A deficiência de vitamina A é um dos problemas
nutricionais mais frequentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde estimou
que mais de 250 milhões de crianças em todo o mundo têm reservas diminuídas de
vitamina A. Prevalência elevada desta carência é encontrada em crianças
pré-e scolares e em mulheres grávidas e lactantes. A deficiência clínica da
vitamina é definida pela presença de cegueira noturna (quando não se
consegue enxergar em ambientes pouco iluminados), manchas de Bitot (é a
manifestação mais acentuada da xeroftalmia e aparece na parte exposta da
conjuntiva – membrana mucosa que reveste a parte interna da pálpebra), xerose
(estágio quando a córnea já foi afetada. Os olhos perdem o brilho e
assumem um aspecto granular) e/ou ulcerações corneanas e cicatrizes
corneanas relacionadas à xeroftalmia.
Há de se considerar, também, a
deficiência subclínica de vitamina A, a qual, em crianças em idade pré-escolar,
é definida pela prevalência de níveis de retinol sérico menores que 0,70mmol/L.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o encontro de prevalência de
níveis séricos de retinol < 0,70mmol/L em 2% a < 10% da população
infantil de 6 a 71 meses de idade indica problema de saúde pública leve, de 10%
a < 20%, problema moderado e > 20%, grave.
A Vitamina A é
essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na
manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico (defesa
do organismo contra doenças, em especial as infecciosas), mantêm saudáveis as
mucosas (cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como nariz,
garganta, boca, olhos, estômago) que também atuam como barreiras de proteção
contra infecções.
Estudos mais recentes vêm
mostrando que a Vitamina A age como antioxidante (combate os radicais livres
que aceleram o envelhecimento e estão associados a algumas doenças). Porém,
recomenda-se cautela no uso de vitamina A, mediante o uso de megadoses, por
exemplo, uma vez que, em excesso, ela também é prejudicial ao organismo.
O diagnóstico da
Deficiência de Vitamina A só pode ser confirmado por profissionais de saúde, pois
muitos dos sinais são comuns a outras doenças, embora outros sejam mais
característicos da Hipovitaminose A:
● Um dos epitélios severamente afetado é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia. A xeroftalmia é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; manifestações mais acentuadas da xeroftalmia são a mancha de Bitot, normalmente localizada na parte exposta da conjuntiva, e a xerose; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.
● Um dos epitélios severamente afetado é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia. A xeroftalmia é o nome genérico dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A. A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; manifestações mais acentuadas da xeroftalmia são a mancha de Bitot, normalmente localizada na parte exposta da conjuntiva, e a xerose; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.
● Infecções frequentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.
Deficiência
► Falta de amamentação ou desmame precoce: o leite materno é rico em vitamina A e é o alimento ideal para crianças até seis meses de idade;
► Consumo insuficiente de alimentos ricos em vitamina A;
► Consumo insuficiente de alimentos que contêm gordura: o organismo humano necessita de uma quantidade de gordura proveniente dos alimentos para manter diversas funções essenciais ao seu bom funcionamento. Uma delas é permitir a absorção de algumas vitaminas, chamadas lipossolúveis (Vitaminas A, D, E e K);
► Infecções frequentes: as infecções que acometem as crianças levam a uma diminuição do apetite: a criança passa a ingerir menos alimentos podendo surgir uma deficiência de Vitamina A. Além disso, a infecção faz com que as necessidades orgânicas de Vitamina A sejam mais altas, levando a redução dos estoques no organismo e desencadeando ou agravando o estado nutricional.
Fontes Alimentares
A vitamina A pré-formada
(retinol) ("pronta para ser usada pelo organismo") é encontrada em
alimentos de origem animal: vísceras (principalmente fígado), gemas de ovos e
leite integral e seus derivados (manteiga e queijo).
Os vegetais são fontes de
vitamina A sob a forma de carotenóides (precursores de vitamina) os quais, no
organismo, converterão em vitamina A. Em geral, frutas e legumes amarelos e
alaranjados e vegetais verde-escuros são ricos em carotenóides: manga, mamão,
cajá, caju maduro, goiaba vermelha, abóbora/jerimum, cenoura, acelga espinafre,
chicória, couve, salsa etc.... Alguns frutos de palmeira e seus óleos também
são muito ricos em vitamina A: dendê, buriti, pequi, pupunha, tucumã.
Recomendações Dietéticas
Estágio da Vida
|
Idade
|
Recomendação (retinol)
|
Bebês
|
0 a 1 ano
|
375 µg
|
Crianças
|
1 a 3 anos
|
400 µg
|
4 a 6 anos
|
500 µg
|
|
7 a 10 anos
|
700 µg
|
|
Meninos
|
> 11 anos
|
1.000 µg
|
Meninas
|
> 11 anos
|
1.000 µg
|
Lactantes
|
Primeiros 6 meses
|
1.300 µg
|
Segundos 6 meses
|
1.200 µg
|
Fonte: RDA, 1989/ Ministério da Saúde.
Suplementação
A suplementação
periódica da população de risco com doses maciças de vitamina A, a
curto prazo, é uma das estratégias mais utilizadas para prevenir e controlar a
Deficiência de Vitamina A (DVA). A conduta de administração da megadose de
vitamina A é:
● para crianças de 6 meses a 11 meses de idade – 1 megadose de vitamina
A na concentração de 100.000 UI;
● para crianças de 12 a 59 meses de idade – 1 megadose de vitamina A na concentração
de 200.000 UI a cada 6 meses;
● para puérperas – 1 megadose de vitamina A na concentração de 200.000
UI, no pós-parto imediato, ainda na maternidade, antes da alta hospitalar.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Cadernos
de Atenção Básica. Hipovitaminose A. Ministério da Saúde. Disponível em: www.bvsms.saude.gov.br Acessado em:
10/06/2014.
Geraldo,
RRC; Paiva, SAR; Pitas, AMCS; Godoy, I; Campana, AO. Distribuição da hipovitaminose A no Brasil nas últimas quatro décadas:
ingestão alimentar, sinais clínicos e dados bioquímicos. Rev Nutr 2003; v. 16,
n.4: p. 443-460.
Programa
Nacional de Suplementação de Vitamina A. Ministério da Saúde. Disponível em: www.nutricao.saude.gov.br Acessado
em: 10/06/2014.
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