Atualmente é comum ouvirmos de vários
meios de comunicação e de médicos que a depressão é o mal do século e,
certamente, você conhece alguém que já apresentou essa doença ou até mesmo pode
relatar por experiência própria. A notícia que não é muito animante é que a
depressão afeta aproximadamente 121 milhões de pessoas no mundo, e segundo a
Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o pais em desenvolvimento com maior
número de pessoas que sofrem desse problema, sendo que 18,4% da população teve
ao menos um episódio de depressão durante a vida. Preocupante, não é verdade?
O que poucos sabem e que pesquisas
científicas vêm investigando a relação de alguns tipos de alimentos com os
sintomas da desordem emocional. Estudos sugerem o efeito preventivo de certos
nutrientes como vitaminas do complexo B e ácidos graxos ômega-3, e muito
recentemente, os benefícios do azeite de oliva extravirgem como aliado no
combate à doença.
Bom, mas vamos direto ao ponto! Quais
os alimentos vilões e que contribuem para o desenvolvimento da doença?
O consumo de refrigerantes no Brasil é
alarmante e de acordo com o Ministério da Saúde, 29,8% dos brasileiros tomam a
bebida açucarada pelo menos cinco vezes por semana. Cerca de 1 L de
refrigerante contém acima de 100g de açúcar, com alta quantidade de frutose.
Alguns estudos vêm demonstrando que pessoas podem sofrer de mal absorção de
frutose sem saber, e isso é cada vez mais comum! E a frutose, quando não é
absorvida, tem a capacidade de reagir com o triptofano, o aminoácido precursor
da serotonina, o “hormônio da alegria”.
O aspartame é um edulcorante artificial
que aumenta a severidade dos sintomas da depressão. O adoçante contém o
aminoácido fenilalanina. Este inibe a função dos neurônios bem como bloqueia a
liberação de neurotransmissores (como a serotonina), componentes químicos
importantes presentes no cérebro, responsáveis pelo bom humor. E para piorar
ainda mais a situação, os adoçantes artificiais também fazem você ganhar peso!
Estes causam uma instabilidade de açúcares no sangue, que conduz ao aumento do
apetite a aumenta o desejo de comer doces ou alimentos ricos em carboidratos!
Dieta rica em alimentos processados
aumenta o risco de depressão, sugere um estudo publicado em The British Journal
of Psychiatry. Os pesquisadores avaliaram 3486 participantes durante 5 anos e
que possuíam dois tipos distintos de dieta: dieta integral com alimentos
frescos (alto consumo de vegetais, frutas e peixes) e dieta com alimentos
processados (alto consumo de doces, alimentos fritos, carnes processadas,
açúcar refinado e produtos lácteos com alto teor de gordura). Foi encontrada
uma significante diferença no risco de depressão futura com base nas duas
dietas. Aqueles que comiam mais alimentos integrais mostraram um risco 26%
menor do que os participantes da outra dieta.
Mediante o stress e a constante pressão
que vivenciamos diariamente, é incontestável que a vida moderna apresenta todos
os requisitos para conduzir uma pessoa à depressão. Mas vale apena ressaltar
que algumas atitudes são muito significantes e podem sim fazer a diferença:
procure manter uma dieta saudável e equilibrada e praticar regularmente
exercícios físicos, que ajudam a reduzir a ansiedade e melhoram o humor. Essa
dupla é com certeza a melhor combinação possível!
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Akbaraly, TN; Brunner, EJ; Ferrie, JE; Marmot, MG;
Kivimaki, M; Singh-Manoux, A. Dietary pattern
and depressive symptoms in middle age. The British Journal of Psychiatry, v.
195, p. 408-413, 2009.
Mello,
NA. Alimentos x Depressão. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF,
ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br
Acessado em: 07/04/2019.
Sánchez-Villegas,
A; Toledo, E; De Irala, J; Ruiz-Canela, M, Pla-Vidal, J; Martínez-González, MA.
Fast-food and commercial
baked goods consumption and the risk of depression. Public Health Nutrition,
v.15, p. 424-432, 2012.
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