A
decisão de comer e a escolha de determinados alimentos para compor uma refeição
variam de indivíduo para indivíduo e de acordo com cada situação apresentada.
As diferenças individuais na apreciação e no desejo pelos alimentos
desenvolvem-se ao longo da vida condicionadas a diferentes experiências e
atitudes relativas aos alimentos. Há vários atributos internos e externos
envolvidos nesse processo. Os estímulos sensoriais (atributo externo) e a fome
(atributo interno) não são os únicos fatores que podem desencadear o desejo por
comida e orientar a escolha dos alimentos a serem ingeridos. O desejo por
alimentos e a sua ingestão propriamente dita são resultados de interações entre
características fisiológicas e psicológicas individuais.
As
dificuldades com o controle de peso parecem mais propriamente refletir
problemas com atributos do alimento e motivações para comer do que com o prazer
que o alimento proporciona. Paradoxalmente, pessoas muito preocupadas com o
peso e a ingestão de alimentos parecem ser particularmente suscetíveis aos
pensamentos, emoções e situações que promovam o seu consumo excessivo. Além
disso, essa preocupação excessiva pode minar as tentativas de restringir a
alimentação.
Assim,
as crenças inadequadas sobre os alimentos e o controle do peso corporal podem
determinar o surgimento de emoções indesejadas e dificultar o controle da
ingestão de alimentos.
Uma
alimentação equilibrada e saudável é aquela que contém todos os nutrientes
que nosso corpo precisa para funcionar adequadamente: carboidratos,
proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e fibras. Ela também deve
respeitar três regras fundamentais:
●
Variedade:
não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários para
uma boa saúde. Portanto, devemos variar ao máximo os alimentos, para
que o organismo possa absorver os mais diversos nutrientes;
●
Moderação:
Não existem alimentos proibidos; todos podem ser consumidos, desde que com
moderação.
●
Qualidade:
significa comer mais alimentos que contêm vitaminas, minerais e fibras, e
diminuir o consumo dos que possuem calorias “vazias”, como açúcares.
Um
prato equilibrado deve conter:
●
Carboidratos: Arroz (integral, 7
cereais, vermelho, negro, branco), batata (inglesa, doce), mandioquinha,
mandioca, milho, macarrão (branco, integral);
●
Proteínas: Carne magra, frango,
peixe, ovos (omelete, cozidos, mexidos);
●
Gorduras: Óleo para preparar os
alimentos, azeite para a salada;
●
Vitaminas, minerais e fibras:
Hortaliças cruas e cozidas, frutas.
Além
de equilibrar o prato, é importante que a refeição seja um
momento agradável e tranquilo. Comer devagar,
saborear o alimento é tão importante quanto o equilíbrio do
prato.
Vale
lembrar que se o prato for equilibrado no almoço e no jantar, mas durante
o dia houver consumo excessivo de doces, salgadinhos, balas, etc.,
a alimentação ficará desbalanceada.
Dicas de
Comportamento Alimentar Para Prevenir o Ganho de Peso
●
Não
Passar Fome: Comer refeições e lanches em intervalos regulares. Fazendo
isso tendemos a não ficar com muita fome, o que nos ajuda a resistir às
beliscadas durante o dia e de exagerar nas principais refeições. Não se esqueça
de incluir frutas nesses intervalos.
●
Peça
Porções Menores: Estudos mostram que quando estamos a frente de grandes
porções de alimentos, mesmo que não estejamos mais com fome, a nossa tendência
é continuar comendo. A mesma coisa quando colocamos as porções na mesa. Melhor
levar o prato já servido para a mesa, evitando repetir o prato.
●
Encha
Metade do Prato com Vegetais e Legumes: Um programa do Departamento de
Saúde dos EUA (USDA), ChooseMyPlate.gov, sugere que completemos metade do nosso
prato com vegetais e legumes, assim tendemos a comer menos de outros alimentos
menos nutritivos. E procurar fazer um prato bem colorido.
●
Criar
um Ambiente de Cozinha Saudável: Manter uma tigela de frutas no balcão
da cozinha, evitando deixar qualquer junk food a mostra. Manter alimentos
saudáveis à mão pode ajudar nas escolhas e a prevenir o ganho de peso.
●
Cozinhe
Mais: Quando cozinhamos mais, tendemos a fazer escolhas alimentares
mais saudáveis. Um estudo recente descobriu que cozinhar refeições em casa foi
associado com um risco ligeiramente menor de desenvolver diabetes tipo 2. Os
pesquisadores também descobriram que em oito anos de seguimento, aqueles que
comeram mais refeições caseiras tiveram menores ganhos de peso e um menor risco
de obesidade.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências Bibliográficas:
5
dicas de comportamento alimentar para prevenir o ganho de peso. Associação
Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO.
Disponível em: www.abeso.org.br
Beyruti,
M; Bressan, R. O que é um prato equilibrado. Associação Brasileira para Estudo
da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO. Disponível em: www.abeso.org.br
Valverde,
MA. Obesidade e Programa de Controle de Peso. In: Aquino, RC; Philippi, ST. Nutrição
Clínica: estudos de casos comentados. 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2009.
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