Segundo
estudos mais recentes, o alto consumo de óleos de sementes processadas, como o
de soja, girassol, milho e canola, somado ao consumo elevado de carboidratos
simples, colaboraram, nas últimas décadas, para o agravamento dos índices
de obesidade e o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares.
PRIMEIRO
SAIBA QUAIS SÃO OS TIPOS DE GORDURAS
1 -
SATURADA e TRANS: prejudicial,
sólida em temperatura ambiente. Gorduras de proteínas animais e em óleos vegetais.
- TRANS: é uma gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural
ou industrial. Sua presença nos alimentos tem o intuito de melhorar a textura e
aumentar o prazo de validade, conservando por mais tempo. Algumas carnes e
leite já possuem essa gordura
naturalmente, mas em pequena quantidade. Confere crocância (bolachas). Prejudicial: aumenta drasticamente o
LDL colesterol e abaixa HDL. Seu consumo traz maior risco de DVC.
2 -
INSATURADAS (POLI INSATURADAS E MONOINSATURADAS): boas, presentes em peixes de água fria e alguns
óleos e a monoinsaturada esta presente no azeite de olivas, sementes, abacate.
PREJUÍZOS DA UTILIZAÇÃOE EXCESSO DE GORDURAS
SATURADAS
Obesidade, Doenças cardiovasculares, inflamação, aumento de colesterol ruim (LDL), Câncer, distúrbios
gástricos (gastrite, azia, má digestão, refluxo esofágico, esofagites).
BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE GORDURAS INSATURADAS
Redução de LDL, e
aumento do HDL, evita DVC, bom para o coração, saciedade, melhora função
intestinal, cérebro, pele, olhos, para todas as células do organismo (membrana
celular é formada por gordura) controlam
glicemia, tem ação oxidantes na
modulação de sistema imune, manutenção de pressão arterial e fontes de vitamina E.
QUAL O MELHOR?
É rico em
gordura monoinsaturada e, quando utilizado corretamente, contribui para a
diminuição do mau colesterol (LDL), promove o aumento do bom colesterol (HDL).
É o melhor tipo de gordura e para ser consumido.
Extra
virgem: até 0,8 de acidez
Virgem:
de o,8 a 2% de acidez
Azeite:
até 1% com mistura de azeite refinado com virgem.
Curiosidade
para fazer 1 litro de azeite é preciso de 5 a 6 kg de azeitonas, por isso
justifica o custo.
1 c. sopa de azeite/ 13 ml
|
Quantidade
|
Calorias
/ porção
|
108 cal
|
Gorduras
Totais
|
12 g
|
Gordura
mono
|
9,3g
|
Gordura
poli insaturada
|
0,8g
|
Ômega 3
|
0,1g
|
Ômega 6
|
1g
|
Ômega 9
|
9,6g
|
Vitamina
E
|
44mg
|
Vantagens
e desvantagens: o
azeite irá manter todos os benefícios para saúde, suporta o aquecimento de até
200 graus /6 minutos sem perder suas propriedades, e mantendo 80% de seus
compostos fenólicos.
Onde
usar: é ideal para cocção, pois
não gera produtos tóxicos com a temperatura de cocção. Pode ser usado a frio.
É o óleo
extraído do coco e é essencialmente composto por gorduras, e em maior parte
pela saturada. Porém, os triglicerídeos são de cadeia média (TCM), e não de
cadeia longa, por isso, são mais bem absorvidos pelo corpo, principalmente no
fígado, sendo logo convertidos em energia (e não acumulados em forma de gordura
no corpo).
Vantagens
e desvantagens: é um
óleo que oferece diversos benefícios à saúde. É uma boa opção para cozinhar,
pois não produz produtos tóxicos a altas temperaturas.
Contêm ácido láurico que melhora a imunidade, tem ação antibactericida,
anfúngica, modula a dislipidemia (reduz o LDL colesterol e aumenta o HDL
colesterol).
Porém como tem parte de saturadas, o consumo deve ser moderado.
Onde
usar: além de cozimentos, pode
ser utilizado em preparações cruas.
Óleo de abacate
Possui composição semelhante à do azeite de oliva, com a presença
significativa de gorduras monoinsaturadas, e um pouco de gorduras saturadas e
poli-insaturadas.
Vantagens
e desvantagens: sua
composição é resistente ao calor, sendo assim um óleo bom candidato para
cozinhar. Custo alto.
Onde
usar: Qualquer preparação quente
ou fria.
Óleo
de linhaça: Rico
em ômega 3, não tem estabilidade frente a calor. Deve ser usado somente em
preparações a frio. Oxida no calor.
Custo alto, não é tão palatável.
Óleos
funcionais: que
envolve vários tipos, entre eles, amêndoa, macadâmia, abóbora, baru,
castanha e muitos outros. Todos eles podem ser ótimos substitutos dos óleos
convencionais, lembrando sempre que nenhum deles mantém suas propriedades
nutricionais preservados se elevados por muito tempo às altas temperaturas.
Alto custo
Banha de
porco: Pode não parecer, mas o que
nossos avós utilizavam é muito melhor do que os óleos vegetais existentes no
mercado. Claro, as banhas de hoje não tem a mesma qualidade de antigamente, por
esta razão, seria aconselhado usar de forma moderada. Pode ser usada para
cocção, mas não é a melhor opção de gordura. “Apesar de ser melhor do que óleo
de canola e demais óleos refinados, não é indicada por ter muita gordura
saturada e colesterol. Mas não tem efeitos tóxicos com cozimento”.
Deve ser
consumida com moderação por conter gorduras saturadas saudáveis, mas não produz
substâncias tóxicas, quando aquecida. Sendo
assim não deve ser consumida em excesso, o organismo as reconhece como naturais
e consegue metabolizá-las. A ghee é a melhor opção(sem leite).
Margarina
Feita com óleos vegetais, sofre uma processo de hidrogenação e mais
aditivos, branqueadores: insaturadas. Mas todos estes processos e aditivos
químicos são difíceis de serem metabolizados pelo organismo.
Óleo de palma
Também chamado de dendê, o óleo de palma possui poucos ácidos
poli-insaturados e é composto em sua maioria por gorduras saturadas naturais,
que não são reativas ao aquecimento e, assim, são menos inflamatórias após
cozimento.
Vantagens
e desvantagens: pode
ser usado em preparações quentes sem prejudicar a saúde, porém, por ser rico em
gorduras saturadas deve ser usado com moderação.
Onde
usar: o óleo é bom para ser
usado somente para cozimentos.
EVITE
Óleos vegetais: Ao passar pelo método de processamento, as sementes
são aquecidas, espremidas e adicionadas à mistura de diversos produtos
químicos industriais e solventes, considerados altamente tóxicos.
Estes
óleos também podem estar contaminados com pesticidas e agrotóxicos, pois
normalmente são produzidos de grãos transgênicos e carregados de gorduras trans
(altamente tóxicas e antinutrientes).
Óleo
de soja: não deve ser utilizado,
pois se trata de um óleo refinado, onde no processo de refinamento são
eliminados ácidos graxos e substâncias fenólicas que são benéficas em óleos.
Óleo
de canola: uma péssima opção para
cozinhar. Sabe-se hoje que óleo de canola é tóxico. O óleo de canola vem da
Colza, que é geneticamente modificada, e é extremamente tóxico. Quase dois
terços desses óleos monoinsaturados presentes na colza tem o ácido
erúcico, um ácido extremamente tóxico e com grande associação a problemas no
coração (lesões fibróticas). Detalhe: o óleo de colza não é
comestível. Sabe onde é usado? Na produção de velas, sabonetes, tintas e até
lubrificantes e biocombustível.
Óleo
de girassol: não há vantagens em seu
consumo. Pois se trata de um óleo refinado, onde no processo de refinamento são
eliminados ácidos graxos e substâncias fenólicas que são benéficas em óleos.
Óleo de milho: assim como os demais óleos vegetais, muito rico em
ômega = pro inflamatório.
Composição
de gorduras
Na tabela
abaixo, você confere a quantidade de gorduras presente em 1 colher de sopa de
cada um desses óleos.
A
influência do ponto de fumaça
O ponto de fumaça é determinado
pelo momento em que o óleo atinge uma temperatura onde o glicerol (parte do
ácido graxo que compõe a gordura) se quebra e forma a acroleína (substância
comprovadamente tóxica) e que, segundo estudos, tem associação com
desenvolvimento de câncer. “Quanto mais alto o ponto de fumaça, menor a
degradação do óleo a altas temperaturas”.
Óleos
comestíveis ou gorduras e seus pontos de fumaça:
· Azeite virgem: 180°C, 200
· Manteiga: 177°C
· Óleo de coco: 177°C
· Banha de porco: 182°C
· Óleo de canola: 204°C
· Óleo de girassol: 227°C
· Óleo de palma: 232°C
· Óleo de soja: 232°C
· Óleo de abacate: 271°C
Porém, vale lembrar: este não é o único critério a ser levado em conta
na hora de escolher um bom óleo para cozinhar.
Como descartar o óleo usado da maneira correta
Se jogado no ralo da pia, ele pode causar entupimentos.
Se for lançado em água, dificulta o processo natural da vida aquática
(causa morte de peixes).
Quando jogado no solo, causa contaminação.
Se depositado em locais inadequados, atrai animais peçonhentos
causadores de doenças, como baratas, ratos e escorpiões.
Para descartá-lo de maneira correta, o primeiro passo é, após utilizar o
óleo, armazená-lo em uma garrafa PET.
Você pode usar um funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa.
Lembre-se de sempre fechar bem as garrafas para evitar vazamentos.
Após preencher algumas garrafas, procure empresas e/ou ONGs
especializadas neste tipo de coleta seletiva.
Como
reutilizar o óleo em casa = fazendo sabão.
Nunca
para consumo novamente.
Mesmo escolhendo um óleo de boa qualidade,
lembre-se de:
Evite
frituras, se fritar use o mínimo de gordura, por menos tempo possível e em
temperaturas baixas. Em altas tem há maior formação de aldeídos, que se
transforma em acroleína e esta é muito tóxica e prejudicial para saúde. Podendo
aumentar o risco de Câncer, DVC, inflamação, doenças gastrointestinais e
dislipidemia.
Controle a quantidade: 1 g de gordura = 9 calorias. Maior risco de
obesidade.
Texto elaborado por: Dra. Roseli Lomele Rossi -
CRN 2084
Nutricionista
formada pelas Faculdades Integradas São Camilo (CRN 2084 /1983), com título de
Especialista em Nutrição Clínica concedido pela ASBRAN - Associação Brasileira
de Nutrição. Pós Graduada nos cursos de especialização de Planejamento,
Organização e Administração de Serviços de Alimentação; Fitoterapia Aplicada à
Nutrição Funcional e Nutrição Ortomolecular com Extensão em Nutrigenômica. É
Diretora da Clínica Equilíbrio Nutricional e autora dos Livros: “TPM: viva
melhor com alimentação e controle”, "Saúde & Sabor com
Equilíbrio" - Receitas Infantis, “Saúde & Sabor com Equilíbrio” –
Receitas Diet e Light Volumes I e II, Colaboradora do livro Nutrição Esportiva
– Aspectos relacionados à suplementação nutricional e autora do Livro “As
Melhores Receitas Light da Clínica Personal Diet”.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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