segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Goji Berry


Wolfberry (Lycium barbarum) também conhecida como Goji Berry é a nova moda da dieta! É utilizada na alimentação chinesa há mais de 2000 anos. Elas são consumidas na forma de sopas, chá, vinho ou como passas.

Este destaque é devido a enorme quantidade de compostos nesta fruta que além de nutrir podem prevenir ou reduzir o risco de doenças. Esta popularidade aumentou ainda mais quando várias celebridades, atores e atrizes, começaram a fazer uso dele para manter a saúde e a beleza. Mas, será que esta fruta realmente traz todos estes benefícios? Muitos estudos foram realizados com esta fruta em todo o mundo, e tudo indica que realmente ela é capaz de lhe proporcionar muitos benefícios.

Entre vários constituintes, um grupo de polissacarídeos que compõe de 5 a 8 % da fruta é considerado crucial para a eficácia deste fruto como um aliado a saúde. Na medicina chinesa extratos e produtos com alto teor destes polissacarídeos bioativos são evidenciados e amplamente utilizados pelas suas possíveis atividades imunomoduladoras. 

Além destes polissacarídeos, inúmeros compostos com atividade antioxidante são relatados nesta fruta, com um destaque especial para a vitamina C.

A cor laranja-avermelhada destas frutas é derivada de um grupo de compostos conhecidos como carotenoides, sendo o principal deles a zeaxantina. Quando ingerida, a zeaxantina acumula na mácula, uma região da retina. Evidencias tem apontado que este composto pode ajudar a proteger a mácula da degeneração, que pode ser induzida por exposição excessiva ao sol (luz ultravioleta) ou por outros processos oxidativos. Em estudos, a atividade desta fruta contra a degeneração macular foi descrita como similar ao cloreto de lítio que já é medicinalmente utilizado para este fim.

Um suplemento líquido constituído de suco da fruta conhecido como Gochi ® foi testado cientificamente. Nos testes os consumidores deveriam consumir por 30 dias cerca de 120 ml do produto, o que equivale a cerca de 150 g de frutas frescas, a quantidade habitualmente consumida na dieta chinesa. Após os trinta dias, observou-se neste grupo um aumento do nível de energia, desempenho atlético superior, maior resistência, melhor qualidade do sono, facilidade de despertar, melhoria da capacidade de se concentrar em atividades, calma, sentimentos de contentamento e felicidade, regularidade intestinal, redução de fadiga, estresse e cansaço inclusive após o exercício, redução dos sinais de fraqueza, baixa incidência de dor de cabeça, depressão e das reclamações durante o ciclo menstrual.

Adicionalmente, estudos demonstram que esta fruta apresenta efeitos anti-envelhecimento e neuroprotetores contra toxinas relacionadas ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas principalmente na doença de Alzheimer. Isto porque os polissacarídeos constituintes da fruta agem indiretamente na proteína beta amiloide, um dos principais mecanismos de promoção da doença de Alzheimer.  Um estudo Chinês publicado no Journal of Azheimer´s disease mostra que a wolfberry não atua apenas na beta amiloide, mas também exerce uma proteção contra outros fatores de risco da doença como níveis elevados de homocisteína.

Outra atividade poderosa é a redução de açúcar (glicose) e gorduras (colesterol) no sangue. Os níveis do bom colesterol, HDL, também aumentam. Além disso, ocorre o impedimento da peroxidação do colesterol LDL, prevenindo o desenvolvimento da aterosclerose e de doenças do coração. Esta ação é resultado da elevada atividade antioxidante da fruta.

Com uma pequena frutinha você pode obter inúmeros benefícios.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Morzelle, MC. A nova moda da dieta. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br Acessado em: 09/02/2020.

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