A
cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é uma substância psicotrópica estimulante do
sistema nervoso central, encontrada em bebidas como o café, chá, energéticos e
refrigerantes à base de cola, chocolate e medicamentos com ação analgésica. Por
provocar efeitos fisiológicos, é muito utilizada para aumentar o estado de
alerta, combater a fadiga, melhorar a resistência física e contribuir para a
diminuição do sono e da dor. Essa substância também pode estimular a diurese,
apresentar efeitos broncodilatadores e taquicardizantes, aumentar a lipólise e
poupar o glicogênio muscular.
Após
a ingestão, a cafeína é rapidamente absorvida pelo trato intestinal, com 100%
de biodisponibilidade, sendo que somente até 2% da cafeína ingerida é eliminada
pela urina sem alterações. A concentração plasmática da cafeína pode variar de
acordo com a individualidade de cada um, levando-se em consideração o sexo,
peso, polimorfismos genéticos e presença de hepatopatia.
Estudos
mostram que a cafeína tem ação ergogênica – dose entre 5 e 6mg /kg de peso
corporal –, ou seja, pode ajudar a melhor o desempenho esportivo, especialmente
em exercícios aeróbios moderados de média e longa duração. Apesar de evidências
mostrarem que pode haver um aumento da força muscular e maior resistência à fadiga,
ainda não é clara a ação da cafeína na performance anaeróbia.
Vale
lembrar que até o ano de 2003, a cafeína era considerada substância proibida
pela Agência Mundial Anti-doping (WADA) devido ao seu efeito estimulante, sendo
que a quantidade de 2µg/mL de cafeína na urina já era considerado doping.
Atualmente, a cafeína não faz parte da lista de doping, sendo apenas monitorada
pela WADA.
Uma
xícara de café pode conter de 74 a 134mg de cafeína. Pessoas que consomem cinco
ou mais xícaras por dia podem apresentar sintomas de nervosismo,
irritabilidade, cefaleia e queda de rendimento quando deixam de consumir a
bebida e, consequentemente, ingerir a cafeína. Estes sinais demonstram que doses
grandes dessa substância podem causar dependência e síndrome de abstinência. A
dosagem recomendada é de 400mg de cafeína por dia.
Quem
possui hipersensibilidade à cafeína não devem consumi-la. Caso contrário, pode
apresentar taquicardia, palpitações, tremor e insônia, além de alterações
gástricas.
Texto
elaborado por:
Carolina Favaron
Formada
em nutrição pelo Centro Universitário São Camilo (2010) e pós-graduada em
Nutrição Clínica Funcional, pela VP Consultoria Nutricional (2013). É
nutricionista do departamento de conteúdo da Natue
e realiza atendimentos em consultório particular.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
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MORAES, Antonio Carlos de; TIRAPEGUI, Julio and MOREAU, Regina
Lúcia de Moraes. Cafeína e performance em
exercícios anaeróbios. Rev. Bras. Cienc. Farm. [online].
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GUERRA, Ricardo Oliveira; BERNARDO, Gerlane Coelho and
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TAVARES, Cristiane
and SAKATA, Rioko Kimiko. Cafeína para o tratamento de dor. Rev.
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0034-7094.
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