Durante o primeiro ano de
vida da criança, a nutrição se revela um fator primordial e a promoção de
crescimento somático é um dos pilares do desenvolvimento cerebral adequado. Em
decorrência disso, os aspectos nutricionais e alimentares têm papel de destaque
nessa faixa etária. A desnutrição energético-proteica e a deficiência de certos
micronutrientes nesse período podem causar danos ao sistema nervoso central,
culminando em atrasos no desenvolvimento da criança.
Atualmente,
44 milhões de crianças com menos de cinco anos estão acima do peso ideal. No
Brasil, segundo o IBGE, cerca de um terço da população entre cinco e nove anos
sofre do mesmo mal, e os números devem continuar subindo. Isso se deve,
principalmente, ao estilo de vida e aos hábitos alimentares. As crianças estão
consumindo, cada vez mais, alimentos altamente calóricos e pobres em vitaminas
e minerais e estão mais sedentárias, devido ao aumento de tempo na TV,
computadores e videogames, e consequentemente, reduzem as atividades físicas.
O
consumo excessivo de gordura, sal e açúcar nos primeiros anos de vida pode
prejudicar bastante o desenvolvimento da criança. Esses alimentos têm altos
valores calóricos e o excesso realmente desses nutrientes, de açúcares,
gorduras podem trazer prejuízos para a saúde no futuro. Então o acúmulo de sal
no corpo, de açúcar que podem levar a algumas doenças como diabetes e
hipertensão, por exemplo, no futuro, além do risco de sobrepeso e obesidade.
A
dieta da criança deve ter qualidade, quantidade, frequência e consistência
adequadas a cada idade. Para crianças com até 6 meses, o leite materno
exclusivo é o melhor alimento. Após essa idade, a introdução da alimentação
complementar adequada deverá atender aos requerimentos de energia, proteína,
ferro, zinco e algumas vitaminas lipossolúveis (A e D), mantendo-se o aleitamento
materno até pelo menos 2 anos de idade. Esse posicionamento da Organização
Mundial da Saúde (OMS) é apoiado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Além disso, de acordo com o preconizado pela SBP, se por algum motivo não for
possível manter o aleitamento materno deve-se utilizar fórmula infantil
apropriada para a faixa etária lactente, observando-se os benefícios
nutricionais e os aprimoramentos que tornam essas fórmulas mais próximas à
referência, que é o leite materno.
Recomenda-se
aos pais evitar o consumo de enlatados, frituras, gorduras, guloseimas, café e
oferecer às crianças os alimentos saudáveis como frutas, legumes, verduras,
tubérculos, as carnes ao longo do dia da criança.
Sendo
assim:
● Prefira
sucos naturais em vez de refrigerantes e versões prontas. Sugiro as frutas
laranja, maçã, pera, mamão, banana, melancia, goiaba e manga.
● Esteja
atento aos rótulos antes de comprá-los para evitar oferta de alimentos que
contenham corantes, aditivos e conservantes artificiais. Já existem fabricantes
que comercializam produtos sem conservantes.
● Evite a oferta de alimentos que não são próprios
para idade, como iogurtes industrializados, queijinhos petit suisse, macarrão
instantâneo, bebidas alcoólicas, salgadinhos e refrigerantes. Enquanto a
família estiver consumindo esses alimentos, deve-se ofertar os habituais à
criança (frutas, sucos ou cereais, que são mais adequados e saudáveis a ela).
● No
preparo das refeições e papinhas, troque os temperos industrializados e o sal
pelos naturais, como cebola, alho, limão, gengibre, orégano, manjericão e
alecrim.
● No caso
de usar açúcar, experimente os do tipo mascavo ou demerara, menos prejudiciais,
já que contém algumas vitaminas.
● Evite
biscoitos recheados e sorvetes cremosos, cheios de gordura trans. Troque
lanches muito doces por frutas, sucos e salada de frutas.
●Use mais alimentos com gorduras monoinsaturadas e
poli-insaturadas, como peixes, abacates e óleos vegetais.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Alimentos ricos em sal e
gordura podem prejudicar o desenvolvimento das crianças. Ministério da Saúde.
Disponível em: www.blog.saude.gov.br
Acessado em: 22/02/2016.
Modesto, P. O que não
oferecer à criança na primeira infância. Disponível em: www.einstein.br
Acessado em: 22/02/2016.
Nutricionistas da Fiocruz
dão dicas sobre planejamento alimentar para crianças. Ministério da Saúde.
Disponível em: www.blog.saude.gov.br
Acessado em: 22/02/2016.
Pocket Book Nutrição Básica.
Nestlé Nutrititon Institute, 2014.
Vitolo, MR. Nutrição: da
Gestação à Adolescência. 1 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso
Editores, 2003.
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