segunda-feira, 6 de maio de 2019

Refrigerantes


Segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água, o refrigerante nada mais é que uma combinação de substâncias químicas (conservantes, acidulantes, antioxidantes, corantes, estabilizantes, umectantes, aromatizantes, dentre outras substâncias não saudáveis quando ingeridas com excesso), que não possuem NENHUM VALOR NUTRICIONAL. E que mesmo assim é capaz de provocar uma verdadeira revolução no nosso organismo, apenas 1 hora após seu consumo.

A primeira amostra dessa bebida tão apreciada por todas as idades surgiu em Paris no ano de 1676 e era composto por uma mistura de água, sumo de limão e açúcar. Foi apenas no ano de 1772 que houve o acréscimo de gás ao líquido, passando a ser comercializado a partir do ano de 1830.

Estatísticas apontam que cada brasileiro consome em média 35 litros dessa bebida ao ano. Nos EUA, o consumo aumentou mais de 450% nos últimos 50 anos. Segundo o guia alimentar para a população brasileira, a redução do consumo de refrigerante deve ser de pelo menos um terço da ingestão atual em prol de uma alimentação saudável. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Framingham, em Boston, apontou que o CONSUMO DIÁRIO de refrigerante induz ao aumento de cerca de 48% na prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, aumento da circunferência abdominal, hipertensão, elevação nos níveis de triglicerídeos e de glicose em jejum, além da redução do “colesterol bom”, quando comparado à indivíduos que consumem menos de um refrigerante por dia.

Assustado? Mas as consequências não param por aí! O consumo exagerado dessa bebida pode agravar também os quadros de gastrite e flatulência (gases) e aumentar a incidência de cáries.

No refrigerante também temos uma elevada quantidade de fósforo. O problema disso é que para que o nosso organismo processe esse composto ele necessita de cálcio. Dessa forma, há a redução da quantidade desse mineral no nosso corpo, levando a desmineralização óssea e o aumento do risco de osteoporose.

O refrigerante também está associado ao aumento do risco de câncer de esôfago, ao causar o inchaço do estômago e consequentemente induzir o refluxo gástrico. Recentemente um estudo sueco demonstrou que homens que consomem o equivalente a uma lata de refrigerante (por volta de 300 mL) por dia estão 40% mais predispostos a desenvolver câncer de próstata.

E se for ­diet, light ou zero?

Os refrigerantes diet possuem a isenção de açucares (glicose, frutose, sacarose, etc), sendo assim sua formulação apresenta algumas modificações especiais. A versão light significa a redução mínima de 25% de algum nutriente comparado ao produto convencional (redução de gordura ou calorias ou açúcar, etc) que no caso da bebida em questão são reduzidos os açúcares e usados adoçantes artificiais como substitutos.



O refrigerante “zero” é um termo mais recente e significa a isenção de algum nutriente e calorias. É uma versão modificada do produto convencional sem indicação especifica para alguma dieta ou determinada patologia.

Atualmente podemos encontrar todas essas versões de refrigerantes, no entanto ressalto que todas elas NÃO possuem NUTRIENTES e são todas prejudiciais a saúde. Os refrigerantes “Zero” e Light, como já foi explicado, possuem substâncias que imitam o açúcar (adoçantes artificiais). Tais substâncias fazem com que o nosso corpo entenda que a glicose está sendo absorvida quando isso na verdade não acontece. Desta forma nosso organismo faz com que o consumo de açúcar seja compensado em seguida, isto é favorece o apetite por alimentos ricos em açucares, uma vez que a necessidade precisa ser suprida rapidamente.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Medicina da Columbia o consumo de uma lata de refrigerante diet todos os dias aumenta em 43% a chance do desenvolvimento de problemas de saúde como, por exemplo, o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Bachiega, P. Refrigerantes: do agradável sabor à desagradável consequência. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 05/05/2019.

Leoni, D. G. Refrigerantes: Zero, Diet e Light - Existe diferença? Qual consumir? Diabetes Brasil. 2011.

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília (DF); 2005.

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