Palavra
latina que caracteriza um estado de tensão patológica do organismo,
desenvolvido no século XVII, pelo Dr. Hans Selye. É uma alteração que causa uma
ruptura no equilíbrio interno do organismo.
Você
percebe que o corpo funciona em plena sintonia como em uma orquestra? Todos os
instrumentos tocam em harmonia para criar uma linda ópera. Desta forma o
coração bate no ritmo adequado às suas funções, pulmões, fígado, pâncreas e
estômago têm seu próprio ritmo que se entrosa com os demais órgãos. Quando o
estresse ocorre, cada um passa a trabalhar em compasso diferente devido ao fato
de que alguns precisarão trabalhar mais e outros menos para poderem lidar com o
problema.
Existe
um perfil de pessoas passíveis de desenvolver o stress mais facilmente?
Existem
pessoas que apresentam valores muito rígidos, culpas indevidas, percepções
enviesadas por experiências passadas, competição, incertezas, pressa,
perfeccionismo, mágoas e expectativas exageradas para si e para outros estão
entre as causas mais comuns do stress. Essas características pessoais são ainda
mais poderosas como fonte de stress quando a pessoa possui também
vulnerabilidade física ou psicológica para se estressar, além de uma ocupação
complicada ou uma situação familiar conflituosa que constantemente afeta seu
equilíbrio interior. Porém existe um fenômeno que contribui para deixar a
pessoa estressada e com sua qualidade de vida deficiente. Esta característica
determinada geneticamente e confirmada por situações ambientais favoráveis,
caracterizando o padrão de comportamento ou doença da pressa. Infelizmente a
maioria das pessoas não conhece essa característica que funciona como uma
potente fonte de stress é tão comum entre nós da cultura ocidental capitalista.
Quais são os sinais iniciais?
Quando
a pessoa não consegue mais lidar com as emoções e problemas do seu cotidiano,
inicialmente a memória começa a falhar para assuntos corriqueiros, envolvendo a
autoestima rebaixada, pequenas alergias dermatológicas, aftas, herpes,
ansiedade até desenvolverem doenças crônicas e o abuso de álcool, cigarro e
alimentação inadequada podem agravar o quadro.
Você sabia que o estresse tem 4 fases?
Fase
1: Reação – Alarme – estresse leve Fase 2: Resistência - estresse moderado Fase
3: Exaustão – Estresse intenso Fase 4: Esgotamento –doença - Morte
Aspectos emocionais do stress As principais características
são:
Ambição,
agressividade, competitividade e impaciência; Nível de competência rebaixada;
Vontade de sumir e abandonar todos seus projetos; Não ver mais objetivo na vida
e valorizar cada vez menos a integração com família e amigos; Irritabilidade
excessiva; Sensação de incompetência; Hostilidade ao lidar com o próximo.
Porém,
é preciso tomar cuidado, pois existe um estresse gerado também por uma situação
de felicidade extrema, e a pessoa fragilizada pode desenvolver os sintomas se
não conseguir se re-equilibrar. Procure lembrar quando foi à última vez em que
seu lado humano foi priorizado. Será que você está buscando um estilo de vida e
reclamando como se você fosse vítima das circunstâncias ou das pessoas? Talvez
você esteja sendo vítima de si mesmo, se sentindo valorizado por conseguir
manter um ritmo cada vez mais rápido e uma intensidade cada vez maior nas
atividades em que se engaja.
Pilares do Tratamento do Estresse:
Nutrição Funcional: A fim de
repor os nutrientes perdidos durante os períodos de estresse;
Relaxamento, meditação: A fim de
reduzir tensão mental e física.
Exercícios físicos (com adequada recuperação entre
os treinos): Porque o estresse naturalmente prepara o corpo
para a ação, e os exercícios ajudam a eliminada prontidão gerada pelo estresse.
Reestruturação de aspectos emocionais que se
referem a conhecer a si mesmo e a mudar o modo estressante de pensar, sentir e
agir. Há diversas maneiras de se alcançar isso, como o trabalho de um self
coach.
Todas as reações fisiológicas do nosso organismo
ocorrem para preservar as condições do ambiente interno. Estes são os
princípios da hemodinâmica, que descrevem uma relação de atividades metabólicas
e fisiológicas que ocorrem continuadamente, e que possibilitam ao indivíduo
adaptar-se a mudanças circunstâncias, ao estresse, e às experiências.
Um dos princípios da nutrição funcional é baseado
na procura por um balanço dinâmico dos fatores internos e externos entre o
corpo, mente e espírito do paciente. A interação corpo e mente exerce papel
fundamental no ciclo de antecedentes, gatilhos e mediadores das doenças
crônicas sendo que o estresse mental de maneira efetiva neste ciclo.
A depressão pode estimular a produção de citocinas
pró-inflamatórias, que contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas
não transmissíveis e, consequentemente, para o envelhecimento. Desta forma, a
disfunção dos sistemas neuroendócrinos e imune pode estar associada ao
desenvolvimento de alergias e doenças autoimunes, obesidade, depressão e
aterosclerose.
Comportamentos hostis estão associados ao aumento
de PCR (proteina C reativa, pode ser avaliado em exames de sangue) e, desta
forma, são fatores contribuintes para a inflamação. Quanto maior inflamação,
maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disto,
respostas inflamatórias prolongadas são produzidas por sintomas depressivos em
idosos.
Texto elaborado por: Ana Paula Martins
Especialista em Nutrição Clínica e
Esportiva Funcional e em Fitoterapia. Com mais de 14 anos de experiência em
nutrição e atendimento clínico. Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição
Funcional.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
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