segunda-feira, 3 de junho de 2019

Síndrome do Ovário Policístico


A síndrome do ovário policístico (SOP) consiste no crescimento de cistos pequenos dentro no ovário, algum desses cistos contém óvulos, muitos estão inativos, mas alguns secretam hormônios.

Aproximadamente 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva apresenta cistos nos ovários. A ausência da menstruação por mais de 3 meses, surgimento de pelos em lugares que geralmente só os homens apresentam, seborreia, acne e aumento de peso, podem indicar o aparecimento desta síndrome.

O tratamento pode ser a base de hormônios (anticoncepcional), cirúrgico para retirada dos cistos sendo necessária uma reeducação alimentar para perda de peso, que auxilia a não formação de novos cistos.

Características da Síndrome do ovário policístico:

● Excesso de peso, pelo menos 50% das mulheres com SOP estão acima do peso;

● Resistência a insulina e Hiperinsulinismo compensatório (produção exagerada de insulina);

● Problemas no hipotálamo, na hipófise, nos ovários ou nas suprarenais;

● Produção de mais hormônios masculinos do que o normal.

A SOP é fator de risco para diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, obesidade, infertilidade e câncer do endométrio. Diante disso, para diminuir os riscos associados, mulheres com síndrome do ovário policístico devem realizar exames periódicos para detectar de intolerância à glicose, dislipidemias e hipertensão, além da perda de peso no caso de mulheres sobrepeso ou obesas.

Portanto é importante que se tenha uma alimentação adequada, visando a manutenção do peso, a diminuição da resistência a insulina e a prevenção das doenças associadas.

DICAS NUTRICIONAIS

● Para controlar a glicemia e a resistência a insulina, é importante ter uma dieta de baixa carga glicêmica. Para isso consuma os carboidratos sempre na versão integral (pães integrais, arroz integral, quinua) ou na forma natural (batata, inhame, mandioca, mandioquinha cozidas), uma vez que estes fornecem mais nutrientes e demoram mais pra serem digeridos liberando glicose em pequenas concentrações;

● Uma dieta rica em fibras (frutas, vegetais, cereais integrais) também é ótima para mulheres com síndrome do ovário policístico, retardando o esvaziamento gástrico e auxiliando na constipação;

● Consuma óleos de linhaça, azeite de oliva, estes são óleos vegetais essenciais que estão relacionado com a diminuição do câncer e utilizado para diminuir a resistência a insulina;

● Reduza o consumo de alimentos com alta concentração de gorduras saturadas (carnes com gorduras, banha de porco, queijos amarelos, leite), esses quando consumidas em excesso podem levar a dislipidemia e também piora a resistência a insulina; 



● Não deixe de consumir alimentos ricos em magnésio, pois este atua na melhora da sensibilidade a insulina. Tenha sempre na dieta vegetais folhosos verde escuros, legumes e cereais integrais e castanhas e nozes.

● A ingestão de antioxidantes também é importante. Estudos mostram que a vitamina E atua na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer a até mesmo pode melhorar a ação na insulina. Os alimentos que contém vitamina E são: azeite, castanhas e nozes e abacate.

● A perda de peso favorecerá a utilização dos hormônios circulantes, melhora dos níveis de gordura no sangue e diminuição da resistência à insulina;

● Não fique longos períodos sem se alimentar. Fracione as refeições de 3 em 3 horas para que você coma menos e fique mais saciada. Além disso, longos períodos de jejum fazem com que haja exagero no consumo principalmente de carboidratos refinados (pães e doces) e alimentos gordurosos;

● Uma dieta equilibrada aliada aos exercícios físicos representa o tratamento de primeira linha, melhorando a resistência à insulina e a regulação dos ciclos.

Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci

Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.

Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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