Os
exercícios físicos são componentes fundamentais na adoção de um estilo de vida
saudável e aliados essenciais no combate ao infarto e ao derrame cerebral
(AVC). Com a aproximação do período de férias e do verão, entrelaçado a uma
crescente valorização contemporânea da exposição de corpos magros e com
musculatura definida, é normal que muitas pessoas tenham interesse em praticar
esportes ou treinar em academias. Embora a prática esportiva deva ser
estimulada, pois beneficia a saúde, o cardiologista e presidente da Sociedade
de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Ibraim Masciarelli Pinto,
alerta que cuidados devem ser tomados, sendo fundamental a realização de uma
avaliação médica antes do início de quaisquer esportes. “A legislação brasileira
vigente eliminou a obrigatoriedade de que as academias exijam a avaliação de um
médico a fim de liberar o aluno para a atividade física. Entretanto, isso pode
expor o praticante a sérios problemas. Não se deve, por descuido prévio ao
início de atividade em academias, transformar em fator de risco para a saúde
cardiovascular algo que pode ser muito positivo”, completa o médico.
A
avaliação médica de atletas de alta performance e também outras pessoas que
querem fazer alguma atividade esportiva deve ser feita por profissionais com
experiência no tema, aponta o cardiologista. “Em determinados casos,
deve-se solicitar exames específicos, para elucidar dúvidas. Muitos argumentam
que a morte súbita em atletas é um evento raro e que, portanto, não se
justificaria o custo de manter programas específicos para essa finalidade. No
entanto, é muito pertinente a seguinte pergunta: quanto vale uma vida? É
importante destacar que a pessoa que fará exercícios intensos, como maratona,
triátlon, crossfit e spinning tem de passar por uma avaliação mais detalhada,
conforme as diretrizes da Cardiologia do Esporte”.
De
acordo com a nutricionista e diretora do Departamento de Nutrição da
SOCESP, Marcia Gowdak, a prática de atividades físicas auxilia na
prevenção de doenças. Entretanto, não é suficiente. A alimentação também é
primordial. Ela ressalta que, quando se pratica exercícios, o corpo necessita
de mais oxigênio e nutrientes do que quando em repouso e, por isso, o coração
precisa bombear mais sangue, num ritmo maior do que necessário quando estamos
parados. Assim, alimentar-se bem é primordial.
“Há
pessoas que praticam exercícios pelo bem-estar; outras, por recomendação
médica; e muitas, pela vaidade de ter um corpo em forma. E há uma minoria,
formada por atletas, que se dedica a competir. Como se vê, existem muitos
perfis diferentes dentre os adeptos dos esportes. Mas, para todos, vale a mesma
recomendação: é fundamental seguir uma dieta adequada à intensidade do seu
treino”, alerta a nutricionista.
Confira abaixo as dicas da nutricionista da SOCESP sobre
os alimentos indicados para o pré e pós-treino:
Texto
elaborado por:
Dr. Ibraim Masciarelli Francisco Pinto
É graduado em medicina pela
Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (1983);
Residência médica em cardiologia pelo
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e doutorado em Doutorado pela
Faculdade de Medicina da USP (2002);
Especialista pela Sociedade Brasileira
de Cardiologia - AMB (2006);
Faz parte da Câmara Técnica de
cardiologia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo de 2009 até
o presente;
Foi vice-diretor do Instituto de Ensino
e Pesquisa do HCor entre 2008 e 2010.
É associado de três Sociedades médicas
nacionais e quatro internacionais. É Fellow do American College of Cardiology (2008), Fellow da European
Society of Cardiology (2014) e membro da European Society of Cardiology;
Foi presidente do departamento de imagem
cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013 e 2014 -
2015);
Membro do conselho fiscal da Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo (2012-2013);
Membro da comissão eleitoral do Conselho
Federal de Medicina (SP- 2014);
É presidente da Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (SOCESP).
Marcia Maria Godoy Gowdak
Possui graduação em
Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1992);
Especialização em
Nutrição Hospitalar em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (1994);
Aperfeiçoamento em
Nutrição Em Cardiologia Clínica pela Johns Hopkins University (1999);
Atualmente é
nutricionista da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de
Nutrição, com ênfase em Nutrição e Atividade Física.
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