sexta-feira, 24 de maio de 2019

Dieta Alcalina


O termo PH sanguíneo é usado para indicar a concentração dos íons de hidrogênio em um fluído, como sangue, e a partir daí classificamos como ácido ou alcalino. Ele é medido em uma escala de 0 a 14, sendo que de 0 a 6 é chamado de ácido; 7 à 14, alcalino. O nosso corpo trabalha com o pH em torno de 7,3 a 7,4 (levemente alcalino), evitando o máximo, alterações, uma vez que, a não manutenção do pH sanguíneo é muito prejudicial, podendo levar o indivíduo ao hospital e até à morte. Manter o PH do nosso organismo equilibrado não é uma tarefa muito fácil. Situações do nosso dia a dia, como estresse e até mesmo a prática de atividade física, tendem a reduzir nosso PH, devido a produção de corpos cetônicos, amônia, sulfatos, entre outros.

De maneira simplificada, podemos dizer que alguns alimentos, após a digestão, proporcionam um efeito ácido no organismo, enquanto outros agem como alcalinos, que podem neutralizar aqueles considerados ácidos. Para ser saudável precisamos chegar em um equilíbrio. Fique atento: o sabor, nem sempre indica quais alimentos são ácidos ou alcalinos. Um abacaxi pode ser um alimento de sabor ácido, mas gera resíduos alcalinos, já que o pH gerado pelo alimento se relaciona a componentes presentes no próprio alimento, como a quantidade de ácidos orgânicos, íons cloreto, potássio, cálcio e magnésio.

A acidificação do PH não é benéfico para nossa saúde, ocorrendo redução de enzimas, indução ao aparecimento de osteopenia, osteoporose, aumento da fadiga, celulite e até mesmo o desenvolvimento de algum tipo de câncer.

Para que nossas células trabalhem da forma correta e mantenham o PH em ordem, ela necessita receber nutrientes e ser capaz de liberar resíduos celulares. Estas trocas só acontecem quando nosso PH esta alcalino. O segredo é ingerir alimentos que mantenham esse equilíbrio perfeito.

Seguindo uma dieta alcalina, eu consigo emagrecer?

A resposta é sim. O excesso de peso está diretamente relacionado ao acúmulo de toxinas. Isto interfere no metabolismo, desregula o apetite, estimula a produção de radicais livres, aumentando assim a resistência à perda de peso e retenção hídrica, favorecendo o depósito de gordura corporal.

Alguns alimentos, principalmente os ricos em fosfatidilcolina, devem estar presente na nossa alimentação diária, ajudando assim na manutenção deste PH adequado. Mas quais são as fontes de fosfatidilcolina: extrato de beterraba, alfafa, gema de ovo, espirulina, clorella, entre outros.

Veja abaixo a relação de alimentos alcalinos e ácidos:

muito alcalinos: ameixa umeboshi, missô, sal marinho, semente de abóbora sem sal, lentilha, brócolis, alga marinha, cebola, rabanete, inhame, batata, doce, laranja lima, nectarina, framboesa, melão, tangerina, abacaxi;

moderadamente alcalinos: canela, pimenta, alho, shoyo, castanha caju, salsa, couve, endívia, rúcula, mostarda (folha), laranja pera, amora, manga, limão;

pouco alcalinos: chá verde, vinagre de maçã, ovo codorna, amêndoa, gergelim, pimentão, nabo, couve-flor, repolho, berinjela, abóbora, batata, abacate, pera, maçã, papaya, pêssego;

muito pouco alcalinos: manteiga clarificada (ghee, tem receita postada em meu canal youtube.com/nutribruxa), quinua, arroz selvagem, aveia, óleo de coco, azeite extra-virgem, beterraba, alho-poro, quiabo, alface, banana, damasco, mirtilo;

muito pouco ácidos: figo, tâmara, coco, goiaba, abobrinha, espinafre, vagem, feijão, óleo girassol, arroz integral, peixes, ovo, queijo de cabra, iogurte, manteiga, mel, curry; 



pouco ácidos: ameixa seca, ameixa vermelha, tomate, ervilha, acelga, feijão preto, tapioca, arroz branco, peru, carneiro, leite vaca, vinagre balsâmico, chá preto;

moderadamente ácidos: cenoura, grão-de-bico, amendoim, pecã, farelo aveia, milho, frango, porco, lula, queijo cottage, café, aspartame, sacarina, soja;

muito ácidos: farinha branca trigo, lagosta, carne vermelha, sorvete, queijos processados, vinagre branco, açúcar, cerveja, refrigerantes, sal refinado.

Texto elaborado por: Ana Paula Martins

Especialista em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional e em Fitoterapia. Com mais de 14 anos de experiência em nutrição e atendimento clínico. Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Funcional.

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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