológicos, como depressão;
ansiedade e uso de medicamentos, como os anti-hipertensivos. Ao longo dos anos,
a constipação pode levar a patologias como hemorroidas e doença diverticular.
Existem dois tipos de fibras que
exercem diferentes funções na prevenção da constipação intestinal:
●
Fibras solúveis: pectina,
gomas, mucilagem. As principais fontes são as frutas, as verduras, os feijões e
o farelo de aveia. São altamente fermentáveis e alteram o metabolismo do cólon,
aumentando o volume do bolo fecal e estimulando a sua evacuação.
●
Fibras insolúveis: celulose,
lignina e algumas hemiceluloses, que são encontradas nas verduras escuras,
farelo de trigo, cereais e grãos integrais. São fibras pouco fermentáveis e
aumentam a absorção de água, acelerando o tempo de trânsito intestinal.
Dicas Para o
Intestino Funcionar:
Horário: Reserve alguns minutos do seu dia
para o seu intestino. Vá ao banheiro, sente-se no vaso e mesmo que nenhum
estímulo apareça, pelo menos você estará treinando seu corpo e sua mente para
defecar. No início pode parecer um pouco estranho, mas aos poucos você
perceberá que isso ajuda bastante na construção do hábito de ir ao banheiro.
Sempre respeite o chamado do corpo, ou seja, nunca segue as fezes.
Exercícios: Qualquer atividade física já auxilia
nos movimentos peristálticos, aqueles que o intestino faz para impulsionar as
fezes para fora do corpo. Caso não tenha esse hábito, passe por uma avaliação
médica e comece o mais rápido possível. No início caminhadas leves e abdominais
já serão o suficiente para observar uma modificação no funcionamento
intestinal.
Hidratação: Os líquidos trabalham em conjunto com
as fibras para o adequado hábito intestinal. A falta de água no corpo impacta
diretamente no endurecimento das fezes, portanto tome bastante água, quanto
mais, melhor. Procure tomar a quantidade de água recomendada para você,
lembre-se que isso varia de acordo com o clima, a idade e principalmente as
atividades que você realiza diariamente. Sucos e chás naturais ajudam a
completar essa quantidade, mas refrigerantes e outras bebidas açucaradas podem
piorar o quadro. Deixe sempre uma garrafinha de água próxima a você no trabalho
ou em casa. Aromatizar a água com hortelã, gotinhas de limão ou laranja são
boas alternativas para tornar o hábito mais prazeroso.
Fibras: As fibras atuam mecanicamente na
“limpeza” da mucosa intestinal, evitando o acúmulo de toxinas e resíduos,
reduzem a taxa de absorção de gordura, além de participarem na formação do bolo
fecal. A dieta atual da maioria dos brasileiros é pobre na ingestão desse
nutriente. O consumo ideal de fibras deve ser em torno de 25-30g/dia e é bem
fácil atingir essa meta quando acrescentamos frutas, legumes, hortaliças e
outros vegetais em nossa dieta. Alguns alimentos ricos em fibras:
●
Pão, arroz, macarrão e outras massas integrais;
●
Frutas como mamão, ameixa, manga, melancia, maçã (com casca), laranja (com
bagaço) e pêssego;
●
Hortaliças folhosas como alface, agrião, almeirão, couve, repolho, espinafre;
●
Legumes como abóbora, berinjela, beterraba, cará, cenoura, mandioca, pimentão;
●
Feijões, ervilhas, grão-de-bico e lentilha;
●
Frutas secas e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, amendoim);
●
Aveia, granola, amaranto, chia e outros cereais.
Cafeína
e Álcool: Quando
consumidos em excesso podem provocar desidratação e piorar o quadro de prisão
de ventre, dessa forma, evitá-los ajuda a prevenir a prisão de ventre.
Dieta
Ocidental: Pratos
prontos congelados, salgadinhos, bolachas, biscoitos e outros alimentos cheios
de farinha refinada, açúcares e gorduras (trans e saturadas), dificultam a
formação de resíduos alimentares e causam aquela sensação de “empachamento”.
Trocá-los por versões integrais é a melhor alternativa para melhorar os
sintomas. O consumo de alimentos com gorduras saudáveis, como castanhas, nozes
e azeite de oliva, ricos em gordura insaturada, ajudam na saúde do coração,
lubrificam e facilitam o trânsito intestinal. Uma dica importante é incluir, na
medida certa, estes alimentos diariamente. Um exemplo de porção é fazer um mix
de castanhas com: 1 castanha-do-pará, 3 nozes e 1 castanha de caju.
Pré
e Probióticos: Os
prebióticos auxiliam o crescimento das bactérias benéficas para a saúde
intestinal. E os alimentos probióticos, que são as bactérias presentes nos
leites fermentados e iogurtes, têm a função de equilibrar a flora intestinal.
Medicamentos: Alguns medicamentos como analgésicos,
sedativos, remédios para baixar a pressão arterial e algumas classes de
antiácidos podem causar prisão de ventre. Mas, nada de parar de tomar a
medicação para aliviar os incômodos, vale a pena conversar com o seu médico
sobre isso e introduzir algumas dessas dicas na sua rotina.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais
da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos
e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Braga, GT. Saúde intestina. Disponível em: www.einstein.br Acessado em: 13/08/2015.
Livre-se já do intestino preso. Disponível
em: www.meupratosaudável.com.br
Acessado em: 13/08/2015.
Martins,
BT; Basílio, MC; Silva, MA. Nutrição aplicada e alimentação saudável. 1. ed.
São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014.
Xô
prisão de ventre. Disponível em: www.meupratosaudável.com.br
Acessado em: 13/08/2015.
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