Já ouvi muita gente dizendo que quanto mais frutas na dieta, melhor. Mas muita coisa mudou desde antigamente, já que ocidentalização da alimentação resultou em um aumento significativo da frutose adicionada na dieta das pessoas. A frutose é derivada do açúcar das frutas, da sacarose e do xarope de milho, que contém frutose concentrada. Além de muito utilizado pela indústria de alimentos, o hábito disseminado de se consumir sucos de fruta concentrado (que não mantém as fibras presentes na fruta, liberando essa frutose rapidamente à circulação).
A frutose, depois que passa pelo intestino, é rapidamente levada ao fígado para processamento. E lá tem 2 destinos: ou é transformada em glicose e utilizada como fonte de energia por células hepáticas, ou é transformadas em ácidos graxos livres (gordura). E agora o ponto chave: se você está com os estoques de glicogênio hepático estão cheios (exceto no jejum, a maior parte do tempo ele está cheio), a frutose é transformada em gordura! E quando seu fígado não quiser mais armazená-lo, ele mandará pra outras partes do seu corpo: abdômen, parte inferior das costas, etc.
E mais: o excesso de frutose na dieta (não somente sucos naturais ou de caixinha, mas geleia de frutas, gomas, bolos, doces, refrigerantes) tem papel importante no desenvolvimento da esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e dislipidemia. E quando associada a uma inflamação dessas células, pode levar a uma esteato hepatite não alcoólica que, se não controlada, pode evoluir pra uma cirrose
Dados mais recentes também mostram que, quando o cérebro é exposto a uma quantidade excessiva de frutose, ele gera mudanças que nos levam a comer mais. Outro aspecto maléfico do excesso de frutose é que, como resíduo do seu metabolismo, é produzido ácido úrico. E se o ácido úrico se depositar nas articulações gerará a gota.
Texto elaborado por: Priscila Di Ciero
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