Os peixes são animais aquáticos
que possuem esqueleto cartilaginoso ou ósseo e apresentam guelras. Exemplos:
arraia, cação, tubarão, corvina, badejo, pescada e pargo.
Os peixes migratórios são mais gordurosos e possuem
músculo escuro, pois para capturar o alimento necessitam realizar esforço
físico para se deslocar. Exemplos de peixes de músculo escuro: atum, sardinha,
bagre, cardumes, tainha, anchova, arenque, cavala e salmão. Como exemplo de
peixes de músculo branco: pargo, branquinha, corvina, bacalhau, badejo,
garoupa, linguado, pescada, robalo, carpa, dourado e peixe-espada.
Embora o Brasil seja um país com uma variedade enorme de
espécies de peixes marinhos (em torno de 1.200), não temos o hábito de consumir
peixes com frequência. O brasileiro consome, em média, 8kg de peixe por ano,
portanto, abaixo dos 12kg anuais recomendados pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). Consumimos metade da média mundial, que gira em torno de 16kg por ano.
● Peixes de água doce:
em geral, possuem sabor mais acentuado e alto teor de gordura. Necessitam de
especial atenção à forma de cocção. Os mais gordurosos, como o dourado, o pacu
e o pintado são ideais para a grelha ou churrasqueira, pois se mantêm
suculentos, sem ressecar. São peixes de água doce: dourado, pacu, tucunaré,
tambaqui, pintado, Saint-pierre, truta, entre outros.
● Peixes de água salgada:
apresentam sabor característico, alto teor de iodo e menor teor de gordura do
que os de água doce. Os mais consumidos no Brasil são: robalo, tainha, anchova,
namorado, corvina, badejo, pescada, cavala, linguado, sardinha, manjuba e
cação.
A má conservação dos pescados podem causar intoxicações e
infecções. Algumas características devem ser observadas para garantir segurança
e características sensoriais agradáveis. Peixes frescos devem ser mantidos
sobre espessa camada de gelo, e devem possuir brilho nos olhos e escamas firmes
e resistentes. A coloração deve estar translúcida e sem manchas. Os peixes
congelados devem ter a mesma aparência dos frescos, e não devem ter acúmulo de
gelo, pois pode indicar descongelamento e formação de água. O descongelamento
de pescados deve ser realizado em câmara fria ou refrigerador, devendo-se
evitar colocá-los em temperatura ambiente ou fazer o descongelamento com água.
Para
aqueles que consomem peixe em conserva, um alerta: apesar de ele garantir
vários dos nutrientes naturais do peixe in natura, aumenta a densidade calórica
do peixe. É importante entender que o processo de manutenção e conservação do
peixe enlatado força o uso de algumas substâncias que não são naturais. Por
exemplo, a salmoura pode aumentar a quantidade de sódio no alimento, seja em
azeite ou em óleo comestíveis. Então, se por um lado tem a manutenção do ômega
3 que é positivo, por outro lado, em tempos de epidemia de obesidade, é um
alimento de maior densidade energética, calórica. É importante, como todo
alimento industrializado, observar as qualidades dessa embalagem, se não tem
dano na lata, a data de validade do produto. Na hora do compra, fique atento
porque qualquer dano pode trazer prejuízo à qualidade sanitária do peixe em
conserva.
Benefícios
Nutricionais
O peixe é uma rica fonte de proteína de alta qualidade
nutricional, com baixo teor de gorduras (20% ou menos), fonte de ácidos graxos
poli-insaturados da série ômega-3, minerais (cálcio e potássio) e vitaminas,
especialmente as do complexo B. Devido a sua rica composição nutricional vários
estudos têm comprovado seus benefícios a saúde, quando, claro, consumidos como
parte integrante da dieta diária. Os dois ácidos graxos ômega 3, o ácido
eicosapentanoico (EPA) e o ácido docosahexanoico (DEXA) presentes em peixes
como sardinha, atum, salmão e bacalhau, estão relacionados a benefícios a saúde
física e mental.
Pesquisas comprovam que o ácido α-linolênico (ômega 3)
beneficia o coração através da modulação plaquetária (reduz o risco de infarto
e derrame), redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim, promove o
desenvolvimento cognitivo e reduz a incidência de doenças neurodegenerativas
como Alzheimer, além de possuir ação anti-inflamatória, modulando as
prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos.
Além do ômega 3, as proteínas presentes no peixe também são
benéficas a nossa saúde. Inclusive, devido a sua alta digestibilidade estão
mais biodisponíveis ao nosso organismo do que as proteínas presentes na carne
vermelha e de frango. Pesquisas com os peptídeos bioativos e hidrolisados
proteicos extraído do peixe têm exibido excelentes resultados em relação à
redução de doenças cardiovasculares e atividade anticâncer e anti-inflamatória.
Quanto
consumir?
Procure consumir peixes e outros alimentos marinhos pelo
menos três vezes por semana e não se esqueça de que os ácidos graxos ômega 3
são rapidamente depletados da maioria dos tecidos (dentro de uma semana) quando
você para com a alimentação rica nesses ácidos graxos. Por isso, para se
beneficiar dos efeitos desses ácidos, você deve consumir quantidade suficiente
na semana, evitando dessa forma a falta nos tecidos e, consequentemente, as
doenças cardiovasculares.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
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Páscoa, peixe deve ser opção o ano inteiro. Ministério da Saúde. Disponível em:
www.blog.saude.gov.br
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peixe esse fim de semana? Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – ESALQ/USP,
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Jaime, P. Governo Federal
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Silva, MA. Nutrição aplicada e alimentação saudável. 1. ed. São Paulo: Editora
Senac São Paulo, 2014.
Peixe: um rico alimento.
Disponível em: www.einstein.br Acessado
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Técnica Dietética. 1. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2003.
Salgado, JM. Faça do
alimento o seu medicamento: previna doenças. 1.ed. São Paulo: Madras, 2004.
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