segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Cafeína



A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é uma substância psicotrópica estimulante do sistema nervoso central, encontrada em bebidas como o café, chá, energéticos e refrigerantes à base de cola, chocolate e medicamentos com ação analgésica. Por provocar efeitos fisiológicos, é muito utilizada para aumentar o estado de alerta, combater a fadiga, melhorar a resistência física e contribuir para a diminuição do sono e da dor. Essa substância também pode estimular a diurese, apresentar efeitos broncodilatadores e taquicardizantes, aumentar a lipólise e poupar o glicogênio muscular.

Após a ingestão, a cafeína é rapidamente absorvida pelo trato intestinal, com 100% de biodisponibilidade, sendo que somente até 2% da cafeína ingerida é eliminada pela urina sem alterações. A concentração plasmática da cafeína pode variar de acordo com a individualidade de cada um, levando-se em consideração o sexo, peso, polimorfismos genéticos e presença de hepatopatia.

Estudos mostram que a cafeína tem ação ergogênica – dose entre 5 e 6mg /kg de peso corporal –, ou seja, pode ajudar a melhor o desempenho esportivo, especialmente em exercícios aeróbios moderados de média e longa duração. Apesar de evidências mostrarem que pode haver um aumento da força muscular e maior resistência à fadiga, ainda não é clara a ação da cafeína na performance anaeróbia. 



Vale lembrar que até o ano de 2003, a cafeína era considerada substância proibida pela Agência Mundial Anti-doping (WADA) devido ao seu efeito estimulante, sendo que a quantidade de 2µg/mL de cafeína na urina já era considerado doping. Atualmente, a cafeína não faz parte da lista de doping, sendo apenas monitorada pela WADA.

Uma xícara de café pode conter de 74 a 134mg de cafeína. Pessoas que consomem cinco ou mais xícaras por dia podem apresentar sintomas de nervosismo, irritabilidade, cefaleia e queda de rendimento quando deixam de consumir a bebida e, consequentemente, ingerir a cafeína. Estes sinais demonstram que doses grandes dessa substância podem causar dependência e síndrome de abstinência. A dosagem recomendada é de 400mg de cafeína por dia.

Quem possui hipersensibilidade à cafeína não devem consumi-la. Caso contrário, pode apresentar taquicardia, palpitações, tremor e insônia, além de alterações gástricas.

Texto elaborado por: Carolina Favaron

Formada em nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (2010) e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, pela VP Consultoria Nutricional (2013). É nutricionista do departamento de conteúdo da Natue e realiza atendimentos em consultório particular.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

ALTIMARI, Leandro Ricardo; MORAES, Antonio Carlos de; TIRAPEGUI, Julio  and  MOREAU, Regina Lúcia de Moraes. Cafeína  e performance em exercícios anaeróbios. Rev. Bras. Cienc. Farm. [online]. 2006, vol.42, n.1, pp. 17-27. ISSN 1516-9332.

GUERRA, Ricardo Oliveira; BERNARDO, Gerlane Coelho  and  GUTIERREZ, Carmen Villaverde. Cafeína e esporte. Rev Bras Med Esporte [online]. 2000, vol.6, n.2, pp. 60-62. ISSN 1517-8692.

TAVARES, Cristiane  and  SAKATA, Rioko Kimiko. Cafeína para o tratamento de dor. Rev. Bras. Anestesiol. [online]. 2012, vol.62, n.3, pp. 394-401. ISSN 0034-7094.

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