O
chá é uma bebida com muitos benefícios para a saúde, pois contém água e
propriedades medicinais que podem ser úteis para prevenir e ajudar a tratar
diversas doenças.
O
chá, sem ser adoçado, não tem calorias, sendo uma boa forma de aumentar a
ingestão de água. Além disso, a maioria dos chás é rica em minerais e
antioxidantes naturais.
ALECRIM
O
alecrim (Rosmarinus officinalis) é um
arbusto comum na região do Mediterrâneo. Chegou ao Brasil na época da
colonização e recebeu diversos nomes populares como: rosmarinho, rosmaninho,
alecrim comum, alecrim de cheiro, alecrim de jardim e alecrim de horta.
Alguns nutrientes do alecrim
- Vitamina A: essencial para
os olhos e a pele, previne infecções e tem forte ação antioxidante.
- Vitamina C: melhora a
imunidade, evita o envelhecimento da pele, previne derrames, tem ação
antioxidante e proporciona resistência aos ossos.
- Vitamina K: é essencial
para a coagulação sanguínea e ajuda na fixação do cálcio nos ossos.
- Vitamina B1 e B2: agem no
metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o
organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, elas também
desempenham um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em
torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos.
O
alecrim conta com compostos fenólicos que têm atividades biológicas
importantes, como antioxidantes, anti-inflamatórias, anticarcinogênicas, entre
outras.
Benefícios
O
chá de alecrim ajuda na perda de peso porque tem ação diurética, contribuindo
para menor retenção de líquidos. Além disso, a bebida ajuda no trânsito
intestinal.
Diminui
o desconforto causado pelos gases intestinais, pois auxilia a expeli-los e
reduz as cólicas.
Como o
alecrim é rico em compostos fenólicos com forte ação antioxidante, combate os
radicais livres e previne problemas como o câncer, derrames e doenças cerebrais
degenerativas, e também tem ação anti-inflamatória.
A Faculdade
de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) concluiu após
pesquisa que o alecrim ajuda a combater o vírus da gripe. O alecrim ainda conta
com ação expectorante e por isso também é interessante em casos de
tosse. Outra pesquisa inicial realizada pela USP concluiu que o alecrim
conta com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que podem apresentar
benefícios para quem tem doenças crônicas não transmissíveis nas quais o
estresse oxidativo e a inflamação atuam de forma significativa, como o
diabetes, por exemplo.
Outras informações
Para
preparar o chá deve-se utilizar uma xícara de folhas de alecrim em um litro de
água (ou uma colher de sobremesa para cada xícara de chá). Deixe a água ferver,
desligue, coloque o alecrim e deixe por cinco minutos. Depois é só coar e
consumir.
Gestantes
podem consumir o alecrim como tempero, mas não na forma de chá ou de outras
maneiras, pois ele pode causar contrações uterinas.
Consumir
mais do que quatro xícaras de chá de alecrim ao dia pode causar nefrite,
problemas gastrointestinais e intoxicação.
GENGIBRE
Vegetal
nativo da Ásia, o gengibre (Zingiber officinale) é uma raiz tuberosa
usada tanto na culinária quanto na medicina. É conhecido também por mangarataia,
mangaratiá.
Alguns nutrientes do gengibre
- Gingerol: possui propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórias que protegem o organismo de bactérias e fungos. O gingerol é
responsável pelo sabor picante do gengibre.
- As propriedades terapêuticas do gengibre se devem
à ação conjunta de várias substâncias, principalmente encontradas no óleo
essencial, rico nos componentes medicinais canfeno, felandreno, zingibereno e
zingerona.
- Substâncias termogênicas: ativam o metabolismo do
organismo e potencializam a queima de gordura corporal.
- Vitamina B6, potássio, magnésio e cobre:
propriedades pouco relevantes levando-se em conta o consumo diário da planta.
Como é uma especiaria, bastam pequenas quantidades do gengibre no chá ou
preparações culinárias para aromatizar as preparações.
Benefícios
O
gengibre combate enjoos, gases, indigestão, náuseas causadas pelo tratamento do
câncer e perda de apetite. Também auxilia na digestão de alimentos gordurosos. Além
disso, combate o
mau hálito, cólica menstrual e até ressaca. Devido ao seu poder anti-inflamatório,
é usado para aliviar dores decorrentes da artrite, dores musculares, infecções
do trato respiratório, tosse e bronquite.
Além disso, o gengibre desempenha um
importante papel na dieta, pois estimula olfato e paladar, contribuindo com a
diminuição do uso do sal para temperar os alimentos. O chá, por sua vez,
aumenta o consumo de líquidos, favorecendo a hidratação e ajudando a eliminar
as toxinas.
Alimentos
termogênicos, como o gengibre são capazes de aumentar o gasto calórico do
organismo durante a digestão e o processo metabólico. Quanto mais difícil for a
digestão do alimento, maior será o seu poder termogênico. As substâncias
termogênicas contidas no gengibre têm a capacidade de aumentar a temperatura
corporal, acelerando o metabolismo e aumentando a queima de gordura. A
termogênese é um processo regulado pelo sistema nervoso e interferências neste
sistema podem favorecer o emagrecimento. O gengibre pode aumentar o gasto
calórico em mais de 10%. No entanto, sabe-se que não existem milagres quando o
assunto é perder peso. Para que o consumo de gengibre com este objetivo mostre
resultado, é necessário aliá-lo à dieta regrada e exercícios físicos.
Outras informações
A
infusão de pedaços frescos de gengibre é utilizada no tratamento de gripes,
tosses e resfriados. Além de ser um relaxante eficaz, hidrata o corpo e ajuda a
eliminar as toxinas, ajudando também no emagrecimento, devido à sua ação
termogênica. O preparo consiste em deixar raízes, cascas ou talos de molho por
cerca de 30 minutos e, após esse período, acrescentar água e levar o gengibre
ao fogo por mais de 30 minutos. Pode ser acrescentada quantidade conforme o
gosto, mais ou menos forte.
Embora
não exista uma quantidade adequada de ingestão estabelecida, estudos sugerem
que benefícios podem ser alcançados com o consumo de 2 a 4 g de gengibre por
dia.
Para
obter os benefícios termogênicos do gengibre, o ideal é o consumo diário, mas
dentro de um limite estabelecido para que o aumento do metabolismo não se torne
prejudicial. No caso do gengibre, é recomendada uma fatia média ou uma colher
de café da forma em pó.
Grávidas
devem utilizar o gengibre com moderação e com orientação nutricional. Não se
sabe muito a respeito da segurança do consumo de gengibre no período de
amamentação e, por isso, o ideal é que ele seja evitado.
Não
é recomendado para quem tem hipertireoidismo, visto que o metabolismo já está
muito elevado, o que aumenta o risco de perda de massa muscular. Além disso, crianças
e gestantes, pessoas com cardiopatias, enxaqueca, úlcera e alergias não devem
abusar dos alimentos termogênicos, pois eles podem levar ao aumento da pressão
arterial, hipoglicemia, insônia, nervosismo e taquicardia.
O
gengibre pode favorecer hemorragias e, por isso, deve ser evitado por pacientes
com distúrbios hemorrágicos. O vegetal ainda diminui os níveis de glicose no
sangue, podendo ser necessário o reajuste das doses de insulina por pessoas com
diabetes.
Há
relatos de azia, diarreia e desconforto estomacal após o consumo de gengibre.
Neste caso, deve ser excluído da dieta.
Texto elaborado por: Patrícia
Franco
Farmacêutica-bioquímica.
Atua
em farmácia de manipulação.
É
especialista em Homeopatia e Fitoterapia, Alimentos Funcionais e Suplementação.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
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