Originário do Oriente Médio, na época
das grandes navegações, este grão caiu no gosto de portugueses e espanhois, que
difundiram o seu consumo.
O grão-de-bico é fonte de
proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas e fibras. Diferencia-se das outras
leguminosas por sua digestibilidade, baixo teor de substâncias antinutricionais, além de apresentar a melhor disponibilidade de ferro. Alguns
autores, pesquisando diversas leguminosas (feijão comum, feijão-branco,
feijão-preto, ervilha, soja, lentilha e grão-de-bico) encontraram a melhor
disponibilidade de ferro para o grão-de-bico.
O consumo do grão-de-bico
ainda é muito limitado no Brasil, quando comparado a outras leguminosas como o
feijão. O grão-de-bico é uma leguminosa que tem, nutricionalmente, grande potencial a ser explorado, a fim de minimizar as deficiências proteicas e
minerais da população. É uma fonte importante de
minerais, principalmente cálcio, magnésio, fósforo e potássio, bem como de
vitaminas, como a riboflavina, niacina, tiamina, folato e precursores de
vitamina A (betacaroteno).
O grão-de-bico é excelente
fonte de carboidratos e de proteínas, que abrangem cerca de 80% do peso total
das sementes secas. A proteína do grão-de-bico tem sido considerada de melhor
valor nutricional entre as leguminosas.
É considerada uma importante fonte de
proteína de origem vegetal, destacando-se o aminoácido triptofano. Este
nutriente é utilizado pelo organismo para a produção do neurotransmissor
serotonina, responsável pela ativação dos centros cerebrais que dão sensação de
bem-estar. Alguns pesquisadores sugerem que o seu consumo pode auxiliar de
forma positiva em diversos efeitos fisiológicos, como melhora de quadros de
depressão leve, insônia, ansiedade, controle do apetite, e até mesmo na tensão
pré-menstrual, relacionada com níveis baixos de serotonina no organismo.
O grão-de-bico apresenta quantidades significativas de
todos os aminoácidos essenciais, exceto os aminoácidos com enxofre (como a
metionina), que podem ser complementados por adição de cereais na alimentação.
O baixo índice glicêmico do alimento
se deve por ter em sua composição fibras alimentares, que entre outras funções,
melhora o trânsito intestinal. No entanto, os carboidratos presentes na casca
do grão tem poder fermentativo, não sendo indicado em quadros de flatulência. A
fim de amenizar este desconforto é recomendável a remoção da casca.
O grão-de-bico pode ser útil para reduzir o risco de
doenças cardiovasculares. Isso porque os fitoesterois, juntamente com outros
fatores presentes no grão-de-bico, contribuem para a redução do LDL-c
(lipoproteína de baixa densidade) no sangue, por inibição da absorção
intestinal de colesterol.
Estudos também demonstram benefícios do consumo de
grão-de-bico na redução da obesidade. Em ratos, observou-se melhor controle do
peso corporal e na composição do tecido adiposo. Em humanos, o consumo de
grão-de-bico esteve associado com redução de massa gorda em indivíduos obesos.
Fonte de isoflavona, fitoestrógeno com
estrutura química e ação similar ao hormônio estrogênio, pode ser indicado em
terapias de reposição hormonal, como no caso da menopausa.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Braga, G. As vantagens do
grão-de-bico. Disponível em: www.einstein.com.br
Acessado em: 23/03/2014.
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nutricionais do grão-de-bico. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 23/03/2014.
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submetido à cocção. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas. 2006; v.26, n.1: p.80-88.
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