Dono de uma flor exuberante (flor
nacional do Paraguai) e de frutos aromáticos e saborosos, o maracujazeiro é
típico de regiões tropicais. O fruto é usualmente consumido em sucos de frutas,
in natura, sobremesas como mousses e até mesmo na típica caipirinha como
substituto do limão.
O nosso país é um dos maiores
produtores de maracujá do mundo com destaque para a região centro-norte. O
termo Maracujá vem do tupi (mara kuya) e significa "fruto que se
serve" ou "alimento na cuia". Já no inglês, “Passion Fruit”
(fruto da paixão) o nome foi dado por ser uma das diversas espécies
pertencentes ao gênero Passion flower (flor da paixão) termo este que advém
literalmente do latim, Passiflora. O nome foi cunhado por missionários e faz
referencia as características da flor, as quais lembram os sacrifícios (the
Passion) de Cristo anteriormente a sua crucificação.
Seja a flor semelhante ou não,
dependendo de sua fé, uma coisa é certa, o fruto do maracujazeiro pode ser
considerado divino a nossa saúde.Dentre as inúmeras atividades biológicas
advindas de seu consumo, a mais estudada é a sua atividade como antioxidante. A
polpa deste fruto é rica em flavonoides e vitamina C, ambos potentes
antioxidantes. Seu consumo já foi positivamente correlacionado com a prevenção
de câncer, catarata, arteriosclerose e processos de envelhecimento em geral.
Além dos antioxidantes a polpa deste fruto também contem carotenoides
percursores de vitamina A e minerais. As partes externas a polpa do
maracujá são ricas em fibras solúveis, vitamina B3, ferro, cálcio, fósforo e
carboidratos. Lembrando que as fibras solúveis auxiliam na prevenção de doenças
cardiovasculares, gastrointestinais, câncer de cólon, hiperlipidemias
(colesterol alto), diabetes e obesidade.
Inclusive quando o gado teve sua ração
suplementada como cascas de maracujá houve um aumento na produção de leite e
redução de problemas digestivos. Em humanos, testes realizados com a farinha de
casca de maracujá levaram a redução dos índices glicêmicos e colesterolêmicos
no sangue. Apesar de não seriam agradáveis ao consumo às sementes do
maracujá possuem em sua composição altos teores de proteína, fibras e também
ácidos graxos essenciais, como o ácido linoleico (ω-6) e ácido linolênico (ω-3)
nas proporções de 55-66% a 0,8-1%, respectivamente dependendo da espécie
estudada. A semente do maracujá pode também ser utilizada como um potente
vermífugo.
Por isso devemos lembrar que os
alimentos em geral, como o maracujá, possuem um valor nutritivo como um todo,
não apenas na polpa, mas também nas partes que normalmente são descartadas e
desperdiçadas como cascas e sementes.
Mas e ai?! É verdade que o Maracujá
pode ser utilizado como calmante?
Sim existem diversos estudos que
indicam as propriedades ansiolíticas e sedativas principalmente presentes nas
folhas do maracujá. Porém consuma com cuidado, não é indicado o consumo de mais
de 3-4 frutos por dia.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Aranha, JB. Benefícios da casca e semente de maracujá.
Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 25/06/2019.
Medeiros,
J.S; et al. Ensaios toxicológicos clínicos da casca do maracujá-amarelo (Passiflora
edulis, f. flavicarpa), como alimento com propriedade de
saúde. Revista Brasileira de Farmacognosia. 2009.
Veloso, PD.
Plantas utilizadas em fitomedicamentos para os distúrbios do sono. Trabalho de Conclusão
de Curso. 2008.
Zeraik , ML ;
Pereira, CM; Zuin, VG.; Yariwake,JH. Maracujá: um alimento funcional. Rev.
bras. Farmacognosia. 2010.
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