As
doenças inflamatórias intestinais (DII) são caracterizadas como sendo afecções
do intestino diretamente associadas à inflamação crônica. Clinicamente, são
divididas em Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI) e Doença de Chron (DC). A
RCUI acomete o cólon e o reto e a DC afeta um ou mais segmentos do tubo
digestivo.
A
patogênese das DII é complexa e multifatorial, envolvendo diversos fatores:
genético, microbiano e imunológico. Além disso, os hábitos alimentares, estilo
de vida e o uso de drogas ilícitas e lícitas podem estar associados ao
aparecimento da doença.
A
incidência e a prevalência de DII têm progredido nos países desenvolvidos,
girando em torno de 50 a 70 casos/1.000.000 por ano, ocorrendo um crescimento
no número de casos novos em países em desenvolvimento, sendo considerada uma
doença mundial. As DII acometem pessoas de diferentes classes socioeconômicas,
idade, sexo e nacionalidade.
O
quadro clínico mais encontrado nas DII é diarreia, sangue nas fezes, vômito,
dor abdominal e náuseas. Os sintomas gastrointestinais decorrentes das DII,
especialmente nos períodos de atividade da doença, podem levar a uma redução da
ingestão alimentar, afetando o estado nutricional dos pacientes no momento em
que suas necessidades nutricionais têm um aumento devido às consequências da
atividade inflamatória.
Outra
consequência que pode ser ocasionada pela atividade inflamatória é a
sensibilidade à lactose, que ocorre quando há uma deficiência da hidrólise de
lactose pela borda em escova no intestino delgado, sendo a enzima responsável
chamada de lactaseflorizinahidrolase (LPH), resultando em uma deficiência na
hidrólise da lactose em monossacarídeos: glicose e galactose. A atividade
lactaseflorizinahidrolase pode ser ainda reduzida como um resultado de
mecanismos independentes de predisposição em genética, incluindo um pequeno
crescimento bacteriano, doença celíaca, doença chron ou infecção enterite
induzida por drogas.
Dentre
alguns sintomas da intolerância à lactose, destacam-se fezes amolecidas,
diarreia, flatulências, dor e distensão abdominal, e em alguns casos vômitos.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Cidral, AM.; Buzzi, BN. et al. Intolerância
à lactose e sua relação com a atividade da doença inflamatória intestinal. BRASPEN
J 2018; v.33, n.1, p: 21-25.
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