O
câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o tumor que mais
acomete as mulheres. Se diagnosticado e tratado precocemente, o prognóstico em
geral é bom. Existem os riscos não modificáveis – relacionados à idade, genética,
história familiar, raça etc. Os modificáveis, que são aqueles que podem ser
diminuídos conforme o estilo de vida e as decisões da própria pessoa, como ser
mãe antes dos 30, amamentar, evitar o uso de álcool, praticar atividade física,
manter um peso saudável. Além disso, ingerir alimentos de boa qualidade tem
papel fundamental na prevenção do tumor. Tente, aos poucos, incluí-lo em sua
dieta. Pode fazer diferença no futuro.
Comer bem e “em cores” é fundamental
para o organismo ficar bem equilibrado, assim como para o corpo que precisa
recuperar seu ponto de equilíbrio. Bom, isso vale tanto para o organismo
saudável quanto para aquele que passa por um período de tratamento e
recupera-se de alguma doença.
Um prato colorido é quase sempre
garantia de estarmos ingerindo, na dose certa, os nutrientes necessários ao
nosso organismo. São eles as vitaminas, as proteínas, os lipídios, os
carboidratos, as fibras e os sais minerais. Quanto mais colorido, mais
saudável: então, lembre-se de colocar sempre no prato uma boa dose de verde –
verduras e legumes crus ou cozidos (vitaminas e sais minerais); uma bela
pincelada de tom solar, como o vermelho da carne ou o amarelo-ovo
(representando as proteínas) e, para completar, cores claras, beges,
amarelos, o branco – presentes no pão, nas massas e arroz (carboidratos) e
tons suaves de roxo, verde-claro, bege-dourado, como o feijão, a lentilha, a
soja (leguminosas ou grãos) e a aveia, farinhas (os cereais, sempre
fundamentais).
Para beber, suco de frutas de todos
os tons (grande fonte de vitaminas). Experimente, a cada dia, variar seu prato
substituindo os alimentos tente não repetir os legumes, as verduras e as frutas
do dia anterior; substitua a carne vermelha por frango ou peixe; procure comer,
ao máximo, os vários tipos de grãos disponíveis – lentilha, ervilha, feijão,
grão-de-bico, soja, entre outros. A cada dia, novas combinações de cores e de
ânimos no prato.
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Peixes: Segundo estudo
recente do periódico British Medical Journal (BMJ), comer duas porções de atum,
salmão ou sardinha por semana pode ajudar a reduzir o risco de uma mulher
desenvolver a doença. A explicação deve-se ao fato de que esses peixes contêm
gordura insaturada que, ao contrário da gordura saturada, faz bem à saúde. Além
disso, a sardinha é rica em vitamina D, um proto-hormônio que pode interferir
no crescimento do câncer.
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Brócolis, Couve e Repolho: A
ingestão regular de brócolis, couve e repolho pelo menos uma vez por semana
também pode diminuir o risco de ter câncer de mama. Um estudo feito com 5 mil
mulheres suecas apontou que o consumo de uma ou duas porções diárias está
associado a um risco 40% menor de câncer de mama. Essas hortaliças são boas
fontes de nutrientes – como vitamina C, carotenoides precursores de vitamina A,
fibras, cálcio, ácido fólico -, e seu poder preventivo viria da abundância de
moléculas fitoquímicas capazes de eliminar substâncias tóxicas que induzem o
câncer.
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Frutas: Esse grupo de
alimentos contribui para a prevenção na medida em que fornece menos calorias,
mais fibras e auxilia na manutenção de peso saudável. A recomendação da
Sociedade Americana de Câncer é consumir cinco porções de frutas por dia.
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Fibras: São necessárias mais
pesquisas, mas estudos sugerem que as fibras contribuem para o aumento da
excreção de estrogênio, o que implica em menor risco de câncer de mama. A
American Dietetic Association (ADA) estabelece como recomendação o consumo de
25 a 30g de fibras por dia, sendo 30% desse valor de fibras solúveis,
encontradas principalmente na aveia e em frutas como abacate, pera e banana. A
dica é inserir um produto rico em fibras, como pão integral e cereais, em todas
as cinco refeições que você fizer no dia.
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Gordura: Evite consumir
alimentos muito gordurosos como pasteis, lanches, leite integral e doce de
leite. Evidências científicas relacionam o consumo excessivo de gorduras com o
aumento dos índices de câncer de mama, especialmente na pós-menopausa, quando
há maior correlação entre o teor de gordura da dieta e os níveis séricos de
estradiol, hormônio ligado ao crescimento de tumores.
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Carne Vermelha: O alto
consumo desse alimento pode contribuir para o ganho de peso e estímulo de
processos inflamatórios no organismo, fatores de risco para o desenvolvimento
da doença. O Instituto Americano de Pesquisas em Câncer (AICR) recomenda o
consumo limitado de carnes vermelhas a 300g por semana, o que equivale a três
bifes grandes. A medida é por semana.
As informações contidas neste blog,
não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área
de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e
sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Comida que cuida 1: mais cor no prato e na
vida durante o tratamento do câncer. A.C.Camargo Cancer Centar. Disponível em: www.accamargo.org.br Acessado em:
10/10/2015.
Conte, J. Alimentação para prevenir o câncer
de mama. Vencer o Câncer. Disponível em: www.vencerocancer.com.br Acessado
em: 10/10/2015.
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